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Tratamento

Histórias como a de Sueli correram as clínicas espalhadas pelo país. A costureira Gislaine Pereira Silva, 29 anos, de Guaxupé (MG), está tentando ser mãe desde que se casou, há 10 anos. Tudo que havia conseguido fora acumular quatro abortos espontâneos no prontuário, além do périplo por consultórios em decorrência de problemas ginecológicos. Aconselhada por sua médica, decidiu fazer o tratamento no Caism. No último dia 11 de maio, a poucos metros de onde nascera Alexandre, a costureira preparava-se para tomar a segunda dose da vacina produzida pelo Hemocentro. Grávida de 3 meses, Gislaine deixou Guaxupé às 4 horas da madrugada em um ônibus fretado pela prefeitura do município para dar continuidade ao tratamento iniciado havia um ano. “Acho que vale qualquer sacrifício. O fato de a gente ter uma luz, uma perspectiva, é tudo, é o caminho que eu precisava. Tenho certeza que sairei daqui com meu filho nos braços”.

O ônibus é também a condução de Maria de Lourdes Vieira Bitu, 30 anos, há 12 casada, que sai da cidade de Capivari a cada 40 dias para fazer o tratamento. Está no terceiro mês de sua sétima gestação, teve parte do útero reconstituído, mas continua confiante na possibilidade de ter o primeiro filho. “Existe uma chance, e vai dar certo”. A mesma esperança mantida viva pela arquivista Maria de Fátima Oliveira Garcia, que recorreu ao programa da Unicamp depois de quatro tentativas infrutíferas. Maria de Fátima, que está na fase dos primeiros exames, não esmorece. “Ser mãe é um livro cheio de histórias”, compara. Histórias que, depois do programa Imunologia da Reprodução, começam a ser recontadas.


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