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Universidade atuará em 19 das 38 redes temáticas
para incrementar segmentos de petróleo, gás e energia

Unicamp e Petrobras
firmam nova parceria

O reitor José Tadeu Jorge, Eduardo Guimarães e Roberto Lotufo firmam termo de cooperação no Rio de Janeiro, no último dia 10 (Foto: Divulgação)A Unicamp firmou no último dia 10 mais uma parceria estratégica com a Petrobras para projetos de pesquisa e desenvolvimento. A Universidade atuará em 19 das 38 redes temáticas definidas pela companhia para incrementar sua atuação nos segmentos de petróleo, gás e energia. Os 19 termos de cooperação foram assinados pelo reitor José Tadeu Jorge e pelo gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Carlos Tadeu Fraga, no Rio de Janeiro.

Redes terão R$ 1,5 bi para tocar perto de 400 projetos

As 38 redes temáticas estabelecidas pela Petrobras desdobram-se em pelos menos 400 projetos (o número total ainda não está fechado). Além da Unicamp, participam do programa outras 75 instituições de ensino e pesquisa. No total, a empresa estará investindo nesses projetos cerca de R$ 1,5 bilhão até 2009. Os recursos deverão ser aplicados em pesquisa, desenvolvimento, infra-estrutura de laboratórios e formação de recursos humanos.

Esta não é a primeira parceria estratégica entre a Unicamp e a Petrobras. Com o apoio da companhia, foram criados, em 1987, o Centro de Estudos em Petróleo (Cepetro), o Departamento de Engenharia de Petróleo e o Curso de Mestrado em Engenharia de Petróleo, todos na Faculdade de Engenharia mecânica. Além de participar de projetos de P&D, o Cepetro contribui de forma decisiva na formação de mão-de-obra qualificada para o mercado do petróleo.

Em 1990, criou-se o Programa de Mestrado em Geoengenharia de Reservatórios no Instituto de Geociências. Em 1993, implantou-se um programa de Doutorado em Engenharia de Petróleo. Atualmente, o Cepetro apóia cursos e projetos na área de ciências e engenharia de petróleo, contemplando as áreas de explotação petrolífera e geoengenharia de reservatórios petrolíferos, atendendo às atividades de geologia, engenharia de reservatórios, perfuração e contemplação de poços, produção petrolífera e gestão de recursos petrolíferos e processamento sísmico.

Dentre os cursos oferecidos pela Unicamp, com o apoio do Cepetro, estão o Mestrado e Doutorado em Ciências e Engenharia de Petróleo, os Cursos de Extensão de Engenharia do Gás Natural e Regulação no Setor de Petróleo, disciplinas de ênfase em Engenharia de Petróleo na Graduação da Faculdade de Engenharia mecânica e Graduação em Geologia no Instituto de Geociências.

Líder mundial em tecnologia offshore, a Petrobras pretende investir em 2006 cerca de R$ 38 bilhões, dos quais 70% nas atividades de exploração e produção, segundo a assessoria de comunicação da companhia. Em 2005 a Petrobras investiu R$ 25,7 bilhões em todas as suas atividades, no Brasil e no exterior. Os investimentos em exploração e produção absorveram 60% desse total. Em 2004, a companhia aplicou o total de R$ 21,8 bilhões, dos quais 60% nas atividades voltadas para a exploração e o desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural.

Uma das metas é produzir petróleo a três mil metros do nível do mar. Atividades de P&D voltadas para exploração em águas profundas têm papel estratégico. Da média de 1,7 milhão de barris/dia extraídos pela Petrobras no ano passado, cerca de 1,5 milhão vieram da Bacia de Campos (RJ). Desse total, pelo menos 1 milhão jorraram de poços perfurados em águas profundas (superior a 400 metros) e ultra-profundas (de 1,5 mil a 2 mil metros).


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