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Pesquisadoras da FEA
desenvolvem tomate em pó
Suco ou polpa de tomate em pó para preparo instantâneo é o
objetivo dos pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos
(FEA). Por enquanto, eles conseguiram processar a secagem
do tomate para prosseguir no próximo passo e obter um produto
adequado ao mercado nacional. Segundo a autora da pesquisa,
a engenheira de alimentos Vanessa Goulart Machado, no ponto
em que se encontra, a mistura da fruta já se trata de um bom
ingrediente para uso industrial.
“São necessários alguns ajustes
na formulação para melhorar propriedades como a retenção de
licopeno, uma das principais substâncias existentes no tomate,
que confere a coloração vermelha à fruta e com reconhecida
atividade antioxidante. Por outro lado, já conseguimos uma
boa retenção de vitamina C e uma formulação mínima para ser
usada na indústria de alimentos. Estamos no caminho certo”,
atesta a engenheira de alimentos, que apresentou dissertação
de mestrado sobre o tema na FEA e foi orientada pela professora
Florencia Cecília Menegalli e co-orientada pela professora
Miriam Dupas Hubinger.
O tomate em pó, explicam as
pesquisadoras, é pouco usual no Brasil, mas no exterior encontra
mercado em alguns países, como a Grécia. Segundo Vanessa,
a ideia da pesquisa foi desenvolver uma opção de produto ao
consumidor, uma vez que 75% da produção mundial do tomate
é destinada ao consumo in natura. É muito comum a sua utilização
em saladas ou no preparo de alimentos, por isso, a iniciativa
de estimular o consumo de outras formas para maior rendimento
da polpa e evitar perdas expressivas da fruta.
No estudo, a pesquisadora
extraiu a polpa do tomate e utilizou o processo de secagem
denominado spray drying, o mesmo utilizado para a produção
de leite em pó. Foram testadas 15 diferentes formulações,
variando parâmetros de temperatura de secagem e quantidade
do agente carreador que, no caso, foi a maltodextrina –
de baixo custo e já exaustivamente utilizada na área de
alimentos. Após a otimização do processo, a próxima etapa
será a de aglomeração do pó e testes para a sua instantaneidade.
Segundo Vanessa, existem poucos trabalhos que relatam este
tipo de experimento por conta da complexidade de realização
do processo. Ela explica que a composição do tomate contém
alta concentração de açúcares de baixo peso molecular
e ácidos orgânicos que tornam sua secagem uma tarefa difícil.
‘FICHA TÉCNICA
Pesquisa: Obtenção
de tomate em pó por atomização:
influência das variáveis de processo na
qualidade do produto
Autora: Vanessa
Goulart Machado
Orientador:
Florencia Cecília Menegalli
Unidade: Faculdade
de Engenharia de Alimentos (FEA)
Modalidade: Dissertação
de mestrado
Financiamento:
CNPq/Capes
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