A propósito da isonomia entre as
universidades estaduais paulistas




Desde a implantação da autonomia universitária, em 1989, a aplicação dos mesmos índices de reajustes salariais para os funcionários, na data base da categoria, que ocorre em maio, tem constituído um fator comum entre as três universidades estaduais paulistas. Neste ano o reajuste foi de 8,4%, ou seja, 2% acima do IPC/FIPE no período.

No que diz respeito às carreiras dos funcionários e seus respectivos níveis salariais, cada uma das instituições atua com independência, de maneira a atender às suas especificidades. A Unicamp, por exemplo, promoveu revisões e revalorizações da carreira dos funcionários em 2000 e 2003, medida esta que não foi acompanhada pela USP e UNESP. Além disso, a partir de 2004, a UNICAMP implantou Auxilio Alimentação, que foi universalizado este ano (ver gráfico).

 

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É importante destacar, ainda, que os quadros dos funcionários na UNICAMP e na USP divergem em suas composições, como segue na tabela abaixo. Observe-se que o percentual de funcionários do segmento superior na UNICAMP corresponde a praticamente o dobro do verificado na USP:

Em razão destas diferenças, a mudança nos valores dos pisos adotados pela USP, para uma parcela de seus funcionários, em 2011, é impossível de ser aplicada na UNICAMP. Na hipótese de se reproduzir esta mudança para os funcionários da UNICAMP, o aumento da despesa com pessoal na folha seria de R$ 170 milhões e com os reflexos chegaria próximo a R$ 200 milhões. Essa alteração elevaria o comprometimento do orçamento com folha de pagamento a índices próximos de 100%, afetaria a estrutura da carreira, beneficiaria apenas parte dos funcionários e inviabilizaria o funcionamento da Universidade.

É evidente, portanto, que esse tipo de reivindicação é impossível de ser atendida.

É preciso destacar que, na última sexta-feira (21/10), o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) se recusou a participar de uma reunião com representantes designados pelo reitor.

Finalmente, a reitoria reafirma o seu compromisso com o diálogo, ao mesmo tempo que, em respeito ao contribuinte, à sociedade e aos próprios servidores, reitera a necessidade de manter o indispensável equilíbrio financeiro da Universidade.

Reitoria da Unicamp