Investimento de R$ 92 mi em obras físicas
Foram executados nos campi 80.613 m2 de obras,
dos quais 21.830 m2 de edificações novas ou ampliações
A
Unicamp investiu, no quadriênio 2005-2009, R$ 92
milhões em obras físicas, aquisição de equipamentos,
assinatura de periódicos e compra de livros didáticos.
Os recursos aplicados na área de infraestrutura, que impulsionaram
as atividades de ensino, pesquisa e extensão, vieram de
fontes orçamentárias e extraorçamentárias, além do
tesouro do Estado. No mesmo período, a Universidade também
executou programas e projetos que levaram à redução do
consumo de água, energia elétrica e telefonia, bem como
ao aprimoramento dos serviços de segurança e transporte.
Por último, mas não menos importante, foram registrados
avanços nos setores de informação e comunicação.
Demonstrativo da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) revela que foram executados nos últimos quatro anos 80.613 metros
quadrados de obras físicas, entre construções, reformas, benfeitorias e serviços de conservação, dos quais 21.830 metros quadrados de edificações
novas ou ampliações. O destaque ficou por conta da construção do novo campus de Limeira, onde está abrigada a Faculdade de Ciências Aplicadas (FAC). Somente na primeira fase do projeto foram edificados cerca de 10 mil metros quadrados, referentes a salas de aulas, anfiteatros, laboratórios de informática, bibliotecas, administração e sala de professores.
Ainda no tocante à parte física, merecem referência
a construção, entre outros, do bloco de internações
do Centro de Atenção Integral à Mulher; do Hospital-Dia;
da sede do Observatório Pierre Auger do Instituto de Física
Gleb Wataghin; de salas acústicas do Centro de Estudos
e Pesquisas em Reabilitação Gabriel Porto, da Faculdade
de Ciências Medicas (FCM); e da biblioteca da Faculdade
de Engenharia de Alimentos (FEA). Além disso, foram ampliadas
as instalações do Laboratório de Audiologia e dos ambulatórios
e leitos do Hospital das Clínicas (HC), assim como de dois
blocos do Instituto de Química (IQ). Uma obra importante
às atividades de extensão executadas pela Unicamp foi
a revitalização da antiga Estação Guanabara, hoje Centro
Cultural de Inclusão e Integração Social, um espaço
de cultura e vivência que já vem sendo frequentado pelos
moradores de Campinas e região.
Adicionalmente
a essas realizações, estão em execução outros 44.892
metros quadrados de obras físicas, representados no novo
prédio do Instituto de Geociências (IG), nas futuras instalações
do Nipe-Cepetro, em mais um bloco da Faculdade de Engenharia
Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), no Ginásio de Atividades
da Faculdade de Educação Física (FEF), no novo prédio
para centros e núcleos, na nova sede do Arquivo Edgard
Leuenroth (AEL), na ampliação da biblioteca do Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e em mais salas
de aula para a FCM.
Os investimentos em infraestrutura beneficiaram, ainda,
as atividades de pesquisa e ensino da Universidade. No período,
foram construídos ou remodelados diversos laboratórios.
Foram edificados, por exemplo, o Laboratório de Genômica
e Proteômica, no Instituto de Biologia (IB), e os laboratórios
de Construção Civil, Solos e Geologia do Centro Superior
de Educação Tecnológica (Ceset), em Limeira. Ao mesmo
tempo, foram inaugurados o laboratório voltado para o desenvolvimento
de atividades de pesquisa em epidemiologia e fisiologia
matemática, no Instituto de Matemática, Estatística e
Computação Cientifica (IMECC), e o novo parque computacional
do Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho em
São Paulo, ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP). Destaque
também para a instalação de oito laboratórios de ensino
no IQ e do Laboratório de Geoquímica, em parceria com
a Petrobras, destinado ao estudo de reservas de óleo biodegradável.
Acervo bibliográfico
Entre 2005 a 2009, a Unicamp investiu R$ 50 milhões na compra de periódicos científicos impressos, eletrônicos e base de dados. Com isso, a instituição manteve atualizada a coleção formada por aproximadamente 5 mil títulos. Ressalte-se que as aquisições foram feitas por meio da modalidade pregão, o que proporcionou uma economia da ordem de 25% aos cofres da Universidade. Do total investido, R$ 1,3 milhão foi destinado à compra de livros didáticos para o ensino de Graduação.
No
período considerado, foram incorporados às coleções
especiais do Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) três
importantes acervos: o espólio bibliográfico do físico
César Lattes, professor da Unicamp falecido em 2005, doado
pela família; um conjunto com 40 mil volumes doados pelo
bibliófilo Cláudio Giordano, a maioria referente à cultura
brasileira; e obras da Biblioteca Cicognara, um acervo de
história da arte dos séculos XVI e XVII, com cinco mil
livros contidos em 40 mil microfichas, cujos originais são
de propriedade da Biblioteca do Vaticano. Além disso, houve
a incorporação de 180 mil títulos em e-books,
que aumentaram em um quinto o número de obras disponíveis
no SBU, e da biblioteca do professor Mauricio Knobel, docente
da FCM falecido em 2008, com 1.370 títulos da área biomédica,
sobretudo psiquiátrica. Com isso, o acervo bibliográfico
da Unicamp passou de 588 mil títulos em 2004 para 713 mil
no final do quadriênio.
Em conformidade com as diretrizes traçadas pela PRDU,
foram adotadas nos últimos quatro anos iniciativas que
levaram a um melhor aproveitamento de recursos. Apesar do
aumento da área construída do campus de Campinas, medidas
de eficiência energética proporcionaram uma redução
de 6,5% no consumo de energia elétrica e de 12%, no de
água. A queda do consumo de energia foi conseguida com
a substituição de aproximadamente sete mil conjuntos de
iluminação, em 45 prédios do campus, por equipamentos
mais avançados. Na área de telefonia, a troca de operadora,
possibilitada pela entrada em vigor de dispositivo legal
que permitiu à Unicamp buscar o melhor preço de mercado,
resultou numa economia de 80% nos gastos.
Quanto
ao serviço de alimentação, foi disponibilizada na Internet
pesquisa de satisfação que permite aos usuários dos restaurantes
universitários avaliarem o cardápio, as condições de
atendimento e higiene. O numero médio de refeições produzidas
passou de 9.000/dia em 2005 para 10.200/dia em 2008. Nesse
período, o Programa de Prevenção contra o Desperdício
obteve resultados positivos com a intensificação de ações
educativas e permanentes junto aos usuários dos restaurantes.
As sobras de alimentos que em 2005 equivaliam a 877 refeições
diárias (9,7% do total de refeições servidas), foram
reduzidas para 795/dia (7,5%).
Para reforçar o sistema de segurança, a Prefeitura do
campus adquiriu novas motocicletas e bicicletas para utilização
nas rondas, além de ministrar treinamentos aos vigilantes
e desenvolver ações educativas junto à comunidade. Ademais,
foram assegurados R$ 8 milhões para investimento em projeto
de reestruturação e modernização do Sistema de Vigilância,
recursos que serão aplicados na instalação de câmeras
para monitorar a circulação no campus de Campinas e na
implementação de novo sistema de acesso. Ao mesmo tempo,
o serviço de transporte fretado foi readequado, de modo
a otimizar a sua utilização. O número de linhas, sobretudo
no atendimento à área da Saúde, foi ampliado. O volume
de viagens/dia do circular interno para a Moradia Estudantil
também teve um acréscimo de 36%, e foi criada uma linha
interligando o campus de Campinas ao de Limeira.
MAIS
* Um dos fatos mais marcantes para os órgãos ligados
à Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da Unicamp,
no quadriênio, foi a implantação de um novo modelo de
gestão. Criou-se a Coordenadoria de Tecnologia de Informação
e Comunicação (CTIC), que é dirigida pela mesma pessoa
que exerce a superintendência do Centro de Computação
(CCUEC). Com isso, a Coordenadoria tem à sua disposição
o apoio de toda a infraestrutura do CCUEC para auxiliar
nas discussões e na implementação de novas políticas
de TIC para a Universidade.
* Na gestão dos cursos de Graduação, Pós-Graduação
e extensão foram introduzidas alterações profundas nos
sistemas de controle acadêmico, no sentido de adequá-los
às novas legislações aprovadas pela Comissão Central
de Graduação e de acelerar os processos relativos à vida
acadêmica.
* A Unicamp implantou o cartão universitário inteligente
(SmartCard) para o pagamento de refeições nos restaurantes
universitários, o que desburocratizou e conferiu maior
eficiência ao serviço. Uma revisão promovida em conjunto
com os órgãos responsáveis pela emissão do cartão permitiu
a integração com os sistemas acadêmicos e de recursos
humanos.
*
Outra medida importante foi a implantação do sistema de
gerenciamento de solicitação de compras e tratamento de
aquisição via Bolsa Eletrônica de Compras de São Paulo,
que teve como objetivo a centralização de compras na Universidade,
evitando aquisições fracionadas (de materiais iguais)
e muitas vezes com custos diferentes. A iniciativa levou
à economia e à redução de estruturas de compras nas
unidades.
* No segmento de informática, adotou-se a política de
promover continuamente para todos os atuais 16 mil computadores
da Universidade um software antivírus de maneira a não
permitir que nenhuma máquina fique sem proteção contra
ameaças virtuais.
* Foi adotada, ainda, uma autoridade certificadora digital
que permite aos alunos, docentes e funcionários assinarem
documentos (inclusive e-mails) digitalmente e se comunicarem
de forma mais segura.
* Foram realizadas no quadriênio mais de 100 videoconferências,
número que demonstra o crescente interesse da comunidade
acadêmica por essa modalidade.