primeiro catálogo publicado pela Escola de Extensão da Unicamp (Extecamp),
em 1995, disponibilizava 451 disciplinas. A edição de 2001, lançada
este mês, reúne 1.538 disciplinas nas mais diversas áreas
capazes de atingir diversos segmentos sociais. Segundo o diretor executivo da
Extecamp, professor Paulo Roberto Mei, o novo catálogo foi enviado para
2.500 instituições da região de Campinas. Da tiragem de 3
mil exemplares, 500 foram destinados à distribuição interna.
O catálogo, anualmente publicado pela Extecamp, compõe-se de cursos
prontos para serem oferecidos pela Universidade, aguardando apenas a configuração
de solicitações ou disponibilidade do docente responsável
para o estabelecimento de datas para sua realização. A realização
dos cursos depende da demanda, afirma. Os calendários dos cursos,
de acordo com Mei, são divulgados bimestralmente, por meio de folders .
A divulgação atende uma mala direta de 5 mil instituições
da região. O professor informa que todas as publicações e
informativos da escola possuem versão eletrônica disponível
no site http://www.extecamp.unicamp.br.
O avanço da Escola de Extensão, no que diz respeito ao número
de disciplinas e matrículas, é atribuído diretamente ao interesse
dos professores em oferecer cursos paralelos aos que ministram em sua unidade.
O número de matrículas passou de 367, em 1989, para 20 mil nos dois
últimos anos. Algumas vezes, o curso de extensão tem origem
num curso de graduação ou de pós-graduação
já oferecido. Ao perceber que o tema tem demanda, o professor sugere sua
implantação, avalia Mei. Outro
aspecto positivo na atividade de extensão mencionado por Mei é a
sua capacidade de adaptação e flexibilidade, além de possibilitar
o atendimento rápido a diferentes demandas. Diferentemente da graduação
e da pós-graduação, em que os cursos uma vez implantados
dificilmente são descontinuados, a extensão permite verificar se
há demanda ou não para o tema proposto ou ainda adaptar o curso
em função das expectativas do público alvo . O comprometimento
exigido do professor pela Universidade é que o curso, a partir do momento
que atinge o mínimo de vagas, seja oferecido e mantido até a data
final, ainda que hajam desistências. As
exigências para matrícula são o envio de uma cópia
do RG, quando a disciplina não exige pré-requisito, e comprovante
de conclusão de curso, quando oferecida a alunos de ensino médio,
superior, ou graduados. O diretor revela que 6% das disciplinas oferecidas em
2000 não exigiram pré-requisito. Do total, 70% das disciplinas foram
destinadas a alunos de nível superior, 23% a alunos de nível médio,
e 1% a alunos que tivessem cursado o ensino fundamental. Todos os cursos oferecidos
pela Extecamp têm certificação e avaliação.
Para o futuro, o Conselho de Extensão prevê a criação
de cursos de difusão cultural, científica e tecnológica,
que seriam veiculados por televisão. Neste caso, não serão
exigidas matrícula e freqüência. A proposta foi enviada pelo
Conex à Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). Outra
medida em discussão na Cepe é a inclusão dos cursos de especialização,
modalidade em extensão, a distância. Atualmente, as normas
internas da Universidade permitem que uma parte dos cursos no âmbito da
extensão seja realizada a distância, e outra não, afirma. Entre
as metas para 2001, estão também o atendimento da reciclagem de
professores do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza, de formação para o Sindicato Nacional dos Aeroportuários
e a criação do cargo de coordenador de extensão em cada unidade
de ensino. Vinte mil matrículas é um número bastante
expressivo, mas as unidades ainda não têm um coordenador, reflete. |
Novo
coordenador do DGRH assume continuidade
O
professor João Frederico da Costa Azevedo Meyer acaba de assumir a coordenadoria
da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), no lugar do professor Luiz Carlos
de Freitas. Joni, como é conhecido no meio universitário estava
coordenando, até então, as ações no Serviço
de Apoio ao Estudante (SAE) há pouco mais de três anos
e exercendo suas funções de docente no Instituto de Matemática,
Estatística e Computação Científica (Imecc). A convite
do pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Jurandir Fernandes,
Meyer, inicia sua administração com o objetivo de dar continuidade
aos projetos que já estavam em andamento. Isto inclui o Plano de Modernização
dos serviços de recursos humanos e o Plano de Carreira dos funcionários
não docentes da Universidade. Iremos atuar a partir do que já
existe e investir naquilo que já foi feito, disse. Uma
de suas primeiras iniciativas será a visita e reunião com os diretores
de cada área da DGRH. O novo coordenador pretende também agendar
reuniões para os próximos dias com representantes de entidades da
Unicamp, como o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). Temos interesse
em manter encontros periódicos com esses órgãos. Bastante
sensível à área de projetos sociais, Meyer, sempre se interessou
pelas ações que envolvem a questão social. Participa do Fórum
do Serviço Social e também participou da diretoria da antiga Associação
dos Servidores da Unicamp (Assuc). Como prata da casa, Joni entrou na Universidade
em 1967 como aluno de graduação. Um ano depois de formado, em 1971,
já atuava como professor de Matemática no Imecc. Sua área
de pesquisa é relacionada à Ecologia Matemática. Foi coordenador
de graduação do Cursão (nome dado às disciplinas
dadas simultaneamente nos cursos de Matemática e Estatística) e
coordenador associado do curso de Matemática Aplicada. |