Os poucos relatos existentes sobre a passagem do físico Albert Einstein pelo Brasil e aspectos curiosos de uma das figuras científicas mais populares do mundo poderão ser conhecidos na exposição internacional itinerante Albert Einstein: O personagem do século, a partir de 23 de maio, no Espaço Cultural Casa do Lago da Unicamp. A abertura ocorre às 16h30 e, na seqüência, às 17h30, o professor Marcelo Knobel, do Instituto de Física Gleb Wataghin, profere palestra sobre “O legado de Einstein”. Organizada pela Associação de Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, com versões em diversas línguas, a mostra traz não só as questões científicas que culminaram na projeção do Prêmio Nobel de Física em 1921, mas também retrata sua faceta humanista.
Em 30 painéis ilustrados com textos, fotos e manuscritos, a vida do físico é relatada de forma didática e acessível a todos que queiram conhecer aspectos que não constam da bibliografia básica. “Em cada visita aos países, Einstein encontrava espaço para enfocar suas impressões pacifistas, mesmo estando envolvido com questões científicas complexas”, destaca Ricardo Lomaski Torrez, da empresa Arbo Associados, que em parceria com o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp possibilitou a vinda do material para Campinas. A exposição já foi vista nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile e diversos países da Europa. No Brasil, São Paulo e Curitiba também receberam a exposição.
Durante o período da exposição, até dia 2 de junho, acontece a Semana Einstein no limite da ficção, mostra paralela de vídeos e documentários referentes ao tema, dentro da programação de cinema da Casa do Lago, das 14h às 19h. Entre as opções: a trilogia Matrix, de Andy Wachowski e Larry Wachowski; Blade Runner, de Ridley Scott; Efeito Borboleta, de Eric Bress e J. Mackye Gruber; e Pi, de Darren Aronofsky. Os documentários como Einstein e seu tempo, Einstein no Brasil e A sinfonia inacabada de Einstein completam a programação, que poderá ser consultada no endereço.
O legado “A magnitude da contribuição dos trabalhos na área de física estatística deixados por Einstein não passa despercebida para os visitantes da exposição”, destaca Ricardo Torrez, que visitou a mostra em São Paulo. É possível conhecer a cronologia de fatos marcantes de sua vida como, por exemplo, em 1907, quando descobriu o princípio da equivalência, ou em 1911, momento em que prediz a curvatura da luz. As conclusões sobre a Teoria da Relatividade (1915) e o primeiro trabalho sobre cosmologia (1917) também constam da mostra na forma de manuscritos. As escassas impressões sobre suas viagens pela América Latina 1925, passando por Buenos Aires e Rio de Janeiro, são retratadas na exposição.