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6-7


‘A maioria dos artistas de hoje
dissocia sua obra do entorno social’

Pablo Neruda com Picasso em Paris, em 1949 (Fotos: Divulgação)

JU – Em seu livro sobre Pablo Neruda, fotos mostram vários escritores latino-americanos que integraram o primeiro time da literatura mundial. O senhor acredita que haverá, no continente, uma nova leva de talentos do mesmo quilate?

Canseco-Jerez – A dimensão hoje é outra, embora eu acredite que seja difícil surgir gerações tão ricas como as do século passado. O mundo do livro, por exemplo, mudou muito. A edição e a distribuição estão em outro patamar. O impacto da Internet merece um estudo mais aprofundado. Estamos num período de transição, e é prematuro trabalhar em cima de convicções. Os métodos de valoração das novas formas de comunicação e de transmissão do saber ainda estão sendo criados. Não dá para dizer como será o novo artista. O mundo mudou muito.

É muito difícil ser categórico com relação a um assunto dessa natureza. Fui formado na França, e tive a sorte de ser aluno de Deleuze, [François] Châtelet e [François] Lyotard, entre outros nomes. Toda essa gente morreu. O que sobrou hoje da filosofia francesa? Quase nada... Será que ela será capaz de, nos próximos anos, criar uma reflexão tão importante quanto a que veio à luz no século passado? Eu não sei, sinceramente. O mesmo ocorre com o mundo intelectual latino-americano. É uma incógnita. Será que o século XXI será capaz de criar figuras tão originais e importantes na pintura, na poesia, na prosa? Não dá para saber.

JU – Em que medida, na sua opinião, os aspectos mercadológicos têm peso nessa nova configuração?

Neruda toma banho na embaixada do Chile, em 1971Canseco-Jerez – Têm muito peso. O aspecto comercial está presente em todas as esferas artísticas. A imprensa e o mercado editorial, por exemplo, estão nas mãos de poucos grupos, que controlam tudo. Trata-se de um fenômeno mundial. É um horror...A opinião vem sendo manipulada sem cerimônia. Vivemos um paradoxo: se de um lado temos mais comunicação, de outro, temos menos meios de expressão.

JU – Qual seria o efeito dessa concentração?

Canseco-Jerez – É dramático. Há consensos fabricados sobre tudo e em toda a parte. O mundo editorial está sendo controlado por grandes conglomerados, que trabalham com as mesmas pessoas – editores, críticos etc. Não há diversidade de crítica, de juízo... O problema não é só o mercado, mas sim sua estrutura. Ela está arquitetada de uma maneira diferente. Se fosse só o mercado, haveria meios de driblá-lo, seja por meio da competição ou da diversidade. Não existe mais isso.

Na França, temos exemplos concretos dessa dissolução. O Le Monde, por exemplo, passa por uma crise sem precedentes. O mesmo ocorre com o Libération. E estamos falando de dois grandes jornais, independentes e muito importantes na cena francesa – e mundial.

JU – Como foi o trabalho de prospecção do material biográfico e iconográfico do livro sobre Neruda?

Com Salvador Allende, no Chile, em 1973Canseco-Jerez – Primeiramente, meu trabalho sobre Neruda foi um descobrimento. Tinha a convicção de que não havia mais nada a escrever sobre o poeta chileno. Achava que críticos e especialistas já tinham abordado todas as vertentes possíveis. Por outro lado, convivia com um sentimento de culpa: nasci na mesma cidade que ele, Temuco, e sempre gostei muito de sua poesia.

Em 2004, nas comemorações do centenário de nascimento do poeta, eu conversei sobre meu projeto com Volodia Teitelboim, a quem já conhecia havia muitos anos. Tratava-se de um homem gentil, generoso e muito inteligente. Dominava muitos assuntos com maestria – história, literatura, política, música – Volodia, apesar de muito simples, era uma enciclopédia. Indaguei se ele me ajudaria numa homenagem. Ele aceitou, e o fato de tê-lo como parceiro e co-autor da obra foi ter ao lado uma testemunha ocular mais que privilegiada.

Da esq. para a dir., Vargas Lhosa e esposa, Carlos Fuentes, Juan Carlos Onetti, Emir Rodríguez Monegal e Neruda, em Nova York, em 1966Enquanto eu fazia seleção das fotos, Volodia me contava as histórias que envolviam as imagens. Além de biógrafo de Neruda, foi talvez seu maior amigo e confidente. Foi para ele que Neruda disse que estava com câncer. Ninguém sabia. Foi também Volodia o intermediário de Neruda junto ao presidente [Salvador] Allende para a obtenção do posto de embaixador na França.

As pesquisas foram feitas nos arquivos da Fundação Neruda, onde encontrei um fundo iconográfico de cinco mil fotografias, todas inexploradas. Tratava-se de um material de primeira mão. Nunca ninguém havia trabalhado sistematicamente com essa massa documental.

Essas imagens estavam fadadas à destruição, já que, com o golpe militar, as casas de Neruda foram invadidas. As fotos foram tiradas do lixo, e ficaram em bolsas plásticas durante duas décadas. Com a volta da democracia, a fundação foi criada. Em seguida, começou o trabalho de restauração. Eu cheguei justamente nessa hora. Foi uma investigação muito bonita.

Quando comecei a fazer a seleção das fotos, me dei conta do que tinha em mãos. Disse para mim: estou trabalhando com a história do século XX! Estava tudo lá: as revoluções do continente, os movimentos políticos, as utopias de esquerda, a Guerra Civil espanhola, a Segunda Guerra, o Oriente, Cuba...Como afirmou Volodia, Neruda foi o poeta da multiplicidade. Ademais, ele viveu num período em que o mundo estava respirando com intensidade.

Neruda, Volodia Teitelboim, Julio Cortázar e Ugné Neruda, Volodia Teitelboim, Julio Cortázar e Ugné Karvelis, na França, no início da década de 1970JU – No livro, Neruda aparece ao lado de Julio Cortázar, Juan Rulfo, Juan Carlos Onetti, Vargas Lhosa, Gabriel García Márquez e Jorge Amado, entre outros grandes escritores. Havia uma grande integração entre os intelectuais do continente. A que o senhor atribui essa interação?

Canseco-Jerez – A política dominava a cena. Havia a busca por um mundo novo. Isso desapareceu, não existe mais hoje. Por outro lado, o aparato de propaganda do sistema cultural do Partido Comunista internacional funcionava a todo vapor. Foi um dos melhores sistemas de comunicação do século XX. Eles promoveram diversos congressos; tratava-se de uma tribuna impressionante. Os comunistas criaram uma rede internacional na qual circulavam pensadores e artistas. Era um cenáculo permanente de difusão de idéias e propostas. Os escritores percorriam todos os países do continente – México, Cuba, Brasil, Argentina, Chile... Havia um diálogo muito intenso.

Esse diálogo praticamente desapareceu. Ele está institucionalizado, sendo substituído pelo comércio, pelas feiras literárias, pelos prêmios... Não vemos mais, por exemplo, encontros de artistas e de intelectuais promovidos por eles mesmos.

Neruda com seu amigo Volodia Teitelboim, em 1972, no ChileJU – Por quê?

Canseco-Jerez – Na época, os escritores estavam profundamente comprometidos com a realidade latino-americana. Tanto do ponto de vista ideológico como do artístico. Eles não faziam distinção entre a obra e o mundo em que estavam vivendo. Hoje, a maioria dos artistas está dissociando sua arte do entorno social. A primeira preocupação do artista sempre foi o reconhecimento de sua obra. No mundo de hoje pode parecer ingênuo, mas, à época, a ideologia sempre foi um instrumento de reconhecimento, sobretudo para aqueles escritores filiados ao Partido Comunista. Num determinado momento, era muito mais fácil para o escritor ser de esquerda. Ele aproveitava-se do instrumento de comunicação, o que não ocorria com aqueles que eram de direita. Hoje, os mecanismos são outros.

JU – Mas não é paradoxal se for levado em conta o fato de a América Latina ser hoje governada por muitos dirigentes de esquerda?

Com Vinicius de Moraes, no Rio de Janeiro, em 1956Canseco-Jerez – Ocorre que, naquela época, o compromisso do artista estava na utopia da transformação do mundo. As obras buscavam essa transformação, erradamente ou não, stalinista ou não. Havia um projeto e os criadores estavam integrados num movimento social. Hoje, somente um louco quer essa transformação. Do ponto de vista político e econômico, isso deixou de existir. A ousadia era muito maior. No mundo contemporâneo, por exemplo, poucos têm a dimensão nacionalista ou continental. Nos dias de hoje, a mirada é muito mais global. Podemos até dizer que há uma preocupação com a globalização, mas ela se resume à maneira com que a obra vai ser difundida.

Se de um lado o mundo atual acabou com muitas das vertentes de diálogo, de outro, não podemos ficar ancorados no saudosismo. Não dá para ficar a reboque da nostalgia. Temos que descobrir como a coisa funciona hoje. Os jovens seguem criando, embora com outros métodos e instrumentos. A maioria dos meus alunos, por exemplo, são inquietos, querem fazer coisas. Ocorre que o mundo está menos preparado hoje para dar a eles esse espaço.

Eis o problema: como vamos ser capazes de criar novos espaços? As coisas hoje são muito mais difíceis. Os grandes grupos econômicos são hegemônicos, dão as cartas. Em resumo: a expectativa cresceu na mesma proporção em que diminuíram as oportunidades. Para piorar, o mundo acadêmico está muito apartado do universo da criação. O cenário não é dos melhores. Como sou um otimista por natureza, acredito que as novas gerações vão encontrar seu espaço. Mas, sem dúvida, não será fácil.

Com Gabriel García Márquez, na última viagem do poeta à França, em 1971, quando recebeu o Nobel  JU – Voltando a Neruda. Além de falar dos contatos mantidos pelo escritor com seus colegas latino-americanos, o senhor detém-se na sua relação com artistas europeus, entre os quais Picasso. Em que medida ela foi importante para a inserção da arte da América Latina na Europa?

Canseco-Jerez – A relação de Neruda com a França foi muito interessante. Quando ele decidiu-se pela poesia, enfrentou muita resistência por parte de seu pai, que nunca escondeu que queria vê-lo seguindo outra carreira. Tratava-se de um homem muito modesto, cujo sonho era ver Neruda ascender socialmente, como médico ou jurista. Depois de muitas discussões, Neruda disse ao pai que iria para a universidade, estudar francês. Acontece que ele não estava interessado em dar aulas. Ele queria mesmo aprender a língua para ler a poesia francesa. Era este o seu caminho. Neruda sempre buscou a oportunidade de morar em Paris, tanto que chegou a embaixador.

Lá, em 1949, ele teve um encontro muito importante: com Picasso. Foi o encontro de dois grandes criadores do século XX, a união entre a pintura e a poesia. Picasso tinha uma característica muito peculiar: seus grandes amigos não eram pintores, e sim escritores – Max Jacob, [Guillaume] Apollinaire, Paul Eluard etc. E Picasso também era poeta, escreveu muita poesia, chegando a publicar. Ele morava com a poesia também, e não só com a pintura, que era seu trabalho. Era um diálogo que alimentava a reflexão. Hoje, infelizmente, não temos mais isso.

JU – Por quê?

Canseco-Jerez – As disciplinas estão acabando com a reflexão. Nessa época, o pintor trabalhava com a música, com a poesia, com a fotografia. Todo mundo trabalhava com todo mundo. O horizonte não estava determinado pela disciplina. Hoje, valoriza-se muito a especialização – sabemos muito de pouca coisa. Estamos ficando cegos. O mundo não funciona assim, é preciso ter múltiplos olhares. O mundo da ciência e da tecnologia é um exemplo. O médico precisa do físico, do químico, do engenheiro, e assim por diante, para criar instrumentos novos e fazer diagnósticos mais precisos. Por que o mundo da arte e das ciências sociais precisa ser diferente? Não pode.

JU – Essas áreas não dialogam mais?

Canseco-Jerez – Muito pouco. Essa relação entre Neruda e Picasso é difícil de se repetir. O mesmo se aplica no exemplo de Neruda e [Diego] Rivera. No caso específico dos latino-americanos, todos trabalhavam o mesmo assunto: a identidade do continente, a influência indígena, as questões históricas. O diálogo, nesse contexto, era vital.

O encontro de Neruda com Vinicius de Moraes é emblemático. O escritor chileno não gostava de música, mas ele encontrou em Vinicius a poesia, gostava muito dela. Neruda sempre buscava, no interlocutor, novas formas de comunicação para enriquecer sua percepção de mundo. Hoje, temos muito menos essa reflexão. O literário vai buscar o literário, o pintor busca o pintor, o músico busca o músico, enfim, as relações ocorrem apenas entre os pares. Os encontros de hoje são profissionais e técnicos.

Eugenia Huici de Errázuriz, mecenas de Picasso: trajetória resgatadaJU – Quais são os reflexos mais imediatos dessas relações?

Canseco-Jerez – A visão de mundo é muito estreita. O mais paradoxal é que a oferta de informação nunca foi tão grande. O problema é que a mentalidade está voltada para a especialização, que está nos empobrecendo e nos cegando. O drama da universidade contemporânea, no mundo todo, é a predominância das disciplinas. Num mundo em crise, elas estão longe de resolver os desafios mais prementes. O resultado disso é o grande número de desempregados e de pessoas que não encontram seu lugar no mundo contemporâneo. Precisamos de pessoas que pensem, que sejam capazes de se adaptar facilmente a diferentes situações.

JU –O mecenato é um dos temas abordados pelo senhor nas conferências proferidas na Unicamp. A figura do mecenas ainda sobrevive?

Canseco-Jerez – Meu trabalho aborda o gosto do mecenas e o dinheiro. O gosto sempre está associado ao dinheiro. Sem mercado de arte, não há comprador. Temos então o problema material da criação. Hoje, não temos mais o mecenas. Ele passou a ter uma face institucional.

JU – Quem o substituiu?

Canseco-Jerez – As grandes empresas, os grandes bancos e o Estado. A diferença reside no fato de seus representantes não terem contato com o criador. A grande característica do mecenato é o encontro entre o mecenas e o artista. Esse encontro passou a ser impessoal. As empresas apostam em determinadas obras para fazer publicidade. Elas querem apenas notoriedade. Trata-se de uma distorção, já que o que define historicamente o mecenas é o conceito de dom.

O mecenas dá, mas não pede nada em troca, a não ser o reconhecimento pessoal do artista. Ele procura a afeição do criador, não está atrás de dinheiro. O artista, invariavelmente, não tem dinheiro. Se ele tivesse, não precisaria de ajuda. Seguindo esse raciocínio, o artista precisa do mecenas para seguir produzindo, apenas por essa razão. Havia, portanto, uma relação de grande liberdade, que hoje deixou de existir.

JU – Exatamente como a relação mantida pela mecenas de Picasso, a chilena Eugenia Huici de Errázuriz, retratada pelo senhor em livro.

Canseco-Jerez – Eugenia Huici de Errázuriz foi uma das primeiras pessoas a comprar quadros cubistas. E estamos falando de meados dos anos 1910. Ela já tinha 50 anos quando conheceu Picasso. As pessoas a chamavam de louca por adquirir as obras no escuro. Ocorre que ela tinha um gosto muito refinado. Tanto que, no fim de século XIX, comprou muitas peças também de Rodin, funcionando como uma espécie de intermediária entre o escultor e os comerciantes latino-americanos de posse.

O mistério é saber como esta mulher religiosa e representante da grande burguesia latino-americana do século XIX pode conviver com artistas tido como “loucos’, como Picasso, [Igor] Stravinsky, [Jean] Cocteau, [Blaise] Cendras. Entra aí a questão do gosto.

JU – Dá para defini-lo?

Canseco-Jerez – Sociológica, histórica e filosoficamente, o gosto é a coisa mais livre do mundo. Quando você tem dinheiro, é ainda mais livre, já que passa a ser exclusivamente sua a decisão de adquirir alguma obra. Trata-se de uma forma de liberalidade suprema, sobretudo nesse contexto de dom. Hoje, ao contrário, o dom virou investimento. Quando uma empresa ou um empresário compram uma obra, eles estão fazendo um cálculo.

JU – Deixa de ser gosto.

Canseco-Jerez – Exatamente, perde a essência do mecenato. Não importa se o gosto é bom ou mal. Tivemos mecenas desprovidos de bom gosto, mas isso pouco importa, faz parte do jogo, da liberdade de escolha. A definição do gosto é muito kantiana. O que define o belo? O verdadeiro papel do mecenas é dar meios e condições para o artista produzir. Hoje, os colecionadores têm muito pouco – ou nenhum – contato com criadores. Eles não correm risco, querem apenas investir num produto.

Eugenia Errázuriz estava no outro extremo. Dava uma pensão mensal para [Igor] Stravinsky. Ajudava ainda o pianista [Arthur] Rubinstein, o estilista Michel Franck, o poeta Blaise Cendras, que morava na sua casa em Biarritz, e muitos outros artistas. Morreu muito pobre e abandonada, aos 90 anos, no Chile. Ao longo de minha pesquisa, fiquei com a sensação de descobrir uma grande injustiça. Eu refletia sobre os motivos de ela acabar a vida dessa maneira, sem contar com a ajuda de ninguém. Na Segunda Guerra, por exemplo, Eugenia permaneceu sozinha em Biarritz, onde foi roubada e não raro não tinha o que comer. Pesquisei – e tenho – toda a correspondência dela.

JU – O senhor pretende usá-la em algum novo projeto?

Canseco-Jerez – Sim, vou publicar um novo livro sobre a atuação de Eugenia, intitulado A mecenas de Picasso. Já havia publicado um anterior [Le mécenat de Mme Errazuriz: Picasso, Stravinski, Cendrars, 2000]. Há dois anos encontrei uma parte da sua correspondência. Em uma das cartas, Picasso pede que Maria Teresa [Walker], sua mulher na época, a visitasse em Biarritz. Em outra correspondência, entre Eugenia e uma amiga, ela diz que “felizmente, Maria Teresa veio me visitar, porque Picasso me mandou dinheiro para voltar para o Chile”. Picasso foi, portanto, a única pessoa que ajudou a mecenas no fim de sua vida. Ela foi para o Chile em 1948, e faleceu na sua terra natal em 1952. Fiquei um pouco aliviado. Constatei, ali, que a vida não é tão injusta...

QUEM É

Volodia Teitelboim e Alejandro Canseco-Jerez Bravo Alejandro Canseco-Jerez Bravo nasceu no Chile em 1954 e reside na França desde 1975. Editor, escritor, pesquisador e professor, fez seus estudos universitários em Paris, onde estudou Filosofia, Psicologia, Ciências da Educação e Ciências da Linguagem. Em 1993 obtém o título de doutor em Ciências da Linguagem, opção Artes e Literatura da América Latina pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris, sob a orientação do professor Jacques Leenhardt. É professor desde 1984 da Universidade Paul Verlaine (Metz). É autor de vários livros e ensaios, entre os quais: Cartas de Juan Emar à Pépèche (2007); Pablo Neruda en noir et blanc – Images d’une vie et d’une œuvre, (com Volodia Teitelboim, 2004); La Vanguardia Chilena—Santiago-Paris (2001); Le Mécénat de Madame Errázuriz (2000); Juan Emar–Estudio (1989); Art et Littérature d’Amérique latine (2005) ; Enseignement et recherche sur l’art et la littérature d’Amérique latine en France(2003); Lettres d’Eugenia Errázuriz à Pablo Picasso ( 2001), entre outros.

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