Depois de quase seis meses de preparação, que inclui ensaios literários,
pesquisas e orçamentos gráficos, acaba de chegar à praça
a revista Boiúna Luna, feita por alunos do curso noturno de Letras. A publicação
veio pra cutucar, pra ser marginal, como propõe o texto do
estudante Lucas Sanches, publicado na página três.
Boiúna
Luna não pretende ser apenas mais uma fugaz publicação da
Universidade; deseja, se for possível (e os estudantes estão lutando
para isso), ter vida longa e fazer parte da história acadêmica dos
alunos, professores, funcionários e da comunidade universitária
de modo geral. E, acima de tudo, mostrar ao público leitor que não
é apenas teoria o que se aprende em sala de aula. Segundo Chris Bueno,
jornalista, aluna do 2° ano de Letras e membro do Conselho Editorial, Boiúna
é inspirada numa figura mitológica indígena, temida por sua
crueldade, que toma forma de cobra preta, e faz virar as embarcações;
e Luna significa lua, no sentido mais exato do termo. A
revista cujo primeiro número saiu com 16 páginas e 500 exemplares
reúne contos, crônicas, ensaios, notícias e matérias
produzidos pelos próprios alunos do Instituto. Além disso, traz
ainda numa página Especial, um texto escrito por um professor da Unidade.
A primeira edição, por exemplo, saiu com um material do professor
Sírio Possenti, do Instituto, que fala sobre piadas sobre loiras. Chris
explica que a idéia inicial era produzir uma revista bimestral. Mas, em
virtude das dificuldades, principalmente financeira, a alternativa é fazer
uma revista a cada três meses. O segundo número deverá
sair em setembro, reparando possíveis erros para aprimorá-la, quando
lançaremos também um site. Para isso contamos com a boa vontade
de eventuais patrocinadores, diz a editora. E acrescenta: Na nossa
classe todo mundo gosta de escrever, mostrar o que produzem, e não deixar
em casa engavetado. O que a gente se propõe é divulgar o que aprendemos,
difundir as nossas idéias, apreendidas nesse universo do curso de Letras
da Universidade. Contando
com o apoio do CALL e impresso na Gráfica da Unicamp, Boiúna Luna,
além do ensaio de Lucas Sanches, esse número vem com outro ensaio
de Carlos Roberto Pícaro sob o título de I Domvm Picare. Na página
5, há uma crônica, Uma Rosa no Metrô, de Sandra Vignoli, e
a poesia de Breno Luis Deffanti, As luzes da Escuridão. Ilustrada por reproduções
de conceituados artistas Lasar Segall, Renoir e Botero traz um conto,
Instantes, de Márcio Antônio Gatti, além de textos sobre cultura
(Cultura Latino-Americana, assinado por Josiane Bosqueiro), pesquisa (Dos elementos
para as letras), por Valéria Cristina da Silva, e um trabalho sobre literatura
(O Senhor dos Anéis, por Chris Bueno. Na última página, Piadas
sobre Loiras, texto do professor Possenti. A
revista está aberta à sugestões, contos, crônicas,
ensaios, que podem ser enviadas via e-mail boiunaluna@hotmail.com,
ou kantelle@zipmail.comm.br ou pelos
fones 3254.5961 ou 3237.7900
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Pesquisa
do HC avalia satisfação do paciente O
HC da Unicamp iniciou, no último mês, uma pesquisa de opinião
pública, extraída do Projeto de Pesquisa sobre Grau de Satisfação
de Usuários do HC. As entrevistas com os pacientes estão sendo realizadas
primeiramente nos ambulatórios, nas unidades de internação
e no Pronto-Socorro. A idéia é chegar a uma amostra de 1.800 entrevistados.
Para a pesquisa de campo, foram contratados 18 entrevistadores, quatro digitadores
e um estagiário para estatística. O resultado da coleta será
divulgado possivelmente em outubro. O intuito da pesquisa é conhecer
o nível de satisfação dos pacientes em relação
não só aos serviços, mas também ao atendimento oferecido
pelo HC. Serão avaliados itens do tipo encaminhamento ao hospital, meio
de acesso, instalações físicas, equipamentos de uso público,
hotelaria, atendimento dos profissionais, direito dos pacientes e perfil social
do usuário. Trata-se
de uma pesquisa institucional que também integra o Programa de Acreditação
do Hospital, que prevê uma avaliação desses serviços.
Avaliação de satisfação já foi realizada em
1999, pelo Ministério da Saúde, em diversos hospitais brasileiros.
A Superintendência do Hospital resolveu adotar o sistema, introduzindo novos
elementos, com vistas a atingir grau de excelência no atendimento ao paciente.
Critérios
As entrevistas serão realizadas diariamente e aos finais de semana,
por estagiários e aprimorandos devidamente identificados. As respostas
variam de acordo com a classificação excelente, bom, regular, ruim,
péssimo e não respondido (NR). Segundo
a literatura, a opinião da população é valorizada
como critério de qualidade do serviço e utilizada como dado importante
na tomada de decisões. Além disso, o Banco Mundial, em seu resumo
executivo, conclui que a qualidade é baseada em percepções.
O primeiro estudo realizado nesta linha, de Washington, em 1981, demonstrou que,
entre as variáveis investigáveis, as mais significativas foram as
informações do médico, a duração da entrevista
e o tempo empregado na prevenção. Nosso estudo, pela importância
que assume hoje, está preocupado em avaliar os serviços de saúde
do ponto-de-vista do paciente, diz Guiomar Aranha, estatística e
uma das coordenadoras do trabalho. A
pesquisa, apoiada pelo Programa Quali-HC, envolve a parceria do Serviço
Social (Sandra Terra, Edna Joazeiro, Maria Virginia Camilo, Miriam Martins e Silvana
Kohn), da Assessoria de Relações Públicas (Alberto Ravagnani
e Eliana Pietrobom) e do Serviço de Estatística (Guiomar Aranha).
Também conta com a consultoria do professor Plínio Dientzen, do
Centro de Estudos de Opinião da Unicamp. .
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