No Brasil, o racismo é um dos fatores que estruturam a sociedade. A questão da raça, desde a colonização do país, tornou-se um dos marcadores sociais que incidem sobre as desigualdades, fazendo com que negros e negras sejam discriminados no trabalho, da educação e nas relações sociais. O racismo também perpassa as instituições do Estado, ocasionando, por exemplo, em abordagens violentas e muitas vezes fatais por parte das polícias. Mesmo com esse cenário, a população negra avança em pautas historicamente importantes, que resultaram, por exemplo, na criminalização do racismo e na reparação através de ações afirmativas. A urgência da pauta antirracista é o que conecta o Brasil, assim como diversos outros países, ao movimento Vidas Negras Importam, que teve origem nos Estados Unidos.
A fim de ampliar esse debate, a Unicamp organizou o ciclo de Webinários “Vidas Negras Importam para a Universidade”. O ciclo teve início no dia 20 de julho e segue até 27 de novembro. A organização é do Observatório de Direitos Humanos da Unicamp, através da Comissão Assessora de Diversidade Étnico-Racial (Cader).
A professora da Faculdade de Educação (FE/Unicamp) e presidente da Cader, Débora Jeffrey, nesta edição do Repórter Unicamp, fala sobre a forma como o racismo opera no Brasil e aborda a proposta dos Webinários.
Os professores Mário Augusto Medeiros, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp) e Gilberto Alexandre Sobrinho, do Instituto de Artes (IA/Unicamp), que participam do ciclo de debates, também compartilham suas análises, abordando a trajetória do movimento negro e a necessidade de um amplo pacto social em torno do antirracismo.
Saiba mais sobre o ciclo de webinários em: “Vidas Negras Importam para a Universidade”