Como parte de seu esforço para modernizar a administração da Unicamp, tornando-a mais eficiente, transparente e participativa, a gestão 2017-2021 criou no início do quadriênio a Diretoria Executiva da Área da Saúde (DEAS), à qual atribuiu a tarefa de dar congruência a ações estratégicas direcionadas ao conjunto de unidades assistenciais administradas pela Universidade. Em paralelo, o órgão encarregou-se, também no escopo de suas atribuições, de pavimentar a ponte entre a instituição e os gestores dos sistemas de saúde municipais e estaduais.
Um resultado concreto da atuação da DEAS foi o estabelecimento de parceria com o governo de São Paulo para a gestão do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Amparo, em julho de 2017, e do Hospital Regional de Piracicaba (HRP), em março de 2018. Outra iniciativa conduzida pela diretoria foi a renovação do convênio com o governo paulista, por mais cinco anos, para a administração do Hospital Estadual Sumaré (HES). Assinada em julho de 2020, a renovação manteve todas as atividades assistenciais que já vinham sendo realizadas no hospital.
As três unidades integram a área de saúde da Unicamp, cuja importância é vital para uma população de cerca de 6,5 milhões de habitantes. Embora sua área de abrangência, em tese, fique circunscrita à macrorregião de Campinas e parte dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, não raro pacientes de todo o país buscam atendimento em suas instalações. Um indicativo da relevância dos serviços prestados à sociedade foi o protagonismo do Hospital de Clínicas (HC), com a participação do HES e do HRP, a partir de março de 2020, no tratamento de pacientes durante a pandemia de covid-19 (leia mais).
A área da saúde é composta pelas seguintes unidades:
Em 2019, antes da eclosão da pandemia, as área da saúde dispunha de 925 leitos, dos quais 872 nos quatro hospitais da área de saúde – HC, Caism, HES e HRP. Neste mesmo ano, foram realizados, em todo o complexo, os seguintes procedimentos:
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42.463 internações
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1.094.634 consultas
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68.239 intervenções cirúrgicas
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4.842 partos
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376.820 exames de imagem
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5.385.156 exames laboratoriais
A tabela abaixo mostra a evolução destes indicadores ao longo dos anos:
Durante o quadriênio, a gestão empenhou-se em obter recursos adicionais para a área da saúde por meio de articulações em todas as instâncias de governo (leia mais). Esta foi a alternativa encontrada para fazer frente a um problema histórico da Unicamp, qual seja, o peso crescente do dispêndio institucional neste segmento quando se analisa o conjunto das receitas que a Universidade recebe do Tesouro do Estado. Cabe ressaltar que, diferentemente de suas duas coirmãs estaduais, a Unicamp financia, com recursos do seu próprio orçamento, as unidades da área da saúde que lhe pertencem.
Os gráficos a seguir são reveladores de duas realidades discrepantes: o aumento da participação da Universidade na composição das dotações orçamentárias de HC, Caism, Hemocentro, Gastrocentro e Centro Integrado de Pesquisas Oncohematológicas Infância (Cipoi) – este último pertencente à FCM – frente à diminuição dos recursos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS), resultante da defasagem na correção da tabela de repasses. Os dados referentes a 2020 ainda não estavam tabulados quando da conclusão deste relatório.
A despeito do contexto adverso e das dificuldades orçamentárias, foram realizadas numerosas melhorias na área da saúde no decorrer do quadriênio, muitas delas com o apoio de emendas parlamentares estaduais e federais. Abaixo, a relação das principais intervenções realizadas no HC: