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Um convite para participar do Programa
de Avaliação da Graduação do 2º semestre

18/11/2011 — O Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA)² convida docentes e estudantes a participarem do Programa de Avaliação da Graduação (PAG) do segundo semestre de 2011. O PAG foi instituído para aprimorar as condições do ensino de graduação e tem ajudado a conhecer melhor a realidade dos cursos e as características do trabalho pedagógico desenvolvido por professores e estudantes nos diferentes espaços educativos, com destaque para a sala de aula. O processo consiste de autoavaliação, avaliação de curso e avaliação de disciplinas. A participação é voluntária, online, sendo que o questionário [http://www.ea2.unicamp.br/joomla/] está disponível até 20 de dezembro.

Depois de programas-pilotos em algumas unidades, o PAG foi universalizado para toda a Unicamp no primeiro semestre deste ano. “A primeira avaliação foi seguida de um encontro com coordenadores de cursos, por áreas de conhecimento, o que permitiu qualificar os dados obtidos e, de alguma maneira, dar início a diagnósticos e estabelecer parcerias para definir uma agenda de trabalho comum. Isso porque nosso papel é de apoio e não de planejador do ensino: a autonomia da unidade, do curso e da docência precisa ser sempre respeitada”, ressalta o professor José Alves de Freitas Neto, coordenador do (EA)², órgão subordinado à Pró-Reitoria de Graduação (PRG).

A professora Mara Regina Lemes de Sordi, coordenadora do Núcleo de Avaliação, observa que a comunidade acadêmica, normalmente, demonstra resistência a avaliações, por julgar que nada acontece após a coleta de informações. “Esta é a grande crítica que existe contra qualquer modelo de avaliação. No nosso caso, é importante informar que o primeiro PAG originou um conjunto de ações, como a discussão de problemas e de ações com coordenadores, a socialização dos dados, a captação de ideias e o surgimento de um espírito de planejamento a partir da avaliação. É um processo circular – e não somente de tomada regular de informações.”

Segundo Freitas Neto, 13% dos alunos de graduação aderiram ao primeiro PAG, índice que considera abaixo do ideal, mas nada desprezível, já que equivale a cerca de 2 mil questionários respondidos. “É um volume de informações que trouxe indicativos interessantes, como por exemplo, de que nosso aluno reconhece a qualidade e o esforço dos docentes; que as bibliotecas e laboratórios em geral funcionam bem; e que também há carências, como de espaços esportivos e culturais. Além disso, pudemos reconhecer que 80% dos estudantes não se envolvem em atividades político-partidárias ou mesmo com o movimento estudantil, 85% não aderem a trabalhos voluntários ou religiosos e 70% não desenvolvem atividades culturais.”

Em relação aos docentes, o coordenador do (EA)² informa que a adesão foi de 18%, possibilitando a identificação de problemas que são recorrentes em diferentes unidades e cursos, bem como outros mais específicos. “Existe desde a queixa de professores diante da estrutura congelada de uma grade curricular – quando os alunos ingressantes apresentam um novo perfil e uma nova demanda –, até em relação a aspectos de infraestrutura que impactam na qualidade do ensino na unidade.”

De acordo com Mara Regina de Sordi, à medida que o (EA)² vai cotejando as diversas áreas, dialogando e compreendendo a cultura dos lugares, é possível identificar semelhanças que orientem planos de ação. “A intenção é se aproximar o tanto quanto possível daquilo que as unidades reclamam como apoio, reconhecendo, além de problemas de infraestrutura, necessidades como de alteração de práticas pedagógicas, permitindo ao professor exercitar novas metodologias. Ao invés ficar à distância, pensando no que convém a docentes e alunos, queremos dialogar e nos colocar a serviço dessas demandas e apontar outras, numa postura proativa. É um processo que está sendo construído, numa perspectiva formativa, sem a menor característica de procurar culpados, e sim de entender a complexidade do fenômeno e intervir conjuntamente.”

José Alves de Freitas Neto afirma que a opção pela participação anônima e voluntária reflete em dados mais fidedignos em comparação a uma avaliação obrigatória, como existe em outras instituições. “Mas nosso principal desafio é ampliar o envolvimento da comunidade para que não fiquemos numa avaliação meramente burocrática. Estamos à disposição das representações das unidades e estudantis para dar esclarecimentos e aperfeiçoar o instrumento. Esse processo está sendo um start para que a Unicamp possa olhar seu ensino de graduação com olhos que não sejam nem de defesa, nem de acusação. O objetivo é a consolidação de uma cultura onde a avaliação não seja apenas um momento, mas integrada e encarnada em nossas práticas acadêmicas.” (Luiz Sugimoto)



 
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