Campinas, maio 2001.


Unicamp investe R$ 1,5 milhão na qualidade da comunicação


Até o final de 2001, a Unicamp deverá investir R$ 1,5 milhão na melhoria do backbone da Universidade, possibilitando, assim, qualidade e confiabilidade para os próximos cinco anos. A verba, em fase final de aprovação, vem do PEI (Planejamento Estratégico Institucional). Embora o atual backbone atenda com muita folga o tráfego da Unicamp, a atualização se faz necessária dentro da política de disponibilização de outro mais moderno, capaz de suportar não só o tráfego convencional da Internet, mas também aplicações da próxima geração. Além disso, os atuais equipamentos, instalados há mais de cinco anos, já começam a atingir um estado de envelhecimento que dificulta a reposição de componentes, resultando em queda de confiabilidade e contratos de manutenção com preços elevados.

De acordo com Clésio Tozzi, responsável pela Coordenadoria Geral de Informática (CGI), imediatamente após a aprovação definitiva do programa e da liberação da verba, será feita pesquisa de mercado para identificação de equipamentos e aberto o processo licitatório. A previsão é de que eles estejam em funcionamento até dezembro.
O investimento, a princípio alto, deverá trazer economia rapidamente. Uma das áreas que ganharão com a inovação tecnológica é a telefonia. Com a integração do sistema de telefonia à rede de computadores, por meio de um processo denominado “Voz sobre IP”, será possível baratear o custo das ligações. Como já existe a rede ligando a Unicamp à Fapesp em São Paulo – com velocidade de conexão de 155 Mpbs e sobra da capacidade de mais de 80% –, a tarifa telefônica do campus para a Capital terá o mesmo preço que a local, e sem a linha tradicional. Para isso, bastaria um convênio com um dos “nós” da rede de lá, por exemplo, a USP.

Velocidade e qualidade permitem novos aplicativos

Não é difícil imaginar os benefícios possibilitados por uma rede com alta velocidade e qualidade de serviço – características da Internet 2 – dentro do campus e na conexão com a Fapesp, de onde é feito o acesso internacional e à Rede Nacional de Pesquisa (RNP), além de redes comerciais brasileiras. Aplicativos multimídia, como a teleconferência, passarão a apresentar qualidade muito superior à de hoje e serão gradativamente incorporados ao uso cotidiano no campus. A atualização da rede também vai contemplar aplicações em ensino a distância, telemedicina e distribuição de vídeo e áudio, tanto na forma streaming como broadcasting.

Contudo, o aproveitamento do potencial total desta rede, só ocorre quando todas as sub-redes envolvidas na conexão entre os usuários de um aplicativo (teleconferência, ainda como exemplo) atendem aos parâmetros básicos de velocidade e qualidade. Assim, a utilização plena dos recursos oferecidos exige das unidades conectadas ao backbone um processo de reformulação e atualização dos equipamentos de suas redes internas, tal como está sendo feito na Universidade.

 
CGI coordena política de informática

 

Cabe à Coordenadoria Geral de Informática (CGI) elaborar, propor e fazer executar as diretrizes gerais e as políticas de informática da Unicamp, entre outros objetivos. A CGI possui sede física no Centro de Computação e conta em sua estrutura com a Comissão Diretora de Informática (CDI), órgão de assessoria nas questões da área. Compõem esta Comissão o professor Clésio Tozzi, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e coordenador da CGI, e outros onze membros designados pelo Reitor. A CGI foi criada em 1994.