Campinas, maio 2001.


O porquê de ficarmos sem acesso à Internet
Problemas no link com a Fapesp tornaram as reclamações freqüentes nos últimos meses

A pergunta, que se ouve entre usuários da Unicamp e de outras instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo, tem sido mais freqüente nos últimos quatro meses. Os técnicos da Gerência de Conectividade (GCNet), bem como os atendentes do help-desk – serviço de apoio que funciona no período da tarde no Centro de Computação – , vêm recebendo dezenas de telefonemas e e-mails. A resposta é quase sempre a mesma: o problema está no link com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“E é, realmente”, informa Gustavo de Oliveira Carvalho, da GCNet, mostrando números para comprovar sua afirmação. O link que interliga a Unicamp e outras 19 instituições de ensino e pesquisa da região com a Fapesp tem, desde o primeiro dia deste ano, velocidade de conexão de 155 Mbps (megabits por segundo), o que melhorou muito o acesso à Internet.
Desde a segunda quinzena de março, o gargalo até então existente entre a Fapesp e o exterior ganhou, também, um link de 155Mbps com Miami, além das outras conexões de 8 e 4 Mbps, respectivamente com Washington e Nova York, aprimorando o acesso internacional. Então, tudo melhorou? Esta é uma pergunta que ainda não pode ser respondida.

No ano passado, com links de menor velocidade, a interligação era mais simples, direta e os equipamentos que compunham esses links tinham, igualmente, menor complexidade. O avanço tecnológico, que permitiu o aumento de velocidade, acabou por trazer situações indesejadas. A sofisticação e quantidade dos equipamentos que compõem o novo link, juntamente com a inexperiência dos fornecedores e prestadores de serviços envolvidos nessas mudanças, acabaram provocando instabilidade na conexão. A própria Fapesp ainda não se adequou totalmente à nova tecnologia, sendo obrigada a realizar testes freqüentes. Esta é a causa principal das quedas.
“Os técnicos da GCNet fazem a monitoração constante do link, verificando se ele está ativo e testando também a sua qualidade”, esclarece Gustavo. Diante de qualquer indício, a Fapesp é acionada, relatando-se o problema e, em muitas situações, diagnosticando-o. “Daí para frente a Unicamp não tem muito o que fazer, apenas aguardar que o link seja restabelecido”.

Mesmo quando a conexão de 155 Mbps apresenta falhas, um sistema alternativo de 6 Mbps é acionado automaticamente, evitando que todos os serviços sejam interrompidos. Nesses casos, os administradores de redes das unidades são prontamente notificados.