O porquê de ficarmos sem acesso
à Internet
Problemas no link com a Fapesp tornaram as
reclamações freqüentes nos últimos
meses
A
pergunta, que se ouve entre usuários da Unicamp e
de outras instituições de ensino e pesquisa
do Estado de São Paulo, tem sido mais freqüente
nos últimos quatro meses. Os técnicos da Gerência
de Conectividade (GCNet), bem como os atendentes do help-desk
serviço de apoio que funciona no período
da tarde no Centro de Computação ,
vêm recebendo dezenas de telefonemas e e-mails. A
resposta é quase sempre a mesma: o problema está
no link com a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
E
é, realmente, informa Gustavo de Oliveira Carvalho,
da GCNet, mostrando números para comprovar sua afirmação.
O link que interliga a Unicamp e outras 19 instituições
de ensino e pesquisa da região com a Fapesp tem,
desde o primeiro dia deste ano, velocidade de conexão
de 155 Mbps (megabits por segundo), o que melhorou muito
o acesso à Internet.
Desde a segunda quinzena de março, o gargalo até
então existente entre a Fapesp e o exterior ganhou,
também, um link de 155Mbps com Miami, além
das outras conexões de 8 e 4 Mbps, respectivamente
com Washington e Nova York, aprimorando o acesso internacional.
Então, tudo melhorou? Esta é uma pergunta
que ainda não pode ser respondida.
No
ano passado, com links de menor velocidade, a interligação
era mais simples, direta e os equipamentos que compunham
esses links tinham, igualmente, menor complexidade. O avanço
tecnológico, que permitiu o aumento de velocidade,
acabou por trazer situações indesejadas. A
sofisticação e quantidade dos equipamentos
que compõem o novo link, juntamente com a inexperiência
dos fornecedores e prestadores de serviços envolvidos
nessas mudanças, acabaram provocando instabilidade
na conexão. A própria Fapesp ainda não
se adequou totalmente à nova tecnologia, sendo obrigada
a realizar testes freqüentes. Esta é a causa
principal das quedas.
Os técnicos da GCNet fazem a monitoração
constante do link, verificando se ele está ativo
e testando também a sua qualidade, esclarece
Gustavo. Diante de qualquer indício, a Fapesp é
acionada, relatando-se o problema e, em muitas situações,
diagnosticando-o. Daí para frente a Unicamp
não tem muito o que fazer, apenas aguardar que o
link seja restabelecido.
Mesmo
quando a conexão de 155 Mbps apresenta falhas, um
sistema alternativo de 6 Mbps é acionado automaticamente,
evitando que todos os serviços sejam interrompidos.
Nesses casos, os administradores de redes das unidades são
prontamente notificados.