Neste vídeo, o professor titular do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, Sírio Possenti, explica como a linguística vem olhando para o crescente movimento que tem chamado atenção para o sexismo na linguagem, e também reivindicado novas formas de uso da língua que abranjam a diversidade de identidades de gênero presente na sociedade.
Segundo o linguista, não é possível ignorar as formas discriminatórias marcadas na língua: "A língua não funciona no vácuo", defende ele, questionando as vertentes teóricas que insistem que o sexismo não estaria na língua, e sim no discurso, numa abordagem que se pretende isenta dos valores sociais e permanece focada apenas no aspecto léxico da língua.
Possenti ainda acha impossível prever se esses novos usos poderão ser incorporados à norma culta e às gramáticas no futuro, ou o impacto que isso teria na educação. Ainda assim, alerta: trata-se de um debate que precisa ser levado a sério por todes!
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