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..Campinas, 14 a 20 de maio de 2001

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NESTA EDIÇÃO
.Bienal - pág 1   .Oportunidades - pág. 7
.Empreendimento - pág. 2 .Eventos futuros - pág. 8
.Serviço / Eventos - pág. 2 .Teses /Pedagogia - pág. 9
.Pesquisa - pág. 3 .Ecologia - pág. 10
.Homenagem - pág. 3 .Entretenimento - pág. 10
.Mestrado - pág. 4 .Pós-graduação - pág. 11
.Painel da semana - pág. 5 .Palestras - pág. 11
.Em dia/Inscrições - pág. 6 .Fotografia /Curtas - pág. 12
 
...LITERATURA
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Prêmio Jabuti vai para “Footballmania”
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Esporte mais praticado no mundo e mais popular no Brasil, jogado por mais de 200 milhões de pessoas em quase 200 países, o futebol, também chamado de “o esporte das multidões”, é tema central do livro Footballmania. Uma história social do futebol no Rio de Janeiro (1902-1938) (Nova Fronteira Editora), do historiador Leonardo Affonso de Miranda Pereira, que acaba de ser contemplado com o Prêmio Jabuti, categoria Ciências Humanas. O Prêmio vai ser entregue nesta sexta-feira, dia 19, na Bienal do Livro, no Riocentro.
O livro é resultado da tese de doutorado, defendida por Leonardo junto ao Departamento de História do IFCH da Unicamp, em 1998.

Toda a formação acadêmica de Leonardo - da graduação ao doutorado - foi feita na Unicamp. Depois de estar ligado ao Cecult (Centro de Pesquisa em História Social da Cultura), como coordenador de Projetos, Leonardo continua vinculado ligado à Unidade onde desenvolve pesquisas sobre história.

O termo futebol vem do inglês, foot-ball (foot, pé; ball, bola). Os primeiros jogos oficiais foram disputados na Inglaterra, no século XIX. No entanto, nas primeiras décadas do século XX habitantes do Rio de Janeiro assistiam a um novo fenômeno: a footballmania, termo cunhado pelo sociólogo Fernando de Azevedo, em 1915, para descrever a popularização dessa modalidade esportiva, segundo Leonardo.

Leonardo passou quatro anos pesquisando o futebol, tendo como principal fonte documentação da polícia, relatórios e correspondências guardadas no Arquivo Nacional e jornais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. “Além disso, trabalhei com as atas e correspondências dos clubes Bangu, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Carioca. O que eu queria era entender como e porque em 30 anos o Brasil tornou-se o país do futebol que, como se sabe, surgiu na Inglaterra”, diz o pesquisador.

Já na década de 10, verifica-se que o futebol estourou como esporte nacional, praticado de modo intenso por todas as classes sociais em diversas regiões da cidade do Rio. Mais tarde, nos anos 30, já era um esporte praticado por jovens que se reuniam nos clubes da zona sul do Rio. O jogo de bola passava a ser amplamente realizado e assistido por grandes platéias - que faziam dele um elemento importante de suas próprias experiências. “Procurei analisar o sentido do processo, que fez com que o futebol perdesse sua marca aristocrática para transformar-se, em poucas décadas, em um grande símbolo nacional”, diz o autor. E foi exatamente nos anos 30 que o esporte passou a incorporar em seus quadros atletas negros como Domingos da Guia e Leônidas da Silva.

Quando essa incorporação ganhou notoriedade, alguns jornalistas abordaram o fenômeno, entre eles Mário Filho, morto na década de 50, que escreveu O Negro no Futebol Brasileiro. Mário Filho tenta mostrar que a incorporação dos negros no esporte teria configurado um jeito muito particular de jogar, que misturava a disciplina européia dos brancos com a ginga e a malandragem dos negros brasileiros “na constituição de um modelo verdadeiramente brasileiro de lidar com a bola”, ressalta Leonardo. Todavia, o pesquisador contesta alguns aspectos do livro de Mário Filho. Um deles, por exemplo, é a idéia de que na década de 30 — portanto duas décadas antes — os negros já estavam agregados ao futebol brasileiro, jogando em clubes de subúrbios e de bairros.

Com isso, o futebol passa a ser considerado um esporte nacional, modalidade na qual os brasileiros seriam não mais os aprendizes, como antes, mas os grandes mestres, acentua Leonardo.

 

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Editora da Unicamp expõe 20 mil volumes

Pela terceira vez consecutiva a Editora da Unicamp vai expor sua produção editorial na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que se realiza a partir desta quinta-feira (17) até dia 27, no Riocentro. Instalada num estande de 800 m2 onde a Editora coloca à disposição do público mais de vinte mil volumes, num total de mais de 800 quilos de livros.

Mantido pela Imprensa Oficial do Estado, a Editora da Unicamp divide espaço com outras duas editoras universitárias, a Editora da Unesp e a da Usp. A organização da exposição das três editoras universitárias é da Abeu (Associação Brasileira das Editoras Universitárias).

Entre os livros que a Editora da Unicamp vai comercializar estão os últimos lançamentos da casa, desde estudo sobre a escravidão no Brasil do século XIX, passando por textos reflexivos sobre a química e a atividade do químico, a filosofia de Gramsci, ensaios sobre gramática, obras destinadas a músicos e compositores que desejam aprender ou aprofundar seus conhecimentos na área de arranjos musicais, investigações sobre a capoeira escrava e a música em Campinas no tempo do Império.

O Riocentro fica no Centro de Convenções Riotur, pavilhão 3, na Av. Salvador Allende, 6555.

 

 
 

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