A lembrança das brincadeiras debaixo de parreiras e bananeiras
durante a infância fez a professora Dóris iniciar
um projeto de plantio de mudas no parque da Emei da Unicamp.
Por todos os lugares onde passou, a psicóloga e educadora
Dóris Aparecida Estevam Barreto procurou desenvolver
um projeto ligado ao meio ambiente. Ela conta que, ao deparar
com o prédio vertical da escola, com apenas uma ou duas
mudas de planta, decidiu transmitir às crianças
suas experiências com a natureza. Logo eles vão
poder brincar, ouvir histórias, ou até comer um
lanche à sombra de uma parreira de chuchu, comemora.
Por
meio do projeto liderado por Dóris e a professora da
Emei Cássia Aparecida Guião, as crianças
passam a entender com mais clareza a multiplicidade das cores
e têm noções de harmonia para construir
um canteiro. Pela sua experiência como psicóloga,
sua primeira formação, Dóris afirma que
atividades desse tipo têm influência benéfica
no desenvolvimento da criança.
Um
projeto ambiental pode desenvolver atitudes e favorecer a coletividade.
Na fase inicial, alunos, professoras e monitoras desenvolveram
juntos canteiros de verduras, legumes, frutas e ervas medicinais.
Foram adicionadas três mudas de pau-brasil às árvores
ornamentais. Segundo Dóris, já existe um projeto
da Prefeitura de Campinas voltado para o replantio de paus-brasis.
No dia 3 de maio, a escola recebeu a visita da subprefeita de
Barão Geraldo, Robeni Baptista da Costa, para a instalação
de uma placa indicando a Lei Federal 667/78, que regulamenta
o pau-brasil como uma árvore nacional.
Pitanga,
amoreira, bananeira, pé de uvaia são as árvores
frutíferas que, em breve, podem fazer parte das aulas
de culinária que envolvem as atividades realizadas pelos
alunos de Dóris. A professora afirma que o projeto vem
despertando na criança o prazer de aprender praticando
e de construir em seu espaço um mundo melhor. Melhorar
o que a geração anterior deixou passar,
reforça. Ela garante que o projeto desenvolve atitudes
de cuidar e favorece a coletividade, pois há o envolvimento
de toda a comunidade. Um dia desses, uma mãe, que
não se identificou, doou uma muda de insulina para compor
o canteiro de ervas medicinais, acrescenta.
Para
que todos pudessem abraçar o projeto, cada classe adotou
uma árvore. O trabalho de Dóris está associado
ao Projeto Conhecer, no qual as crianças são levadas
a explorar os diversos cantos da universidade. Dóris
acredita que o plantio favorece a humanização
do espaço e deveria ser adotado por outras unidades do
campus. O meu sonho era humanizar a área de entrada
do hospital, plantado umas flores bem bonitas. Na opinião
da professora e companheira de trabalho Olga Bender, os projetos
idealizados por Dóris têm grande importância
nos avanços pedagógicos da Emei da Unicamp. Esta
é gente que faz mesmo, elogia.
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Cinema
nacional volta às telas do campus
AO
Projeto Cultural Cinema BR em Movimento, administrado por
alunos de diversas áreas da Universidade, e mantém
parceria com a Unicamp, Petrobrás e MPC & Associados,
volta, em sua 3° edição, com suas sessões
de cinema no Campus Universitário da instituição.
Nessa edição, o filme programado é Por
trás do pano, de Luis Villaça, a ser apresentado
nos próximos dias 15 (terça-feira), no auditório
do IFGW, a partir das 12 horas, e às 18h15, no auditório
do Instituto de Artes, e no dia 16 (quarta-feira), às
14 horas, no auditório do IFGW. O projeto é
mantido por alunos de diversas unidades e destina-se a professores,
alunos e funcionários da Universidade. As sessões
são gratuitas.
A
principal proposta do projeto é a divulgação
do cinema nacional junto ao público universitário,
visando sempre vencer velhos estereótipos e resistências
e a formar um público futuro receptivo aos filmes nacionais,
segundo avalia o estudante Wilian Pereira, da filosofia.
Por
trás do pano, que tem no elenco, Denise Fraga, Pedro
Cardoso, Luiz Melo, Marisa Orth e Ester Góes, com participação
especial de Gianni Ratto, mostra os bastidores da montagem
de uma peça teatral e o envolvimento entre uma jovem
e sonhadora atriz e um diretor consagrado mas desiludido.
Suas paixões, inseguranças e expectativas são
retratados com delicadeza e tato, aliado a um total domínio
da técnica cinematográfica. Ano passado foram
exibidos os longas O dia da caça, de Alberto Graça,
e O rap do Pequeno Príncipe contra as almas sebosas,
de Paulo Caldas e Marcelo Luna, para um público de
aproximadamente 1500 pessoas.
Informações mais detalhadas http://www.cinemabremmovimento.com.br
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