| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 337 - 18 a 24 de setembro de 2006
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Alunos da Medicina em ‘sentinela’

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Denis Jardim, da Medicina: grupo cria metodologia para conferir qualidade terapêutica e de prevenção  (Foto: Antoninho Perri)Uma morte inesperada ocasionada por câncer de colo uterino, doença facilmente prevenível, levou um grupo de alunos do 5º ano de Medicina da Unicamp a estudar a evolução da ocorrência e, com isso, colaborar no atendimento realizado pelo Centro de Saúde do DIC 3, bairro da periferia de Campinas. O estudo fez parte de um trabalho prático da disciplina de Medicina Preventiva, orientada pelo professor Sérgio Resende Carvalho, e acabou contemplado com o Prêmio Lopes de Faria (edição 2005) instituído pela Faculdade de Ciências Médicas em homenagem ao patologista idealizador do Departamento de Anatomia Patológica. O objetivo do grupo de estudantes foi esclarecer os aspectos envolvidos e a evolução histórica do óbito, uma vez que a morte se caracterizava como um “evento sentinela” – ferramenta de vigilância em saúde, cuja ocorrência serve como sinal de alerta de que a qualidade terapêutica ou de prevenção deve ser questionada.

O estudante Denis Leonardo Fontes Jardim explica que o Centro de Saúde do DIC 3 passou, em 2005, por um processo de reestruturação e a sua nova coordenadora, Rosana Garcia, solicitou o auxílio do grupo da Unicamp para que investigasse dois casos de óbito que “supostamente” não deveriam ter ocorrido. O grupo, no entanto, concentrou-se apenas em um dos casos, cuja paciente tinha 58 anos. Neste sentido, os alunos lançaram mão de estratégia de informações e metodologia para exploração dos problemas encontrados, principalmente com relação às dificuldades de interação entre Rede Básica de Saúde e o serviço terciário de atendimento.

Como a paciente teria sido encaminhada de outra cidade, Denis Jardim esclarece que o diagnóstico era tardio. No estágio em que se encontrava a doença a proposta cirúrgica não indicava a sua cura. “O procedimento exigia, apenas, medidas paliativas para manter a qualidade de vida”, explica Jardim. A paciente teve três internações na Unicamp, mas em nenhuma delas retornou à Unidade Básica para acompanhamento. O grupo criou planilhas, fez entrevistas com os profissionais de Saúde e também com os familiares e organizou uma radiografia do caso. Desta forma, os estudantes conseguiram elaborar uma série de medidas para melhorar o sistema de atendimento e incentivar o estudo de outros eventos sentinela. “Fizemos apresentações de todo trabalho e deixamos a metodologia para o seu uso em outros tipos de eventos”, conclui Denis Jardim.

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