A Bahia é quase toda negra, e por assim ser, inspirou
o analista de
sistemas Everaldo Luís da Silva a montar uma exposição
que é a cara dela. O fotógrafo garante que lá
como cá todo brasileiro tem uma ancestralidade africana.
Ela está presente nos costumes, na religião,
na comida, afirma. A cultura negra registrada pelo analista
está exposta no saguão da Biblioteca Central da
Unicamp até o dia 31 de maio.
As
fotos que compõem a exposição Olhar
um Brasil africano, aberta desde o dia 8 de maio, foram
produzidas durante suas viagens à Bahia e ao Maranhão,
onde decidiu retratar afro-descendentes em cenas do cotidiano.
A mostra reúne também registro da prática
de algumas tradições afro-brasileiras, que têm
forte presença nos Estados por ele visitados.
Everaldo
Luís da Silva explica que a exposição acontece
em memória aos 113 anos da Lei Áurea, que aboliu
oficialmente a escravatura dos negros no Brasil.
Para ele, reconhecedor das influências dos povos africanos,
além de apresentar sua habilidade na arte de fotografar,
o momento oferece a oportunidade de demonstrar a gratidão
aos ancestrais africanos que, na sua opinião, legaram
aos seus descendentes uma preciosa herança cultural.
Silva
iniciou seus estudos em fotografia no Departamento de Multimeios,
do Instituto de Artes, onde participou, como aluno especial,
em disciplinas ministradas pelos professores Fernando Tacca
e Etiènne Samain. Durante os cursos, o fotógrafo
decidiu a linha de trabalho que queria desenvolver, inspirado
pelo fotógrafo Pierre Verger, autor de vários
ensaios fotográficos e vários livros sobre a relação
Brasil-África. Pierre Verger é a melhor
fonte para quem deseja estudar as relações África/Brasil,
reforça.
A
paixão pela Bahia fez com que Everaldo, natural de Fernandópolis,
interior paulista, visitasse o Estado com mais freqüência.
Estive na Bahia mais de dez vezes, revela. Ele confessa
nunca ter tido uma vivência tão grande com pessoas
da raça negra como quando esteve entre os baianos. Parece
que só tem negros. As tradições negras
são muito fortes na Bahia, na opinião de Silva,
motivo pelo qual pretende voltar e realizar novos ensaios registrando
outras tradições que ainda não foram enfocadas.
A
exposição, que em sua montagem teve o apoio da
equipe da Galeria de Arte da Unicamp, é a primeira na
vida de Everaldo, que, desde dezembro de 2000 escolheu o mês
de maio para o evento. Eu sempre gostei desse trabalho
e sempre tive vontade de expor, pois ele já foi elogiado
por algumas pessoas.
A mostra Olhar um Brasil Africano faz parte do projeto
da Biblioteca Central de reservar o seu Saguão de Entrada
para a realização de eventos da comunidade universitária.
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Festival
do Folclore
O
Grupo Etnográfico de Lorvão, de Portugal, Zakatecas,
do México, Oravan Folk Ensemble, da Eslováquia
e El Cimarron da Argentina são algumas das atrações
programadas para o Festival Internacional do Folclore Objetos
Afetos. O evento acontece nos dias 23 e 24 de maio, às
21 horas no teatro Castro Mendes, na Vila Industrial. A organização
está a cargo do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação
Sonora (Nics) da Unicamp, com o apoio da Coordenadoria dos
Centros e Núcleos (Cocen) e Coordenadoria de Relações
Institucionais e Internacionais (Cori). A Secretaria Municipal
de Campinas e a Unesco participam da promoção.
No
dia 24, às 12 horas, os grupos da Argentina, México
e Eslováquia se apresentam no Ciclo Básico da
Unicamp para a comunidade universitária. Os ingressos
no Castro Mendes podem ser adquiridos a partir do dia 15 ao
preço de R$ 5,00. No dia o valor será de R$
10,00. Informações: 3788-7923 ou 7770, com Maira.
Festa
Caribeña
Música,
dança e comida típica latino-americana é
o programa para a Festa Caribeña Nova Geração
que acontece dia 25 de maio na Whiskeria do Centro de Convivência
Cultural. O objetivo do encontro, segundo a mestranda Dora
Amparo Estrada, do Instituto de Biologia, é integrar
os estudantes latinos para troca de idéias, e diminuir
a saudade do país. Dora, que é natural da Colômbia,
lembra que em abril último o encontro reuniu cerca
de 200 pessoas. Nosso objetivo é em breve conseguirmos
um local fixo para nos reunirmos, explica a mestranda.
Outros planos da colombiana é conseguir montar uma
feira de produtos típicos na Unicamp e um espaço
na Rádio Muda. A festa acontece a partir das 21 horas
e os convites para mulheres custam R$ 4,00 e para homens R$
5,00. A consumação mínima é de
R$ 4,00 por pessoa.
Informações no telefone 97955814 ou e-mail culturalatina@latinmail.com.
Novidades na telinha
A
televisão universitária da região se
prepara para uma nova fase: o Centro de Comunicação
(CCO) da Unicamp implementa suas atividades e começa
a produzir um novo programa, para colocar semanalmente no
ar os eventos organizados nas diversas unidades da Universidade.
O reforço na programação vem com um boletim
informativo, cujas gravações serão feitas
previamente no estúdio do CCO, sempre às terças-feiras,
entre 9 e 11 horas. A inovação representa uma
oportunidade única de informar diretamente ao público
telespectador os enfoques e a dinâmica dos eventos.
O Canal Universitário de Campinas é veiculado
através de cabo, pelo canal 10 da Net Campinas. As
unidades que estãoorganizando eventos em maio ou junho
já podem entrar em contato com a produção
do CCO, com as jornalistas Angela Pavan, Angela Galrão,
Sandra Kretly ou Célia Piglione. Informe-se pelos telefones
3788-2079 e 3788-2081.
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