Campinas, maio 2001.


Como funciona a rede da Unicamp

É importante entender o funcionamento da rede interna da Unicamp (UniNet) e suas conexões externas. A UniNet possui seis “nós” de distribuição de conexões espalhados pelo campus: Central, DGA, Básico, Saúde, CCUEC e Telecom, que contém os equipamentos ativos da rede. Os “nós” interligados a 54 unidades de ensino, pesquisa e serviço formam a rede local da Universidade. Essas ligações todas exigem aproximadamente 92 quilômetros de cabos de fibras ópticas. A tecnologia utilizada é Fast Ethernet, com velocidade de 100 Mbps.
As unidades externas ao campus de Barão Geraldo estão ligadas por meio de linhas privadas, estáticas ou mesmo via rádio, em velocidades variadas. São os casos do Cotil, Ceset e Planta Física, todos em Limeira; Faculdade de Odontologia de Piracicaba; Colégio Técnico de Campinas (Cotuca); Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA); e os hemocentros gerenciados pela Unicamp em Itapira e Casa Branca e nos hospitais Celso Pierro e Mário Gatti.

O esquema da UniNet funciona independentemente de quedas com o link Fapesp. A este complexo se agrupam 140 servidores Web, 120 servidores de e-mail e 12.074 máquinas em rede. Devem ser somados ainda 2.851 usuários do serviço de acesso residencial (só para pesquisa), por meio de 60 linhas oferecidas pela Universidade – a média é de 18 minutos de conexão e 2.274 acessos/dia. A UniNet é administrada pelo Centro de Computação, em conjunto com 58 administradores de redes das unidades.

Conexão Fapesp – Para que o tráfego gerado na UniNet ganhe a Internet e vice-versa, a Unicamp utiliza a conexão com a Fapesp, cujos equipamentos estão instalados na Central Telefônica da Universidade, que fica próxima ao Centro de Computação. Chegam também a este local as conexões de outras 19 instituições de ensino e pesquisa da região (veja quadro), com gerenciamento direto pela Fapesp e apoio dos técnicos da GCNet – os equipamentos estão instalados no campus por questão geográfica e de infra-estrutura.

A conexão de 155 Mbps com a Fapesp, a chamada ANSP/Campinas, é compartilhada por todos. De acordo com dados do Centro de Computação, a demanda total desse link chega a picos de 31,1 Mbps para a entrada de informações e de 22 Mbps para a saída. A demanda Unicamp, que representa 2/3 do total, possui picos de 20,3 Mbps e 12,2 Mbps, pela ordem.
A amplitude do uso desta rede pode ser facilmente mensurada pelo fato de que, além da Unicamp, servem-se do mesmo link a Universidade Federal de São Carlos, Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Cati, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Unesp/Campus de Rio Claro, Laboratório Nacional de Luz Síncroton, Hospital Boldrini, PUC de Campinas, Prefeitura de Campinas e Esalq/USP (Piracicaba), entre outros. O custo é arcado pela Fapesp.

A comunidade da Unicamp, formada por aproximadamente 30 mil pessoas, entre professores (1.800), funcionários (8 mil) e estudantes de graduação e pós (20 mil) gera um grande tráfego pela Internet. Por outro lado, a Universidade acaba se tornando um grande provedor de conteúdo para a comunidade externa. Do total de tráfego que entra na Unicamp, a maior parte se destina a navegação (http), seguida de FTP (21,97%) e de Telnet (16,40%). Na saída, o tráfego é de FTP (57%), http (26,34%) e apenas 1,86% de Telnet.