Leia nesta edição
Capa
Artigo: Política de C&T
Cartas
Instituto de Economia
Humores do mercado
Mandarim 25
Freqüências ópticas
Milho
Responsabilidade social dos bancos
Trabalho
FCM premiada
Einstein
Painel da semana
Teses
Livro da semana
Portal da Unicamp
Sociologia e Shopping Center
Cinema literário: Beto Brant
 


8

Milho e derivados
fazem bem aos olhos

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A engenheira de alimentos Giovanna Pisanelli Rodrigues de Oliveira: milho contra a catarata e a degeneração macular associada à idade (Foto: Neldo Cantanti)O milho enlatado e os cereais matinais produzidos a base de milho foram os derivados com maior concentração de luteína e zeaxantina, carotenóides importantes para a proteção contra doenças degenerativas oculares. A constatação foi feita a partir de análise realizada na Faculdade de Engenharia de Alimentos com derivados do milho como farinha, fubá, farinha pré-cozida, milho cozido e in natura, polenta frita e cozida, curau e pamonha. A engenheira Giovanna Pisanelli Rodrigues de Oliveira, autora da pesquisa, apurou uma diferença quantitativa significativa dos teores destes carotenóides para os diferentes produtos. “Uma explicação para o fato é que para cada tipo de produto é utilizada uma variedade diferente do grão. No caso dos enlatados, o milho usado é o doce”, esclarece a pesquisadora.

Produto em lata e cereal matinal
concentram carotenóides

A luteína é encontrada em abundância nas folhas verdes e a zeaxantina na fruta de nome piqui. No entanto, dentre os mais de cem alimentos já analisados no Brasil, o milho é o único que concentra em quantidades significativas essas duas substâncias relacionadas à proteção contra a catarata e a degeneração macular associada à idade. Giovanna de Oliveira explica que quanto maior a ingestão de alimentos ricos nesses carotenóides, menor a probabilidade de desenvolver tais doenças. Isso porque o acúmulo desses carotenóides acontece seletivamente na região central da retina. “Há também a questão do Brasil ser o terceiro maior produtor mundial do grão, além do milho ser um dos alimentos populares, consumido por todas as camadas sociais”, argumenta.

Para chegar aos resultados, a pesquisadora fez dezenas de análises, orientada pela professora Delia Rodriguez Amaya. Para cada derivado ela escolheu as principais marcas do mercado e para cada marca foram analisados cinco lotes distintos, a fim de que o trabalho oferecesse número de amostras representativas. No caso dos pratos típicos, como curau, polenta frita e cozida e pamonha, os teores de carotenóides foram baixos. Segundo a pesquisadora, nestas receitas, o milho é apenas um dos ingredientes, que pode ser adicionado em maior ou menor quantidade.

No milho enlatado as concentrações ficaram em torno de 0,56 a 4,12 microgramas por grama de luteína e 7,10 a 22,90 de zeaxantina. Já nos cereais matinais, tipo corn flakes, os teores para luteína encontrados foram 1,83 a 4,88 microgramas por grama e de zeaxantina, 7,57 a 16,24. A fruta piqui, por exemplo, considerada como fonte da zeaxantina, possui concentrações em torno de 7,8 microgramas por grama. Outros dois carotenóides também foram identificados e quantificados no milho e em seus derivados, o betacaroteno e a betacriptoxantina. Embora em pequenas quantidades, são muito importantes, já que podem ser convertidos em vitamina A em caso de necessidade do corpo.

SALA DE IMPRENSA - © 1994-2005 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP