O reitor da Unicamp Antonio José de Almeida Meirelles participou online nesta segunda-feira (18) das comemorações pelo primeiro aniversário do Centro de Colaboração Interinstitucional de Inteligência Artificial Aplicada às Políticas Públicas (Ciap).
O centro, criado a partir de um convênio entre a Unicamp, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade Federal de Goiás (UFG), usa inteligência artificial para a coleta, avaliação, integração e formulação de políticas públicas tendo como base o amplo conhecimento acumulado pelas instituições públicas de ciência e tecnologia do Brasil. O Ciap chega a seu primeiro ano de vida com duas inovações.
Uma das ferramentas do Ciap é o ChatPP, criado para apoiar a realização de pesquisas no campo das políticas públicas. O centro oferece também o GeraPP, que visa à produção e à manutenção de textos e materiais sobre políticas públicas em um repositório específico, alimentado por uma rede de instituições universitárias e de pesquisa capilarizada pelo país.
Outro mecanismo disponível, o QualificaPP, mira a qualificação profissional de membros das administrações municipais e estaduais e de conselhos de participação social, oferecendo acesso a informações para serem usadas no debate público e na formulação e gestão de programas em todo o território nacional.
A esses três programas, somaram-se agora o AcervoPP, uma curadoria do repositório sobre gestão pública, e o programa de expansão da rede (Riapp).
O novo sistema foi apresentado, na segunda-feira, pelos professores Paulo Jannuzzi, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE e diretor do centro, Vicente Rocha, membro da Secretaria de Planejamento e coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas no Setor Público da UFG, e Marcelo Proni, coordenador associado do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Unicamp.
“As ferramentas de inteligência artificial (IA) prometem revolucionar a atividade econômica”, avaliou Meirelles, que participou remotamente da solenidade.
“O desafio dos gestores públicos é tornar esse processo uma fonte de benefícios sociais para nossa população. Essa é a preocupação do Ciap”, acrescentou o reitor. “O centro poderá não apenas formar pessoas como também fornecer aos gestores municipais e estaduais a base para elaborar políticas públicas que permitam um desenvolvimento econômico com inclusão, com equidade e ambientalmente sustentável.”
Políticas públicas
Durante a abertura do evento, a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, enfatizou que as ações do centro devem chegar “à ponta”, aos executores das políticas públicas e aos cidadãos. “As boas práticas têm que sair do isolamento, da ação de um governo. Essas práticas devem ser uma política pública. Isso é fundamental para a gente.”
O vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho, observou que o Brasil tem muitos desafios, do ponto de vista econômico, social e político, e que a universidade, entre outras funções, deve auxiliar o país nesse sentido. “Cabe a nós utilizarmos do estado da arte das tecnologias disponíveis e, a partir delas, encontrar soluções. O Ciap é um exemplo claro disso.”
Segundo Jannuzzi, essa é uma “parceria muito importante do ponto de vista da produção do conhecimento e do ponto de vista institucional”.