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Jornal da Unicamp - 10 a 16 de junho de 2002
Agora semanal

Mapa digital é ferramenta para
planejamento da universidade

Ronei Thezolin

A Unicamp está realizando o mapeamento do campus com o objetivo de obter uma base cartográfica digital, de forma a auxiliar o planejamento da universidade, proporcionando um retrato fiel e atualizado das instalações e da infra-estrutura. O projeto, coordenado pelo Escritório Técnico de Construções (Estec), está sendo conduzido pela empresa Multispectral e acompanhado pela Faculdade de Engenharia Civil (FEC). A fase inicial do mapeamento terminou em abril com a obtenção de fotos aéreas. A conclusão dos trabalhos de apoio terrestre e de elaboração do mapa digital está prevista para terminar em junho.

É a primeira vez que a Unicamp investe em cartografia, que se transformará em uma ferramenta com informações cadastrais que auxiliarão nas atividades de planejamento. "A implantação e o acompanhamento de projetos e empreendimentos estruturais serão fornecidos pelo mapa digital", ressalta o professor Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, pró-reitor de desenvolvimento universitário . "A base digital de dados servirá para as áreas da administração, como Prefeitura (telefonia), Estec (construções), rede elétrica, de computação e de água e esgoto", ressalta o coordenador do Estec, professor Carlos Alberto Bandeira Guimarães. "Também as atualizações de dados novos, como quadras, edificações ou vias no campus serão realizadas rapidamente pelo sistema", completa Guimarães. O mapa servirá, ainda, como fonte de pesquisas para as áreas de engenharia civil, agrícola e de geociências. "Atualmente temos apenas mapas artísticos do campus", ressalta a professora Maria Teresa Françoso (FEC), que acompanha os trabalhos.

O projeto de mapeamento digital consiste em obter uma base de dados a partir das fotografias aéreas, em escala que permite a visualização de objetos com dimensão acima de 40 centímetros. Essa primeira fase do projeto foi concluída em abril pela Empresa Multispectral, ganhadora da licitação. Atualmente está sendo realizado o apoio terrestre e em seguida será realizado o mapeamento digital, que detalhará os vários aspectos da superfície, como quadras, vias, edificações, curvas de nível, postes, árvores etc. Esse trabalho deverá ser concluído em junho e culminará com um mapa digital completo e a ortofoto colorida de toda a área do campus.

Possuir um mapa digital é o primeiro passo para a implantação de um Sistema de Informação Geográfica - SIG, objetivo a ser atingido pela Unicamp. Esta tecnologia abrange um conjunto de procedimentos de entrada, manipulação, armazenamento e análise de dados georeferenciados. É uma ferramenta voltada para a gestão da informação, podendo ser aplicada em uma grande variedade de propósitos: projetos, redes de infra-estrutura e serviços públicos (água, esgoto, pavimentação, coleta de lixo, transportes, iluminação pública etc), segurança, marketing, análise do uso do solo e meio ambiente.

A professora Maria Teresa Françoso, que acompanha o projeto desde o seu início, defendeu seu doutoramento na Escola Politécnica da USP, em 1998. Na sua tese, ela apresenta um conjunto de diretrizes para implantação de Sistemas de Informação Geográfica em prefeituras de médio porte. Para isso, realizou um diagnóstico do estágio da informatização nos municípios do Estado de São Paulo, versando mais precisamente sobre as informações espaciais: base cartográfica, sistemas de informação geográfica, cadastros técnicos etc. Analisou diferentes aspectos dos dados e informações coletados numa pesquisa de campo, em que foram consultadas todas as cidades do Estado de São Paulo, com população entre 20 mil e 1 milhão de habitantes.

UNICAMP NA IMPRENSA

Folha de S.Paulo
O projeto do Teatro-Laboratório do Instituto de Artes, que terá 500 lugares, rendeu aos seus idealizadores, arquitetos recém-formados pela USP, um prêmio de R$ 20 mil. Será o mais novo teatro da cidade, cuja construção pode demorar um ano.

NewScientist e GloboNews
A pesquisadora do NIB Sílvia Cardoso chamou a atenção da mídia com sua pesquisa sobre o riso. A GloboNews e a revista NewScientist, entre outros, mostraram o trabalho de Sílvia.

http://globonews.globo.com/GloboNews/article/0,6993,A296321-571,00.html

Folha de S.Paulo
A maior queda de renda verificada no primeiro trimestre de 2002 — em comparação com todo o Plano Cruzado - mereceu avaliação do economista Anselmo Luís dos Santos, da Unicamp. Segundo ele a reversão dessa situação demoraria no mínimo quatro anos.

Correio Popular
As doações de órgãos caíram 30,7% em relação ao primeiro quadrimestre de 2001, informa o Correio Popular, baseado em dados da Central de Captação de Órgãos da Unicamp. Foram nove doações de rins em 2001 contra apenas 2 de janeiro a abril deste ano. Os 16 rins recebidos em 2002 representam pouco mais da metade do ano anterior, que chegou a 30. O número mais próximo é o de córneas - oito doações neste ano e dez em 2001.

Folha de S.Paulo
Sob gestão da Unicamp desde março de 2000, o Hospital Estadual de Sumaré acaba de ser classificado entre as dez melhores entidades hospitalares brasileiras pelo Ministério da Saúde. O ministério avaliou 4.239 hospitais em todo o país.

Curso a distância vai chegar a 4 mil alunos

Maria Alice da Cruz

A Unicamp vai coordenar o curso a
distância "Gerenciamento de manutenção de equipamentos hospitalares" a partir de 8 de julho. A universidade é uma das três entidades que compõem um consórcio implantado pelo ReforSUS, um programa do Ministério da Saúde destinado à melhoria do parque de equipamentos de hospitais brasileiros. A finalidade do consórcio é designar instituições capazes de gerenciar a utilização de equipamentos adquiridos pelo ReforSUS dentro do projeto de melhoria. Ao lado da Unicamp, coordenam o projeto a Unifesp e a Lex Sistemas. Segundo o médico Saide Jorge Calil, o consórcio foi selecionado com dez pontos à frente da segunda equipe colocada. O curso tem como objetivo capacitar 4 mil alunos no Brasil todo para manutenção de equipamentos.

À Unicamp, além do gerenciamento geral, cabe a elaboração de todo o conteúdo do curso. O convite para participação é dirigido a 1.200 instituições, entre elas hospitais, laboratórios e hemoclínicas. Cada instituição poderá inscrever de três a quatro alunos. A seleção de alunos depende do Ministério, que deve enviar ofício com perfil dos candidatos. O público-alvo é formado por qualquer profissional já envolvido com gerenciamento de equipamentos.

O material de apoio didático foi definido de acordo com a necessidade de cada entidade participante. O aluno poderá acompanhar o curso pela internet, por meio de CD-ROM, ou por correspondência. A inscrição dá direito a um livro, um guia do aluno. A TV Unifesp contratou artistas para produzir um vídeo que será distribuído aos alunos contendo cenas com situações cotidianas de um hospital. Cada entidade irá receber seis fitas. Segundo Calil, ao contrário de outros cursos a distância que utilizam o sistema Call Center, que o aluno não tem contato com quem ajuda a coordenar, o participante irá responder as questões a um tutor. "É uma experiência inédita, pois cada uma das cinco macrorregiões do País terá um responsável pela tutoria", afirma. O projeto conta com 62 tutores que serão responsáveis pela qualidade do aprendizado de 60 alunos cada um. "A função do tutor é não deixar aluno dispersar. Se o aluno tiver dúvida, deverá perguntar ao tutor", orienta.

Errata
Na edição do Jornal da Unicamp nº 174, página 12, o trecho "Preocupada com isso..." faz referência à neurologista que presta serviços à Feac, e não a dra. Elba Etchebehere, médica nuclear do HC e coordenadora da pesquisa "Spect cerebral em crianças e adolescentes de múltiplas drogas".