A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória multifatorial, autoimune e degenerativa que compromete o sistema nervoso central (SNC) por meio da desmielinização e da degeneração de neurônios. Apesar de rara, estima-se que entre 40 e 50 mil pessoas convivam com a esclerose múltipla no Brasil.
“Alguns fatores de risco como baixa dosagem de vitamina D, infecções pelo vírus Epstein-Barr, também conhecida como doença do beijo, obesidade e o tabagismo ou fatores genéticos causam uma alteração no sistema imunológico, e os glóbulos brancos passam a atacar as células localizadas no cérebro e na medula”, explica a médica neurologista e especialista em esclerose múltipla do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Mariana Moreira Soares de Sá, durante o podcast.
A esclerose múltipla é uma doença que tem uma evolução lenta e crônica, que pode afetar o sistema cognitivo, a visão, a mobilidade, a fala, o sistema digestivo, entre outros sistemas do corpo. Tais Ribeiro de Melo convive com a doença desde o ano passado, quando descobriu que tinha o caso mais comum de esclerose múltipla, chamada de esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR).
“Em janeiro de 2022, tive covid e depois comecei a sentir fadiga, formigamento nas mãos, visão turva, dores de cabeça e nas juntas, principalmente em momentos de emoção ou nervosismo. O diagnóstico de esclerose múltipla foi fechado após os exames de licor de coluna e ressonância magnética”, revelou Tais durante o podcast.
“O diagnóstico precoce é essencial, visto que hoje em dia há medicamentos que reduzem a inflamação e podem influenciar na progressão da neurodegeneração dos neurônios”, revela Mariana.
Ressonância é o podcast realizado em parceria pelo HC da Unicamp e a SEC Rádio e TV Unicamp. O podcast aborda assuntos de saúde de interesse geral da população, campanhas e entrevistas com especialistas do hospital. A edição desse mês está disponível no YouTube e em plataformas de streaming como Spotify, Deezer e outros. Ouça também as demais entrevistas na playlist do HC da Unicamp.