JC 010 – Filosofia da ciência

Primeiro semestre de 2020.

Prof. Silvio Seno Chibeni

tarefa 5

· Esta tarefa cobre assuntos dos cap. 2 do livro Philosophy of Natural Science, de Carl Hempel.

· As respostas devem ser precisas, porém sucintas; essa tarefa pode ser respondida em uma página. (Desconfie se sua resposta for muito menor ou muito maior.)

· As notas de aulas sobre esse capítulo podem e devem ser consultadas como complemento ao texto de Hempel.

Questões:

1. Na seção 2.2, Hempel apresenta a forma de argumento lógico chamada modus tollens, apropriada para as situações de falseação de hipóteses, e depois um argumento usado para sua confirmação, mas que a rigor não é válido logicamente. Descreva ou invente uma situação em que, em sua casa, ambiente de trabalho, etc. tenha observado um fenômeno instigante, para o qual você, como bom filósofo ou cientista, procurou uma explicação, concebendo uma hipótese que, a priori, lhe parecia plausível. Para saber melhor, você submeteu-a a teste. No padrão que estamos estudando, isso envolve, primeiro, extrair uma implicação de teste dessa hipótese e, depois, o apelo à experiência para determinar se essa implicação de fato ocorre ou não. Na situação vivida (ou imaginada) por você, monte argumentos, como faz Hempel na referida seção, mas usando as abreviações das notas de aula, ou seja, diga o que são H e I e arranje esses símbolos (mas os símbolos de implicação e negação) em esquemas padrão de argumento, com as premissas separadas da conclusão por um traço horizontal. Monte dois argumentos, um para a falseação da hipótese e outro para a sua confirmação. (Claro que na prática só um desses argumentos foi relevante, dependendo da observação ou não da implicação de teste; mas para efeitos desse exercício, imagine também a situação que não ocorreu na prática, porém poderia ter ocorrido.) Não vale reproduzir nenhum dos argumentos do livro, nem de seus colegas, nem dado pelo professor. Sugestões: receitas de bolo que não deram certo, barulho estranho no telhado da casa no meio da noite, objetos que desaparecem, computador que funciona de forma esquisita, gaveta que não abre, pet que não quer comer, etc.

2. O que é um argumento indutivo? Defina e dê um exemplo. Explique, usando esse exemplo, por que argumentos desse tipo não são válidos logicamente (explicite o que é um argumento ser logicamente válido; consulte o texto de Hempel e notas de aula sobre tipos de argumentos para ver esse ponto).

3. Na perspectiva denominada por Hempel de concepção indutivista estreita da investigação científica há uma pressuposição comum aos dois primeiros passos da investigação (ver citação de Wolfe). a) Que pressuposição é essa? b) Por que ela não é razoável, quando se consideram as situações reais da ciência?