Ciranda,
cirandinha Brinquedoteca resgata contato com bonecas de pano
e cantigas de roda A
estudante do 3º ano do ensino médio Ledna Santana Ferreira, 26 anos,
mais parecia uma monitora da Brinquedoteca montada pela Faculdade de Educação
da PUC-Campinas, na Cientec. Na verdade, estava monitorando apenas duas crianças:
seus filhos Elisa, 4 anos, e Jeftte, 2 anos. Em meio a tanta tecnologia, os alunos
da PUC resgataram na mostra o contato com a boneca de pano, o carrinho de plástico
e as brincadeiras e cantigas de roda. Protesto? Não, garantem os monitores
da brinquedoteca. Queremos
apenas mostrar às crianças que elas são livres para brincar
do que quiserem, afirma um dos universitários. Ledna aprova: A
ciência chama a atenção. Mas quando uma criança fica
na frente da tevê ou do computador o tempo inteiro, queiram ou não
os estudiosos da tecnologia, ela perde um pouco da sensibilidade. Apesar
ser uma mãe jovem, Ledna demonstra saber o que deseja para seus filhos:
Não vou afastar as crianças da tecnologia, mas quero que saibam
o que é ciranda, cirandinha. Para
a mãe de Elisa e Jeftte, a iniciativa da PUC-Campinas foi, no mínimo,
interessante. Normalmente, numa feira de ciências, as pessoas se rendem
à tecnologia. O pessoal da Brinquedoteca percebeu que é importante
incentivar tanto a experiência de conhecer novas tecnologias, quanto a de
resguardar algumas raízes, comenta. ---------------------------- Instituto
de Tecnologia oferece acesso à robótica Robótica
e educação parecem mesmo caminhar juntas. A Cientec mostrou não
apenas um, mas vários exemplos de como o contato com a tecnologia pode
ser positivo quando se fala em didática, ensino e aprendizado; quando se
fala em resultados. Além do Núcleo de Informática Aplicada
à Educação (Nied) da Unicamp, o Instituto Nacional de Tecnologia
da Informação (ITI) levou ao pavilhão da Mostra outra demonstração
de controle de robôs a distância. De
acordo com a gestora do Projeto Real (Remotely Accessible Laboratory), Eliane
Gomes Guimarães, para ter acesso ao laboratório do ITI o usuário
precisa apenas de um PC e um browser. Ao escrever para o endereço eletrônico
http://xenco.iti.gov.br:8099/~rossano/imitialx.html, o internauta se cadastra,
obtém explicações sobre como utilizar o programa de acesso
e passa a ter contato direto com o ITI. Ele escolhe serviços, reserva
os horários de utilização do Real e descobre como terá
acesso liberado para testes de programas de navegação e de robôs,
explica Eliane. O
laboratório está à disposição de cientistas,
pesquisadores e estudantes que não têm condições de
comprar seu equipamento de robótica. O custo é muito alto.
Um robô como o Nomad XR-4000, que possuímos, custa por volta de 70
mil dólares, estima. O Projeto Real já é tema de uma
tese de doutorado e três de mestrado. A gama de aplicações
do programa é muito vasta: ensino a distância, tele-operação
e sistemas avançados de automação, explica a pesquisadora. ---------------------- O
que um cientista faz O
povo quase não sabe o que faz um cientista. Para que essas informações
cheguem mais rápido à população, a Unicamp criou em
1994 o Labjor (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo Científico),
segundo explica Vera Regina Toledo Camargo, pesquisadora do laboratório
e coordenadora associada do Nudecri (Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade).
O
Labjor foi criado para trabalhar o jornalismo no âmbito universitário
e pensando nas relações com a mídia. O Observatório
de Imprensa e o Brasil Pensa são os nossos produtos mais comerciais. Na
área acadêmica, temos o curso de jornalismo científico e produzimos
a revista Com Ciência. Os trabalhos do Labjor foram mostrados na Cientec
para sensibilizar cientistas, pesquisadores e jornalistas sobre a importância
da popularização da ciência. A gente percebe que o cientista
tem um linguajar muito técnico, enquanto o jornalista possui uma formação
muito genérica. Estão muito longe um do outro. Queremos mostrar
que podemos unir o jornalista e o cientista, a fim de que todos vejam a ciência
não como um dogma ou algo futurista, mas como algo presente em nossa vida,
define Vera Toledo. ------------------------ >>
O robô bípede >>
Robótica
na educação
OUTROS
ESTANDES
35
anos de Unicamp Exposição
do SIARQ contou a trajetória da Universidade Estadual de Campinas durante
35 anos de contribuição à Educação e prestação
de serviços à comunidade História
da PUC (foto:
museu mostra história da pucc) Da fé à ciência:
uma mostra de fotos traçou a trajetória histórica da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, hoje também fonte de pesquisa
e tecnologia para todo o país Ensino
a distância A
Faculdade de Educação da PUC-Campinas montou laboratório
de informática e sala de vídeo na Cientec. O objetivo foi provar
que é possível aprender a distância com resultados muito positivos Música
brasileira Banco
de dados: o Centro de Documentação de Música Contemporânea
(CDMC) da Unicamp colocou à venda catálogos com informações
sobre música brasileira, que estão armazenadas em seu arquivo Conhecimento
humano O
avanço e a importância da pesquisa acadêmica em áreas
como física, ciências humanas e sociais, e na matemática foi
tema tratado pelo Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp Separação
de vitaminas Monitores
da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp demonstraram, no laboratório
de desenvolvimento de processos de separação, a produção
de álcool e ácidos de lanolina, a chamada tecnologia limpa Software
de controle A
FEQ também exibiu um software que permite a otimização de
processos de controle em latoratórios. A operação é
facilitada e custos operacionais são reduzidos Simulação
e treinamento A
mesma FEQ da Unicamp apresentou conjunto de softwares para análise de desempenho,
simulação de comportamento, treinamento de operadores e engenheiros
da área, e controle de processos de separação difusionais |
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