CRONOLOGIA (1847 - 1930)
1847
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Nasce José Oswald Nogueira de Andrade.
1881
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Chega a São Paulo, proveniente do interior de Minas o Sr. José
Oswald Nogueira de Andrade.
1890
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Nasce em São Paulo José Oswald de Souza Andrade, filho único
de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta de Souza Andrade,
na rua Barão de Itapetininga, esquina com a atual D. José de Barros,
antiga 11 de março.
1896
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Faz sua primeira viagem ao Guarujá.
1900
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Mora no alto da ladeira Santo Antônio, com João Adolfo.
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Estuda na Escola Caetano de Campos.
1901
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Estuda no Ginásio Nossa Senhora do Carmo.
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Colega de Pedro Rodrigues de Almeida, o João de Barros do Perfeito
Cozinheiro das Almas desse mundo...
1903
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Estuda no Ginásio São Bento.
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Colega do futuro poeta modernista Guilherme de Almeida.
1905
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Começa a participar da roda literária de Indalécio Aguiar
da qual faz parte o poeta Ricardo Gonçalves.
1908
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Conclui os estudos no Ginásio São Bento.
1909
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Redator e crítico teatral do Diário Popular, assinando a coluna
Teatro e Salões.
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Ingressa na Faculdade de Direito.
1910
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Monta um atelier com o pintor Oswaldo Pinheiro, no vale do Anhangabaú.
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Conhece o Rio e fica hospedado no palacete da Rua.S.Clemente, nº 271, residência
de seu tio, o escritor Inglês de Souza.
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Passa o primeiro Natal longe da família em Santos, numa hospedaria de
carroceiros das docas.
1911
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Com a ajuda financeira de D. Inês funda O Pirralho, cujo primeiro número
é lançado em 12 de agosto, tendo como colaboradores Amadeu Amaral,
Voltolino, Alexandre Marcondes, Cornélio Pires, etc.
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Conhece o poeta Emílio de Meneses de quem se torna amigo.
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Lança a campanha civilista em torno de Rui Barbosa.
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Passa uma temporada em Baependi, Minas, nas terras da família de seu
Avô.
1912
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fevereiro a setembro: viaja à Europa, a bordo do Marta Washington, o
mesmo navio de João Miramar.
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Visita vários países: Itália, Alemanha, Bélgica,
Inglaterra, França, Espanha.
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Conhece durante a viagem a jovem dançarina Carmen Lydia, (Helena Carmen
Hosbale) que Oswald batiza em Milão.
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Morre em São Paulo sua mãe Inês Henriqueta Inglês
de Souza Andrade, no dia 6 de setembro.
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Retorna ao Brasil a bordo do Oceania, trazendo a estudante francesa Kamiá
(Henriette Denise Bouffers).
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Reassume sua atividade de redator de O Pirralho.
1913
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Participa das reuniões da Vila Kirial e conhece o artista plástico
Lasar Segall.
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Escreve A recusa, drama em três atos
1914
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Nasce o seu filho José Oswald Antonio de Andrade (o artista plástico
Oswald de Andrade Filho) com Kamiá. Reside à rua Teodoro Sampaio
114, esquina com a Oscar Freire.
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Cursa a Faculdade de Filosofia de S. Bento, sendo aluno do Pe.Sentroul, abade
do convento de S.Bento.
1915
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Participa do almoço em homenagem a Olavo Bilac, promovido pelos estudantes
da Faculdade de Direito no restaurante PROGREDIOR.
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Membro da Sociedade Brasileira dos Homens de Letras, fundada em São Paulo
por Olavo Bilac.
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Chega ao Brasil a dançarina Carmen Lydia, com quem mantém um barulhento
namoro.
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Passa a residir na rua Augusta nº 64, onde hoje é o restaurante
Pirandelo.
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Tem casa de veraneio na Praia de São Vicente 23.
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Faz viagens constantes de trem ao Rio a negócio ou para acompanhar Carmen
Lydia.
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No Rio freqüenta a Rotisserie Rio Branco.
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Hospeda-se no Avenida Hotel, quarto 12.
1916
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Publica em A Cigarra, 1º capítulo da peça Mon Coeur
Balance.
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Lança com Guilherme de Almeida Mon Coeur Balance e Leur
Âme,pela Typographie Asbahr.
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Faz a leitura das peças em vários salões literários
de São Paulo na Sociedade Brasileira de Homens de Letras, no Rio de Janeiro
e na redação A Cigarra.
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Publica trechos de Memórias Sentimentais de João Miramar
n'A Cigarra e n'A Vida Moderna.
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A atriz Suzanne Després recita no Municipal trechos de Leur Âme.
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Passa a colaborar regularmente em A Vida Moderna, que publica em 24 de maio,
cenas de Leur Âme.
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Volta a estudar Direito, cujo curso havia interrompido em 1912.
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Recebe o convite de Valente de Andrade para fazer parte do Jornal do Comércio,
edição de São Paulo e em 1º de novembro começa
seu trabalho como redator.
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Passa temporada com a família em Lambari no Hotel Mello.
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Veraneia em São Vicente casa 56, rua 16.
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Vai regularmente a Santos, em companhia de Carmen Lidia, hospedando-se no Palace
Hotel.
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Continua a viajar intermitentemente ao Rio, hospedando-se no Avenida Hotel e
Bristol Hotel.
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No Rio frequenta a roda literária de Emílio de Meneses, João
do Rio, Alberto de Oliveira, Eloi Pontes, Olegário Mariano, Luis Edmundo,
Olavo Bilac, Oscar Lopes, etc.
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Passa temporada em Aparecida do Norte, no Hotel das Famílias.
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Em Santos, hospeda-se no Washington Hotel.
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Está escrevendo o drama O Filho do Sonho.
1917
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Monta em S.Paulo a Garçonnière da rua Líbero Badaró,67
- 3º - andar.
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Defende a pintora Anita Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro
Lobato ("A exposição de Anita Malfatti", no Jornal do
Comércio, S.P. 11 jan.1918).
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Participa do primeiro grupo modernista com Mário de Andrade, Guilherme
de Almeida, Ribeiro Couto, Di Cavalcanti e este escritor.
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De 1917 a 1922 escreve regularmente no Jornal do Comércio.
1918
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Começa a compor O Perfeito cozinheiro das almas desse mundo...
diário coletivo escrito em colaboração com Dasy (Miss Cíclone)
Guilherme de Almeida, Monteiro Labato, Leo Vaz, Pedro Rodrigues de Almeida,
Inácio Pereira da Costa, Edmundo Amaral e outros.
1919
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Orador do Centro Acadêmico 11 de agosto da Faculdade de Direito.
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Pronuncia a palestra "Árvore da Liberdade".
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Torna-se bacharel em Direito, e é orador da turma.
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Morre seu pai, em fevereiro.
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Casa-se in extremis com Dasy (Miss Ciclone),ou Maria de Lourdes Pontes de Andrade.
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Muda-se para o Grand Hotel Rotisserie Sportsman.
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Publica no jornal dos estudantes da Faculdade de Direito - Onze de Agosto -
três capítulos de Memórias Sentimentais de João
Miramar.
1920
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Instala-se em S.Paulo numa garconnière na Praça da República,
esquina com a Rua Pedro Américo.
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Edita Papel e Tinta até 1921, assinando com Menotti del Picchia o editorial
e escrevendo regularmente para o periódico.
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Descobre o escultor Brecheret.
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Escreve em A Raposa artigo elogiando Brecheret com texto ilustrado com fotos
de trabalhos do artista.
1921
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julho - publica artigo sobre o poeta Alphonsus de Guimarães, ressaltando
a forma de expressão, no seu entender, precurssora da linguagem modernista.
(Jornal do Comércio, S.P. 10/25, jul.1921).
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Faz a saudação a Menotti del Picchia no banquete oferecido para
políticos e poetas no Trianon.
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Revela Mário de Andrade poeta, em polêmico artigo "Meu
poeta futurista".
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Principia a colaboração do Correio Paulistano até 1924.
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Participa da caravana de jovens escritores paulistas ao Rio de Janeiro, a fim
de fazer propaganda do Modernismo.
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Toma aula de boxe com o antigo pugilista suiço Delaunay.
1922
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Faz parte da Semana de Arte Moderna.
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Participa dos festejos comemorativos do centenário da Bandeira nacional
fazendo conferência em 18 de setembro.
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Faz parte do grupo da revista Klaxon, onde colabora.
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Integra o grupo dos cinco com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila
do Amaral e Menotti del Picchia.
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Orador do banquete oferecido em homenagem ao escritor português Antonio
Ferro, por ocasião de sua visita ao Brasil, no Automóvel Clube
do Brasil (São Paulo).
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Publica Os Condenados com capa de Anita Malfatti.
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Viagem a negócios ao Rio, ficando hospedado no Yankee Hotel.
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Em dezembro embarca para a Europa pela Compagnie de Navegation Sud Atlantique.
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Começa sua amizade com Tarsila.
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Em Paris tem como endereço o nº 25, Rue Louis Le Grand.
1923
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Ganha na justiça a custódia do seu filho Nonê.
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Janeiro/fevereiro - Viagem a Portugal e Espanha, com passagem pelo Senegal,
acompanhado de Tarsila.
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Matricula seu filho Nonê no Licée Jaccard em Lausanne, Suiça.
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Reside em Paris até agosto, Hégésipe Moreau n. 9 (Montmartre),
onde Tarsila tinha um atelier e no nº 6 da rua Le Chapelais.
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23 abril Participa do almoço oferecido pelo embaixador na França
aos intelectuais franceses.
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11 de maio - Pronuncia a Conferência L'effort intellectuel du Brésil
contemporain, na Sorbonne.
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28 de maio - conhece Blaise Cendrars.
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Agosto - Férias de verão com Tarsila na Itália, ficam hospedados
em Roma no Hotel Windsor, na Via Veneto 54, em Veneza na Pensione G.de Po.
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Assiste entusiasmado o bailado negro de Blaise Cendrars, com música de
Darius Milhaud e cenários de Fernand Léger, apresentado pelo Ballets
Suédois, no Teatro dos Champs-Elyseés.
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Visita a exposição de Arte Negra, no Museu de Artes Decorativas.
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Julho - faz conferência em Lisboa.
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Em Paris, de volta ao Brasil, é homenageado com um banquete pela Sociedade
Amis des Lettres Françaises, sendo saudado pela presidente do grupo Mme.Rachilde.
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Retorna ao Brasil no final do ano pelo navio Santarém.
1924
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18 de março - publica no Correio da Manhã o Manifesto Pau
Brasil.
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Toma parte na excursão ao carnaval do Rio de Janeiro e à Minas
com outros intelectuais brasileiros e Blaise Cendrars.
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Em Minas Gerais excursionam pelas cidades históricas inclusive Ouro Preto,
onde se hospedam no Hotel Toffolo.
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No Correio Paulistano publica o artigo Blaise Cendrars - "Um mestre da
sensibilidade contemporânea".
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Participa do V Ciclo de Conferência da Vila Kyrial falando sobre "os
ambientes intelectuais da França".
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Publica Memórias Sentimentais de João Miramar com
capa de Tarsila.
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Faz uma leitura do Serafim Ponte Grande, em casa de Paulo Prado
para uma platéia de amigos modernistas.
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Viagem à Europa pelo Massília.
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20 de novembro - Viagem à Espanha (Medina e Salamanca), de passagem para
Suiça.
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Monta com Tarsila um novo apartamento em Paris no nº 9, Boulevard Berthier
(l7e), conservando este endereço até 1929.
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Passa o Natal com Tarsila na casa de campo de Blaise Cendrars em Tremblay-sur-Mauldre.
1925
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Visita seu filho na Suiça em março, hóspede do Hotel Victoria,
em Lausanne.
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Em fevereiro e março faz curso de inglês na Berlitz School, em
Paris.
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Assiste ao festival Satie, em Paris.
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Em maio, a bordo do Andes viaja ao Brasil.
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Participa do jantar na Vila Fortunata (casa de René Thiollier) em homenagem
a D.Olivia Guedes Penteado.
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junho, volta à Europa pelo Avon, passando em Lisboa.
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julho, está em Deauville para alguns dias de férias.
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Publica em Paris pela editora Au Sans Pareil o livro de poemas Pau Brasil.
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Em 22 agosto retorna ao Brasil pelo Massilia.
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Setembro, está no Rio, hospedado no Pálace Hotel.
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Candidata-se à Academia Brasileira de Letras.
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Novembro oficializa o noivado com Tarsila do Amaral.
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Dezembro, nova viagem à Europa pelo Cap.Polonio.
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Com Tarsila passa novamente o final do ano em Le Tremblay-sur- Mauldre, residência
de campo de Cendrars.
1926
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De 13 de janeiro a 18 de fevereiro viagem ao Oriente, em companhia de Tarsila,
Nonê, Dulce (filha de Tarsila), do escritor Cláudio de Souza, do
governador de São Paulo Altino Arantes, a bordo do navio Lotus da Companhia
Messagier Maritimes.
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No Cairo se hospedam no Sheferds Hotel, mais tarde, destruído por um
incêndio; em Jerusalém no Allemby Hotel; em Haila no Windsor Hotel.
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05 de maio é recebido com outros brasileiros em audiência pelo
papa, a fim de tentarem anulação do casamento de Tarsila.
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Permanece em Paris, com Tarsila, ajudando-a nos preparativos para a exposição
na Galérie Percier.
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Chega ao Brasil em 16 de agosto pelo Almanzorra.
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Casa-se com Tarsila do Amaral, em 30 de outubro, em cerimônia paraninfada
pelo Presidente Washington Luis.
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Passa a residir na rua Barão de Piracicaba, 44.
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Publica na Revista do Brasil o prefácio de Serafim Ponte Grande,1ª
versão, "Objeto e fim da presente obra".
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Divulga em Terra Roxa e Outras Terras a "Carta Oceânica",
prefácio ao livro Pathé Baby de Antônio de Alcântara
Machado e um trecho do Serafim Ponte Grande.
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Viagem a Cataguazes, Minas Gerais, mantém contato com o Grupo da Verde,
se hospeda no Hotel Villas.
1927
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Publicação de A Estrela de Absinto pela Editora Helios com capa
de Brecheret.
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Publica Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade,
ilustrado pelo autor, com capa de Tarsila.
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Começa no Jornal do Comércio a coluna "Feira das Quintas".
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Participa do jantar literário em homenagem a Paulo Prado, em abril na
Vila Fortunata.
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Permance uma temporada, de junho até agosto, em Paris para a exposição
de Tarsila, voltando ao Brasil faz escala na Bahia.
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Abre escritório comercial na Pr. Patriarca. 20.
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Disputa o prêmio romance, patrocinado pela Academia Brasileira de Letras,
com A Estrela de Absinto, que obteve menção honrosa.
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Publica trechos de Serafim Ponte Grande no nº 3 da revista
Verde.
1928
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Ler o Manifesto Antropófago para amigos na casa de Mário
de Andrade.
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Compra quadros do surrealista De Chirico: Enigma de um dia e Os cavalinhos,
um deles comprado diretamente do pintor e o outro da viúva do escritor
Apollinaire.
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Publica o Manifesto Antropófago e ajuda a fundar a Revista
de Antropofagia.
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Viaja à Europa, regressando no mesmo ano pelo Asturias com passagem por
Lisboa.
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Fica em Paris os meses de junho e julho para a 3ª exposição
de Tarsila, de 18 de junhoa 2 de julho.
1929
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Julho, excursão pelo trem da Cruzeiro do Sul, em viagem ao Rio para a
exposição de Tarsila, com Anita Malfatti, Waldemar Belisário,
Patricia Galvão. Hospedam-se no Palace Hotel .
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Entra em contato com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931.
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Hospeda na sua fazenda - Santa Tereza do Alto - o filósofo alemão
Hermann Keyserling e a dançarina Josephine Baker.
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É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema República
(SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo.
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Separa-se de Tarsila do Amaral.
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Rompe com Mário de Andrade e Paulo Prado.
1930
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Reside no Terminus Hotel em São Paulo.
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lº de abril e 1930 - casamento com Patricia Galvão (Pagu).
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Escreve "A casa e a língua", em defesa da arquitetura de Warchavchik.
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Nasce seu filho Rudá com a escritora Patricia Galvão.
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Preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo,
poeta Olegário Mariano.
CRONOLOGIA (1931 - 1945)