| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 342 - 30 de outubro a 12 de novembro de 2006
Leia nesta edição
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Inovação e experiência
Saber e royalties
Incamp
Pré-incubação
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Divulgar a ciência
Financiar a cultura
 

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Incubadora prepara empreendedores que não
têm conhecimentos comerciais, gerenciais e tecnológicos

Incamp, berço de
empresas no campus

Palestra para apresentação de um sistema de gestão de projetos (Fotos: Antoninho Perri/Neldo Cantanti)No Brasil, apenas 25% das empresas atingem o quinto ano de vida, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As demais sucumbem antes desse período. Isso ocorre, entre outros fatores, por causa da falta de preparo dos empreendedores, que não dispõem de conhecimentos comerciais, gerenciais e tecnológicos. Uma exceção nesse cenário são os negócios que passam pela experiência da incubação. Destes, conforme o mesmo Sebrae, 75% conseguem se consolidar no mercado. Desde 2001, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) tem dado uma significativa contribuição a esse processo de perenização empresarial. Em cinco anos, a Incamp graduou nove empresas nos mais variados segmentos, que hoje são responsáveis pela geração de inovações, postos de trabalho e riquezas para o país.

Atualmente, a Incamp tem 12 empresas incubadas, sendo que nove estão abrigadas em seu espaço físico e outras três em unidades de ensino e pesquisa da Unicamp. Elas atuam em diversas áreas, tais como tecnologia da informação, produtos médico-hospitalares, biologia molecular, novos materiais, energia térmica, entre outras. A maioria, conforme Davi Sales, gerente da incubadora, foi constituída por pessoas ligadas à Universidade, como ex-alunos de graduação e pós-graduação. Ele explica, entretanto, que os editais de chamada são públicos, o que significa dizer que qualquer empreendedor pode concorrer a uma vaga na Incamp. “Cada vez que graduamos uma empresa, um edital é lançado para preencher essa vaga”, afirma.

Davi Sales, gerente da IncubadoraO processo de seleção é bastante rígido. Os projetos são avaliados sob três aspectos: técnico, econômico e potencial de mercado. Por último, o postulante é submetido a uma entrevista. Uma vez admitido na Incamp, ele terá até 60 dias para constituir formalmente a empresa. De acordo com Davi Sales, o período de incubação é de três anos. Durante esse tempo, o empreendedor conta com uma série de facilidades e serviços que vão ajudar a prepará-lo para colocar-se no mercado. A primeira vantagem é valer-se do ambiente de inovação e da sinergia existente entre os diversos empresários, os profissionais da Incamp e o acesso aos pesquisadores da Unicamp. Além disso, dentro do espaço físico oferecido pela incubadora ele poderá compartilhar de uma infra-estrutura composta por recepção, secretaria, fax, telefone, acesso à internet e rede local de computadores, limpeza das áreas comuns, sanitários, copa, salas de reuniões e auditório.

Os proprietários das empresas incubadas contam com assessorias técnicas que os ajudam a identificar pesquisadores para colaborar no aprimoramento tecnológico dos seus produtos ou processos. Também são orientados a elaborar projetos para a captação de recursos junto às agências de fomento, apresentar projetos para investidores em geral, registrar propriedade intelectual, licenciar produtos junto a órgãos governamentais e atualizar planos de negócios. “Nós ainda capacitamos esses empreendedores no que diz respeito à gestão financeira, cálculo de custos, ações de marketing, planejamento, administração geral, produção e operações”, acrescenta Davi Sales. O aluguel mensal pago pela empresa residente varia de R$ 200 a R$ 300, de acordo com o período de incubação.

Os resultados obtidos pelas empresas incubadas têm sido expressivos, segundo o gerente da Incamp. Entre 2003 e 2005, por exemplo, esses empreendimentos foram responsáveis pela geração de 51 postos de trabalho e um faturamento conjunto da ordem de R$ 1,07 milhão. Davi Sales afirma que o vínculo entre as empresas e a incubadora prossegue mesmo após a graduação das mesmas. “Essa ligação é importante, porque nos permite acompanhar a evolução desses empreendimentos. Da parte dos empresários, eles podem continuar se valendo dos nossos conhecimentos. É comum orientarmos a instalação de várias empresas. Muitos proprietários não sabem, por exemplo, que uma determinada atividade só pode ser desenvolvida numa área específica da cidade, em virtude da lei de zoneamento”.

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