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Jornal da Unicamp
Baixar versão em PDF Campinas, 12 de agosto de 2013 a 18 de agosto de 2013 – ANO 2013 – Nº 570O legado de Haquira Osakabe
Família doa à Unicamp acervo pessoal do professor do IEL,falecido em 2008; material ficará abrigado no Cedae/IEL
O professor Haquira Osakabe, membro do grupo fundador do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, faleceu de câncer em 13 de maio de 2008. Antes, já aposentado e tendo ido morar em Ribeirão Preto, para melhor compartilhar a vida em família, passou por períodos de melhoria da doença, mantendo suas atividades de orientação e pesquisa. “Ele percorria o périplo Ribeirão-São Paulo-Campinas, vindo mensalmente ao IEL para um ou dois dias de discussão com os orientandos. Como orientador, era o que havia de maravilhoso”, conta a professora Raquel Salek Fiad, coordenadora do Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulálio (Cedae).
Flávia Carneiro Leão, supervisora do Cedae, lembra a pessoa extremamente generosa, tipo pai de todos, tão próximo dos colegas professores quanto de alunos e funcionários. “Depois de sua morte, alunos que estavam com pesquisas em andamento sentiram-se totalmente órfãos. Teve gente que reformulou o projeto para apresentá-lo em outra área, como uma estudante que acabou defendendo tese em midialogia. Havia tanto diálogo e entrosamento que esses alunos não sabiam como seguir sem ele.”
A esses e tantos outros órfãos, a família do intelectual acaba de doar o Fundo Haquira Osakabe, que está sob a guarda do Cedae para consulta pública. As irmãs Teresinha Saito Schumaker e Cristina Saito participaram da cerimônia oficializando a entrega de aproximadamente 2.600 obras (livros, periódicos, artigos em jornais, fotocópias de obras de difícil acesso, postais, bilhetes, correspondências), que se deu em 12 de junho. Simultaneamente, houve o lançamento de dois livros publicados pós-mortem pela Editora Iluminuras: o inédito Entre Almas e Estrelas e a reedição de Resposta à Decadência.
“Quando souberam dessa homenagem, vários funcionários elogiaram a iniciativa e fizeram questão de participar. Achávamos que 40 lugares seriam suficientes para um lançamento de livro às duas da tarde, mas sobrou gente encostada nas paredes e sentada no chão”, recorda Raquel Fiad. “Haquira tinha interesses muito amplos, a capacidade de aglutinar pessoas de várias áreas e, nesse percurso todo, não rompia as relações com os grupos dos quais participava. Hoje em dia, poucos docentes têm esse perfil, são raros na Universidade.”
O PERFIL DO FUNDO
O professor Marcos Aparecido Lopes encarregou-se de examinar integralmente o acervo pessoal de Haquira Osakabe, durante o ano de 2010, com a colaboração voluntária de Daniele de Souza, aluna do curso de estudos literários. “Procurei, numa primeira etapa, averiguar a existência de núcleos temáticos consistentes que estruturassem o conjunto de documentos doados ao Cedae, para, numa segunda etapa, organizá-los com vistas à constituição de uma possível coleção ou fundo especial ‘Haquira Osakabe’. Em seguida, fiz uma triagem minuciosa do material, avaliando a qualidade física de livros e papeis dispersos no acervo.”
Uma preocupação de Marcos Lopes foi identificar a presença de anotações e marginalias, livros autografados por escritores contemporâneos e demais dedicatórias. “Não me parece um truísmo afirmar que esses registros indicam o nível das relações institucionais de um pesquisador, as leituras que foram indispensáveis para a sua formação e que oferecem para as gerações futuras de investigadores uma imagem do trabalho intelectual, sugerindo linhas de investigação, problemas teóricos e atitudes críticas diante do que se concebe por literatura e outras artes.”
O docente do IEL afirma que os núcleos temáticos mais robustos e com fortes sugestões de linhas de pesquisa e problemas de investigação podem ser divididos em seis grupos: 1. Estudos medievais, compreendendo especialmente a península ibérica e demais países europeus, principalmente França e Inglaterra.
2. Estudos sobre as relações entre religião e literatura, com ênfase na espiritualidade cristã, principalmente o romance católico e certa tradição da poesia mística; também merece destaque uma bibliografia sobre o esoterismo e sua presença na obra de Fernando Pessoa. A abordagem do mito de uma perspectiva filosófica, antropológica e psicológica está contemplada em vários livros do acervo.
3. Obras e estudos sobre literatura portuguesa: romance, conto, teatro e poesia. Crítica e historiografia de vários autores modernos e contemporâneos. Cabe sublinhar a existência de uma “Pessoana”, com obras poéticas e em prosa contendo marginálias. Aqui reside um dos principais argumentos para a organização do Fundo em núcleos temáticos e a conservação integral, por exemplo, dos estudos com anotações da recepção crítica de Fernando Pessoa.
4. Obras e estudos sobre literatura brasileira: romance e poesia; crítica e historiografia.
5. Obras e estudos sobre literatura e cultura japonesa;
6. Obras e estudos da literatura ocidental: obras traduzidas e originais.
Na opinião de Marcos Lopes, tais núcleos temáticos desenham o perfil de um intelectual efetivamente preocupado, ao longo de sua carreira, com uma prática interdisciplinar rigorosa e lastreada na interlocução acadêmica nacional e internacional. “É o que se depreende da quantidade expressiva de obras com dedicatórias de escritores e outros pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e, sobretudo, da aquisição zelosa de material bibliográfico. Em suma, o perfil dos títulos da biblioteca de Haquira Osakabe possui três aspectos fundamentais: as relações entre a obra literária e a experiência do sagrado, os estudos medievais a respeito da península ibérica e uma bibliografia indispensável sobre a obra de Fernando Pessoa.”
A separação da biblioteca dos documentos, como geralmente acontece em relação aos fundos, gerou uma discussão interessante. “Ficou decidido que livros e documentos ficariam juntos, aqui no Cedae. Vejo um aspecto positivo, pois na verdade uns conversam com os outros: o pesquisador pode ler o que Haquira escreveu e, no mesmo lugar, consultar o que ele leu para escrever. As anotações nos livros, as marginálias, têm relação direta com a produção de um intelectual”, observa Raquel Fiad.
Flávia Carneiro Leão recorda, por sua vez, que no primeiro momento foram doados apenas os livros, que podiam ser transportados com mais rapidez e tranquilidade, e só depois vieram os documentos. “As irmãs de Haquira precisavam de mais tempo para organizar a parte documental e fiquei muito impressionada com o carinho com que elas fizeram isso: tudo chegou devidamente identificado e organizado em caixas e pastas, o que revela um grande amor por esse irmão.”
Haquira Osakabe (1939-2008) foi professor associado do Departamento de Teoria Literária (DTL) do IEL. Ingressou na Unicamp em 1969 como auxiliar de ensino. Sua carreira sempre se manteve ligada à história do Instituto. Aposentado em 1997, manteve até sua morte diversas atividades de orientação e de pesquisa em sua área de atuação. Osakabe tinha graduação em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Linguística pela Universidade de Besançon (1971), doutorado em Linguística pela Unicamp (1976) e pós-doutorado pela Universidade de Franche Comté (1982), pós-doutorado pela Universidade de Lisboa (1986) e pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa (1999).
Foi professor visitante da Universidade de Georgetown e ministrou cursos nas Universidades de Berkeley e Los Angeles. Em 2005 foi publicado, pela Editora da Universidade Federal do Paraná, o livro Verdade, amor, razão, merecimento: Coisas do mundo em de quem nele anda – Homenagem a Haquira Osakabe. Organizado por seus ex-orientadores Anamaria Filizola, Patrícia da Silva Cardoso e Paulo Mota, o livro reúne estudos de vários autores, versando sobre temas de interesse do homenageado, tais como literatura portuguesa, literatura brasileira e cultura japonesa.
Depoimentos
O lado família
Teresinha Sato Schumaker
Cristina Sato
Temos bastante diferença de idade com nosso irmão. Nossas lembranças mais claras [da sua paixão por literatura] remontam à época em que ele cursava o normal, na tradicional Escola Estadual Otoniel Mota de Ribeirão Preto. Ocorriam debates literários calorosos entre alunos dos diferentes cursos promovidos por dedicados e competentes professores. Camões, Vieira, Machado de Assis entre outros, eram discutidos. Muitas vezes, seu grupo de estudo se reunia em nossa casa para preparação de debates. A família sempre admirou e respeitou esta sua dedicação à literatura. Os pais, Takeshi Osakabe e sua esposa Eiko (nascida Eiko Yoshida) não eram imigrantes típicos. Tinham educação urbana, nenhuma experiência rural e, a rigor, não viviam situação de penúria financeira. O sr. Takeshi tinha curso superior (era farmacêutico estabelecido) e a sra. Eiko tinha diploma de professora primária, tendo inclusive exercido, antes do casamento, algum tempo de magistério. Só razões familiares poderão explicar a decisão do jovem casal (com dois filhos pequenos) de emigrar.
No Brasil, ano de 1934, o destino dos Osakabe foi uma fazenda de café no distrito de Guarantã, município de Guararapes (SP), onde lhes nasceu a terceira filha. Como se disse acima, sem experiência rural nem de trabalho braçal, os Osakabe deveram muito aos jovens amigos Tanaka, Nogawa e Okubo. Mal se completaram os dois anos de trabalho rural que por contrato deveriam cumprir, a família mudou-se para Ribeirão Preto, na antiga região da Mogiana, cidade moderna, contando já com benefícios como água e luz elétrica. Nesta cidade nasceram seus demais sete filhos. O sr. Osakabe abriu uma escola de japonês para atender os filhos da colônia, em cuja educação mais esmerada as famílias já tinham condições de investir: domínio do japonês padrão, domínio da leitura e da escrita, contato com tradições japonesas. Além disso, fazia-se necessário oferecer aos jovens a oportunidade de receber uma educação formal brasileira. Deve-se notar que a região de Ribeirão, embora vitimada pela crise de 29, abrigava inúmeros fazendeiros de origem japonesa e que na época formavam uma espécie de elite financeira regional. A região de atuação da escola (depois denominada pensionato, ou “gakô” em japonês) ia da imediação sul de Ribeirão Preto até as margens do Rio Grande. Com pais educadores e humanistas, não houve nenhum entrave para a escolha profissional do professor Haquira.
Merece menção especial a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que colocou em lados opostos Brasil e Japão. A colônia nipônica viu-se vigiada, e um certo medo de represálias fez com que cessassem inúmeras atividades até então desenvolvidas (como o ensino da língua japonesa, a publicação de jornais em japonês). O gakô de nossos pais também passou a ser visto com desconfiança, mas o seu vínculo com a Igreja livrou-os várias vezes de uma inspeção mais rigorosa. O casal Osakabe promoveu fortemente a integração dos filhos na comunidade brasileira, forma providencial de proteção da família contra as agruras daqueles tempos de guerra e do pós-guerra.
Haquira nasceu no ano de 1939 e foi neste contexto que se formou. Entretanto, é sua mãe Eiko, leitora obstinada de poesias e romances japoneses e escritora de raicais quem exerce forte influência sobre o filho. Embora com formação em linguística e literatura portuguesa, nosso irmão acompanhava atentamente o cinema japonês, tendo escrito algumas resenhas e prefácios de livros sobre o assunto. Deu suporte a alunos, inclusive de universidades americanas, para o desenvolvimento de projetos sobre raicais e migração japonesa no Brasil. Fica, assim, evidente a importância que ele dava às suas raízes.
Haquira foi um intelectual brilhante, diversificado em seus interesses. Tinha uma forma peculiar de olhar as pessoas e o mundo, sempre numa perspectiva muito generosa; tinha horror às injustiças. Já na adolescência teve que lidar com a saúde fragilizada do pai, que viria a falecer no ano de 1964. Assim, ainda jovem, assumiu os cuidados com a mãe e a orientação dos irmãos e sobrinhos. Um verdadeiro mestre, rico em amor e sabedoria.
O Samurai
Francisco Foot Hardman
Em sua aula inaugural para a turma de graduação em ciências humanas do IFCH, naquele agosto de 1971, Haquira teceu uma brilhante análise linguística da canção-manifesto da bossa nova, “Desafinado”, de Tom Jobim e Newton Mendonça. “Fotografei você na minha Rolleiflex / Revelou-se sua enorme ingratidão”. Quantas implicações poéticas, culturais e discursivas somente na leitura desses dois versos! Sabedoria e carisma, bondade e mistério: os que tínhamos o privilégio de ouvi-lo, já antevíamos não a figura do professor, mas a do mestre. De cujo poder mágico, a duras penas, só poucos alcançaram liberar-se. E ele, fiel à linhagem dos samurais, reverenciava a rebeldia de seus discípulos, mais que a submissão.
O alfabetizador de crianças na Praia Grande, filho de imigrantes japoneses nascido em Ribeirão Preto, que cursara a USP tardiamente, entrando de roldão nos enredos da política, do cinema, da arte e do teatro de 1968, aceitou o contrato da recém-criada UEC (Universidade Estadual de Campinas) para dar aulas no departamento de linguística que Fausto Castilho insistia em montar e, assim, foi um dos fundadores do IFCH. O contrato carregava-o para longe, Besançon, França, para fazer o mestrado junto com os futuros docentes Barone (IMECC), Franchi, Ilari e Vogt, estes três seus colegas na criação das bases que levariam, em 1977, ao surgimento do IEL. Para Haquira este inesperado emprego vinha a calhar, pois conseguia com ele escapar da iminente prisão política em São Paulo, naqueles duríssimos meses de 1969.
Mas vamos falar sério: linguística em Besançon é dose pra leão. Assim, num domingo primaveril de Paris, em 71, vamos encontrá-lo no mítico hotel Vêndome do Quartier Latin, para onde fugira com o colega de infortúnio Valmor Letzow (até hoje professor de francês por lá), ambos recebendo uma ilustre visita que estaciona na portaria sua bicicleta: Jean-Luc Godard. Tinha ido até ali para retomar o debate iniciado dias antes num evento do Cahiers du Cinéma. Valmor pede a ele que espere uns minutos, pois Samurai estava no banho.
Deixemos a cena e a memória por aqui. Outros tempos, outros espaços em que vida, cultura e crítica estavam encarnadas e, como não poderia deixar de ser, em permanente crise. Poética da incerteza absoluta. O mal é extremo mas banal, somente o bem pode ser radical e profundo. Que sua lembrança aqui nos faça atentar para o palpitante livro que se escreve, não nos mofados corredores da mediocridade triunfante, mas no rumor das ruas.
À sombra do mestre
Alcir Pécora
Haquira Osakabe foi a pessoa mais importante de minha vida intelectual.
As suas aulas povoavam a minha imaginação muito depois do fim do restante das aulas. Foram elas que me levaram a pensar a linguagem como núcleo problematizador de todas as minhas leituras, em algum lugar entre a literatura e a filosofia, áreas que não distinguia e cujas obras lia com o mesmo tom.
Conheci Haquira em 1973 – embora, antes disso, já houvesse reparado naquele japonês alto e cabeludo, na república que ele mantinha na Ferreira Penteado, a mesma rua da casa da minha família. Em março de 1975, me tornei monitor de sua disciplina de Análise do Discurso, o que se repetiu durante os quatro semestres seguintes. Líamos Platão, Aristóteles, Arnault & Daniel, Pascal, Humboldt, Wittgenstein, Perelman, Benveniste, Vignaux, Gilson, Pêcheux, Barthes, Derrida, Deleuze, Foucault etc.
Em parte, era leitura da moda que Haquira trazia na inevitável mala francesa de bolsista da época, hoje perdida e esquecida pelo caminho. Mas, de outra parte, era um elenco que demandava compromisso intelectual sério; mais que isso, era pluralista e internacional o bastante para manter a cabeça livre da doxa que, em meados dos anos 70, ameaçava submeter a crítica literária do Brasil à hegemonia da sociologia teleológica cujo hardcore era o modernismo paulista.
Ao fim da graduação, foi tão somente para permanecer sob os domínios mentais do Haquira que prestei o concurso para a primeira turma de Mestrado no Departamento de Teoria Literária, que então começava a existir apenas como pós-graduação. Menos de um ano depois, em novembro de 1977, fui contratado como docente, muito provavelmente porque o grupo de professores que deu início ao DTL me visse pelas lentes de aumento típicas da generosidade do Haquira. E quando em 1980, comecei a pensar em Vieira como objeto de minha tese de doutorado, foi porque, antes, o Haquira me havia soprado essa ideia, assim como, depois, requentou meu latim de colégio e leu Teologia Escolástica comigo.
Até o último dia em que o vi, na sua casa de Ribeirão Preto, Haquira ainda mostrava a mesma vibração intensa para pensar. Estava magro de pernas, facilmente dobradas no sofá exíguo, e agudo em observações sobre literatura e quanto ela se opunha à estreiteza institucional. Que melhor recado para alguém que, como eu, na ocasião, era diretor do IEL?
Este registro abreviado serve como testemunho público do muito que lhe devo e também como esperança privada de que ainda seja, em parte, memória do que fui à sombra dele.
Literatura e ética
Marcos Aparecido Lopes
Como aluno de Haquira Osakabe, durante o período do meu doutorado (2000-2005), privei de sua honestidade intelectual e de um padrão de exigência acadêmica que não fazia concessões às modas teóricas ou às políticas de produção científica. Relendo alguns de seus textos acadêmicos, percebo que a arquitetura do argumento e a clareza das ideias estavam voltadas para o fortalecimento de um espaço público, uma conditio sine qua non para o debate vigoroso das ideias. Sua paixão pela literatura portuguesa, se assim me posso expressar, e suas incursões na questão do ensino de literatura, revelam uma atitude política e ética corajosa: aprender literatura é o aprendizado da crise contínua do sujeito. Ensinar literatura não é uma questão pedagógica ou de orientação metodológica, é uma questão ontológica e ética. Sempre fará falta alguém que nos lembre isso, alguém que encarne isso.
Comentários
Fui aluno de Haquira, em 1976
Fui aluno de Haquira, em 1976, durante o ano básico de Humanas. Lembro de aulas gratificantes, debates honestos e descobertas incríveis quando passeávamos pelos textos de Saussure. Não sabia de sua morte em 2008. Com certeza, o jornalista em que me transformei no ano seguinte, deixando, por necessidade do trabalho, a Unicamp, tem muito a ver com o universo que me foi apresentado por Haquira.
Fomos amigos por mais de
Fomos amigos por mais de quarenta anos, desde os bancos da USP, nos já longínquos anos 60. Nunca me esquecerei de sua generosidade, retidão de caráter e profunda sensibilidade para as questões humanas. Saudades.
Maria Lúcia