Defesa da Universidade com Apoio da Sociedade

O quadriênio 2017-2021 coincidiu com o período da história nacional recente em que as universidades estiveram sob maior ameaça. Impulsionados pelo acirramento da polarização política em todas as esferas da sociedade, emergiram no país movimentos preconceituosos e negacionistas que fomentaram ataques sistemáticos à ciência e às instituições de ensino e pesquisa, em particular as públicas.

Esta ofensiva, proveniente de múltiplas fontes, compreendeu a divulgação de notícias falsas e veiculação de campanhas de desinformação pelas redes sociais, cortes de bolsas e de financiamentos para pesquisa e até mesmo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para investigar, alegadamente, “possíveis irregularidades” na administração das universidades estaduais paulistas.

Neste contexto, a autonomia financeira e administrativa – maior conquista da Unicamp e de suas duas coirmãs, vigente desde 1989 – foi posta em xeque inúmeras vezes. A tentativa do governo paulista de confiscar o superávit financeiro apurado nos balanços patrimoniais das três instituições e também no da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio de artigo inserido no Projeto de Lei 529/2020, foi, sem dúvida, o caso mais emblemático. A situação exigiu do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) um intenso trabalho de articulação política, que resultou, por fim, no recuo do governo nesta questão.

O estreitamento das relações entre a Unicamp e a sociedade – algo que a gestão incluíra entre suas metas para o quadriênio ainda durante a campanha para a Reitoria – tornou-se condição fundamental para o enfrentamento das ameaças que colocavam em risco o futuro da instituição. Em outras palavras, era preciso que a Unicamp mostrasse com clareza para sua principal financiadora por que valia a pena apoiar a luta pela preservação da autonomia e das condições de funcionamento da Universidade.

A reformulação do Portal Transparência Unicamp teve papel relevante neste processo, assim como aprimoramento da comunicação institucional direcionada ao público externo, a intensificação do contato com ex-alunos e com as chamadas empresas “filhas da Unicamp” e o estabelecimento de parcerias que geraram benefícios diretos e imediatos para diferentes parcelas da população.

Foi durante a pandemia de covid-19, porém, que a importância da Unicamp – assim como a das demais universidades que se dedicaram a combater a doença nas frentes assistencial e de pesquisa – tornou-se mais evidente para a sociedade. Este reconhecimento foi comprovado, no caso específico, pela forte adesão à campanha “Abrace o Futuro”, por meio da qual a Unicamp arrecadou doações que lhe permitiram dar continuidade às suas atividades assistenciais e acadêmicas em meio às instabilidades financeiras do período (leia mais).

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Reafirmação dos princípios da instituição universitária

No âmbito internacional, cabe destacar a participação da Unicamp, como única representante latino-americana entre 12 instituições de diferentes países, na revisão da Magna Charta Universitatum, documento de 1988 que definiu os princípios fundamentais das universidades segundo a perspectiva europeia. O processo foi conduzido pelo guardião destes princípios, o Observatório da Magna Charta, com o objetivo de adequar o documento à diversidade das centenas de novos signatários conquistados em todo o mundo com o passar dos anos.

Em cerimônia para celebrar os 30 anos da Magna Charta e o 800º aniversário da Universidade de Salamanca, realizada na Espanha em setembro de 2018, os participantes da revisão reafirmaram os princípios definidos no documento original: a autonomia e a liberdade acadêmica – não por acaso, os mesmos que foram alvo dos ataques lançados no Brasil contra as instituições públicas de ensino e pesquisa.

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Protagonismo na defesa da ciência e das universidades

A Unicamp ocupou posição de liderança, no plano nacional, no que se refere à defesa não apenas das universidades e do conhecimento científico, mas do próprio estado democrático de direito. Pode-se mencionar, como exemplo deste protagonismo, a atuação da Universidade como amicus curiae – ou seja, como fonte externa de dados e opiniões – em ação da Procuradoria Geral da República (PGR) contra decisões de juízes eleitorais que determinaram, em outubro de 2018, a busca e apreensão, em universidades federais e estaduais, de panfletos e materiais de campanha relativos às eleições gerais daquele ano.

Outro exemplo – este, o que entrará para a história da Unicamp – foi a realização, em 15 de outubro de 2019, de uma inédita assembleia universitária extraordinária para defender a ciência e a educação pública. Convocada por iniciativa dos estudantes, com apoio integral da gestão e da comunidade acadêmica, a assembleia reuniu cerca de 8 mil pessoas no ponto central do campus de Campinas, o Ciclo Básico, mesmo local da manifestação ocorrida em 1981 contra a intervenção do governo do Estado na Universidade. Os participantes da assembleia aprovaram uma moção de repúdio aos cortes de bolsas e verbas federais para pesquisa, amplamente divulgada, em seguida, para a sociedade.

Luta pela preservação da autonomia

No plano estadual, a Unicamp e suas coirmãs utilizaram a transparência como principal arma de defesa na chamada “CPI das Universidades”, instalada na Alesp em abril de 2019. As três instituições atenderam irrestritamente às solicitações dos parlamentares, enviando seus principais dirigentes para prestar depoimentos e fornecendo quantidades massivas de dados e informações.

O reitor da Unicamp compareceu à CPI em 26 de junho de 2019. Em sessão transmitida ao vivo pela internet, fez uma apresentação geral sobre a Universidade e respondeu a todas as perguntas dos deputados, convidando-os, ao final, a conhecer pessoalmente as atividades desenvolvidas na instituição. Quase 40 parlamentares estiveram na Unicamp nos quatro meses que se seguiram até o encerramento da CPI, entre os quais o presidente e a relatora dos trabalhos da comissão.

Aprovado em 5 de novembro do mesmo ano, o relatório não levantou nenhum questionamento diferente dos que haviam sido feitos anteriormente pelos órgãos de controle que auditam as contas e acompanham com regularidade as atividades das estaduais paulistas – os quais já estavam sendo devidamente tratados, naquele momento, no âmbito de cada instituição. Em vez de apontar irregularidades, o texto ressaltou a importância das três universidades para o Estado e para o país, defendendo, por fim, o apoio às suas atividades de ensino, pesquisa e extensão por parte da Alesp.

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A interlocução estabelecida com os deputados no decorrer da CPI tanto pela Unicamp, em particular, como pelo Cruesp, em uma perspectiva mais ampla, mostrou-se fundamental no ano seguinte para que o governo estadual retirasse do já mencionado Projeto de Lei 529/2020 o artigo que ameaçava a autonomia financeira das universidades mantidas pela população de São Paulo. Deve-se mencionar o fato de o Conselho Universitário (Consu) da Unicamp ter aproado uma moção de repúdio ao projeto em sessão extraordinária convocada para este fim, o que ampliou os efeitos da articulação conduzida pela gestão.

Para comemorar os 30 anos da autonomia, as três instituições reuniram seus respectivos órgãos máximos, no dia 15 de agosto de 2019, em uma inédita sessão conjunta. Durante a sessão, realizada no campus principal da Universidade de São Paulo (USP), houve a aprovação, por unanimidade, de uma moção em apoio à manutenção do mecanismo de financiamento que destina um percentual fixo da arrecadação paulista do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) às universidades estaduais.

A reunião dos três conselhos universitários foi sucedida por um evento comemorativo organizado pelo Instituto de Estudos Avançados (IdEA) da Unicamp, do qual participaram representantes da academia e dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado de São Paulo, além de personagens que contribuíram para a elaboração do “Decreto da Autonomia”, como ficou popularmente conhecido o Decreto 29.598, de 2 de fevereiro de 1989. O evento também foi marcado pelo lançamento de um documentário sobre o tema, disponível no YouTube.

Criado pela gestão para promover a discussão, na Unicamp, de grandes temas de interesse da sociedade contemporânea, o IdEA organizou também duas edições do ciclo de palestras intitulado A Crise Brasileira, com a participação de personalidades da política e de diferentes áreas do conhecimento. Em razão da pandemia de covid-19, o segundo ciclo foi realizado de forma remota, em parceria com a TV Cultura.

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Transparência na comunicação com o público externo

Adicionalmente às numerosas moções e notas oficiais divulgadas em nome da Unicamp, a gestão apostou na comunicação direta e transparente com o público externo para conquistar o apoio da sociedade nos momentos mais críticos do quadriênio. Não foram raras as ocasiões em que membros da Administração Superior assinaram artigos nos principais jornais de circulação nacional – tanto individualmente, como em parceria com seus congêneres nas outras duas universidades estaduais paulistas – para desfazer percepções equivocadas e demonstrar, com base em fatos e números, os muitos benefícios que a ciência e as instituições de ensino superior proporcionam à sociedade.

As declarações dadas por dirigentes da Universidade à imprensa externa foram ainda mais numerosas. Ao longo de todo o quadriênio, a gestão procurou atender ao maior número possível de pedidos de entrevista, sem privilegiar veículos específicos ou proibir questionamentos sobre quaisquer assuntos. Este relacionamento foi fortalecido pela reformulação do Portal da Transparência, que deixou de apenas divulgar os salários dos servidores para colocar à disposição da sociedade – e dos jornalistas profissionais – informações claras e detalhadas sobre o funcionamento da Unicamp em diferentes áreas.

O posicionamento aberto e transparente em relação à imprensa externa, somado à ampliação da presença da Unicamp em redes sociais, resultou em um aumento expressivo das menções à Universidade em notícias e reportagens produzidas pelos mais variados veículos de comunicação. Em 2017, primeiro ano da gestão, o nome da Unicamp foi mencionado em 43.160 produtos jornalísticos, o que representa uma média de 118 referências diárias. Em 2020, o ano da pandemia de covid-19, o número de citações à Universidade subiu para 69.179, ou 189 por dia.

Também em 2020, o Portal da Unicamp, principal canal oficial de comunicação da Universidade com os públicos interno e externo, recebeu mais de 10 milhões de acessos, dos quais 2 milhões foram a páginas cujos temas tinham relação com a pandemia. Vale ressaltar o esforço feito no período por jornalistas e pesquisadores da Unicamp para rebater visões negacionistas com dados científicos. Exemplo deste trabalho é a série “Combate às Fake News”, cujos vídeos tiveram mais de 110 mil visualizações em apenas sete semanas, entre janeiro e março de 2021.

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A presença da Unicamp nas redes sociais cresceu de forma orgânica e consistente no decorrer do quadriênio 2017-2021, sob a coordenação da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC):

Situação inicial

Seguidores em março de 2021

Facebook - 101 mil

A página oficial, que tinha 25 mil seguidores no começo da gestão, passou a ser alimentada regularmente, com publicações diversificadas.

Instagram - 66 mil

A entrada na rede deu-se em junho de 2019.

LinkedIn - 245 mil

Criada e administrada pela PRDU, a conta institucional ficou sob responsabilidade da SEC a partir de junho de 2019.

YouTube - 22 mil

O canal da TV Unicamp foi reestruturado em fevereiro de 2020, quando contava com 6 mil seguidores.

Twitter - 17 mil

A SEC assumiu a administração da conta também em junho de 2019, partindo de 5 mil seguidores.

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Ampliação do contato com egressos

A gestão investiu fortemente na ampliação do contato institucional com pessoas que já tivessem mantido algum tipo de vínculo com a Unicamp, fosse este acadêmico, profissional ou até mesmo social. Uma das iniciativas neste sentido foi o lançamento da campanha Nossa Unicamp, em fevereiro de 2020. Por meio da divulgação, em canais oficiais e externos, de relatos em vídeo de ex-alunos, ex-servidores e antigos pacientes das unidades da área da saúde, a campanha estimulou o compartilhamento, pelas redes sociais, de diferentes experiências vividas na Universidade, ressaltando, desta forma, a multiplicidade de benefícios que uma instituição dedicada ao ensino, à pesquisa e à extensão pode proporcionar ao conjunto da sociedade. Os vídeos da campanha estão disponíveis no canal da TV Unicamp no YouTube.

Passados seis meses, a gestão colocou no ar a plataforma Alumni Unicamp, desenvolvida em parceria com a empresa britânica Graduway – uma das líderes internacionais do setor – para reestabelecer o contato entre a Universidade e seus ex-alunos. Para além do reencontro com antigos colegas e do recebimento de notícias sobre a Unicamp, a plataforma permite que seus membros divulguem oportunidades de emprego, ofereçam aconselhamento profissional a estudantes matriculados na graduação e participem de campanhas de arrecadação de doações promovidas pela instituição, como, por exemplo, a já mencionada “Abrace o Futuro”, lançada durante a pandemia de covid-19. Espera-se que a expansão da rede de ex-alunos favoreça o crescimento do Lumina, fundo patrimonial constituído pela gestão para servir como fonte complementar de receitas para a Universidade no longo prazo.

O contato com egressos foi ampliado, ainda, como consequência do esforço da Agência de Inovação da Unicamp (Inova) para localizar e inserir em sua base de dados novas empresas cujos fundadores mantivessem ou já tivessem mantido algum tipo de vínculo com a Universidade, ou cujo principal produto se baseasse em tecnologia oriunda da instituição. Chamadas de “filhas de Unicamp”, estas empresas constituem o exemplo mais evidente de como a Universidade produz efeito positivo sobre a economia regional, estadual e, em última instância, nacional, ao formar pessoas com espírito empreendedor, incubar companhias nascentes e licenciar para o mercado tecnologias desenvolvidas nos laboratórios da instituição.

Segundo levantamento feito pela Inova, havia 584 empresas-filhas cadastradas na base de dados da agência em 2017, das quais 485 estavam em atividade. Juntas, estas últimas empregavam quase 29 mil pessoas e faturavam cerca de R$ 3 bilhões. Em 2020, o número de empresas cadastradas já havia subido para 1.038. Deste total, 929 mantinham-se ativas, somando 33.315 postos de trabalho e R$ 8 bilhões de faturamento (valores nominais). Apenas de 2019 para 2020, foram cadastradas 223 empresas, 64% das quais formadas nos cinco anos anteriores.

Cabe destacar que, dentre as filhas da Unicamp em atividade em 2020, quase 90% eram micro ou pequenas empresas e aproximadamente a mesma proporção se situava no Estado de São Paulo, onde é arrecadado o ICMS que financia a Universidade. A maioria – quase 60% – estava instalada na própria Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde se localizam 21 das 24 unidades de ensino e pesquisa da Unicamp.

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Parcerias com benefícios para a sociedade

O estabelecimento de parcerias com órgãos e outras instituições públicas também ajudou a aproximar a Unicamp da sociedade ao mostrar, de forma clara e imediata, como o conhecimento gerado na Universidade pode beneficiar o conjunto daqueles que a financiam, e não somente os que trabalham ou estudam na instituição. A lista abaixo relaciona alguns dos parceiros da Unicamp no quadriênio, bem como os objetivos dos acordos e convênios firmados com cada um deles:

  • Polícia Federal, para cooperação em ensino, pesquisa e extensão, realização de intercâmbio e prestação de serviços na área jurídica e em ciências criminais;

  • Ministério Público do Trabalho (MPT), para numerosas finalidades:

    • Reimpressão de dois atlas e publicação de um livro sobre migrações internacionais;

    • Concessão de bolsas-auxílio a refugiados (leia mais);

    • Utilização de recursos provenientes de sentenças judiciais para a compra de insumos e equipamentos utilizados no combate à covid-19; e testagem em massa de coletores e entregadores de mercadorias da região de São João da Boa Vista (SP) para diagnóstico da doença (leia mais);

    • Desenvolvimento de próteses de baixo custo e alta qualidade para trabalhadores que sofreram amputações;

    • Realização de pesquisas sobre o trabalho digno no campo e na cidade e sobre o tráfico de pessoas no país;

    • Promoção de atividades de extensão, entre as quais um curso sobre a legislação internacional dos direitos humanos e outro de capacitação em normas de ergonomia do trabalho, além de projeto-piloto de divulgação científica e conscientização sobre o trabalho digno em escola municipal da periferia de Campinas.

  • Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), para oferecimento de bolsas a estudantes de doutorado interessados em atuar como tutores em disciplinas de graduação oferecidas pela instituição;

  • Fundação Casa e Ministério Público do Estado de São Paulo (MPESP), para a inclusão do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente Andorinhas, em Campinas, entre os locais em que os estudantes de medicina da Unicamp podem realizar estágios complementares à sua formação;

  • MPESP, para a divulgação de cartilha de combate à violência doméstica entre comunidades de imigrantes e refugiados de línguas árabe e creole haitiano;

  • Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, para o oferecimento de cursos nas áreas econômica e trabalhista para juízes de todo o país;

  • Receita Federal, para o recebimento de insumos para pesquisa, equipamentos hospitalares e outros diferentes tipos de produtos provenientes de apreensões 2020 (leia mais na página XX).

Fora do setor público, merecem destaque as parcerias firmadas em 2017 e 2019 com a Campinas Decor, organizadora da maior mostra de arquitetura e decoração da região, para a reforma de dois edifícios históricos pertencentes à Unicamp: respectivamente, a sede da antiga Fazenda Argentina, cuja área a Universidade adquiriu em 2014, e o centenário prédio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), na região central da cidade, interditado neste mesmo ano por risco de desabamento do telhado.

O casarão da Fazenda Argentina recebeu a mostra de 2018 da Campinas Decor, realizada entre os meses de abril e junho. Organizadores, expositores e fornecedores investiram R$ 2,5 milhões nas obras de infraestrutura, que compreenderam a recuperação de pisos e revestimentos; o conserto e instalação de telhados, portas e janelas; e a reformulação das redes elétrica e hidráulica. Todas as benfeitorias foram doadas à Universidade.

Terminado o período de visitação, o imóvel foi devolvido à Unicamp e adaptado para uso administrativo, tornando-se, em março de 2021, a nova sede Inova. Uma parcela das já mencionadas filhas da Unicamp contribuiu para a adequação do espaço às suas novas funções por meio de doações e financiamentos coletivos. Com a mudança de endereço, a Inova passou a situar-se no centro da área de abrangência do futuro Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS), modelo de distrito inteligente cuja criação foi formalizada em julho de 2020 (leia mais).

No caso do prédio do Cotuca, a parceria com a Campinas Decor provou ser a melhor solução para um problema duplo: a provisoriedade das instalações do colégio, que passara a funcionar em um imóvel alugado no Taquaral, gerando uma despesa mensal elevada para a Unicamp; e a necessidade de recuperar um edifício tombado pelo Patrimônio Histórico, com projeto do renomado engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo – obra com cujo custo a Universidade não tinha condições de arcar em meio a uma severa crise financeira.

De grande importância histórica para a cidade, o prédio foi escolhido para receber a edição comemorativa do 25º aniversário da Campinas Decor. A mostra estava programada para o primeiro semestre de 2020, mas teve de ser adiada em razão da pandemia de covid-19. A nova data do evento não havia sido definida quando da conclusão deste relatório, em razão da gravidade da pandemia no país. As obras de infraestrutura, porém, já haviam sido entregues à Universidade e, consequentemente, à sociedade, que pôde ver o resultado da reforma pelo canal da TV Unicamp no YouTube.

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