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..............Campinas, 30 de julho a 5 de agosto 2001

Unicamp
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...Eventos - pág. 1 ...Oportunidades - pág. 4
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....ASSISTÊNCIA
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Alunos da Saúde têm apoio psicológico


A exemplo de escolas da européias e americanas, também a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp tem uma equipe de especialistas em prestar apoio psicológico a alunos de medicina e de enfermagem. Trata-se do Grupo de Apoio Psicopedagógico ao Estudante de Medicina e Enfermagem e ao Médico Residente (Grapeme), formado por pisiquiatras, cuja proposta principal é oferecer suporte psicológico a alunos e residentes de ambos os cursos ministrados pela Faculdade.

Agora em agosto, com a participação de alunos, residentes, docentes e demais convidados, a escola estará comemorando cinco anos de criação do Grupo. O serviço, que já assistiu a cerca de 400 alunos, foi fundado pela FCM 1996. Mas a sua formação não se deu por acaso: docentes da época começaram a perceber “uma alta prevalência de alunos com algum tipo de sofrimento emocional, ocasionado tanto por problemas pessoais quanto pelas dificuldades normais de um curso como o de enfermagem ou o de medicina”, explica a psiquiatra Iara Polis Scavariello, da FCM.

A principal função do Grapeme é atuar de maneira preventiva através de palestras, grupos de discussão, de reflexão, terapêutica, atendimentos individuais psiquiátricos e de psicoterapia. Os cursos de medicina e de enfermagem têm características muito particulares que podem ser fatores responsáveis ou desencadeantes principalmente de distúrbios emocionais. Nos dois cursos “o contato freqüente com a dor e com a morte pode ser fonte de sofrimento para o aluno”, como observa Maria Gabriella Neves Di Mattia, também psiquiatra.

Verifica-se que o estresse emocional começa por ocasião do vestibular, em virtude da “grande competitividade entre os alunos desde o processo de seleção, devido a uma intensa relação candidatos/vaga. Problema que se intensifica na Medicina, onde o número de candidatos é infinitamente superior. Depois, durante o curso, vem a extensa carga didática, acrescida de um aprendizado prático em plantões, o medo de cometer erros tendo como conseqüência a vida de um outro ser humano. Como se isso não bastante, o estudante de medicina ou de enfermagem ainda se vê diante um problema não menos sério: as dúvidas quanto à escolha profissional, uma vez que a convivência com fatores estressantes é uma constante. Por fim, as dificuldades pessoais das mais diversas origens constituem fatores importantes, “que provocam certo sofrimento ao estudante”, como observa Maria Gabriella.

O serviço procura auxiliar os alunos sobretudo em relação ao aspecto emocional durante as diferentes etapas do curso. Por exemplo, no atual momento em que a escola médica passa por transformações significativas referentes à reforma curricular, “o Grapeme tem o compromisso de participar na formação de um profissional mais capacitado para lidar com a sensibilidade do outro, pois tem a possibilidade de lidar melhor com os próprios sentimentos”, diz Iara.

Mônica Vilela da Mota Silveira, também psiquiatra, explica por sua vez que nesses anos todos observou-se visível melhora na qualidade de vida dos estudantes, que passaram a lidar de maneira mais satisfatória com as condições estressantes inerentes ao curso e ao exercício da medicina. Com isso melhorou bastante não apenas em termos acadêmicos mas na qualidade de vida pessoal. “O estudante passou a se organizar melhor, tanto em termos acadêmicos quanto para as atividades livres e, por conseqüência, poder levar uma vida mais saudável”, explica. Para ela, esse tipo de apoio busca tranquilizar o aluno, uma vez que todo ser humano, quando sofre de sintomas de ansiedade ou depressão intensas, pode ficar paralisado perdendo a capacidade de conviver bem consigo mesmo. “Isso acaba prejudicando seu desempenho tanto acadêmico quanto profissional”, diz Mônica.

 

....LANÇAMENTOS


O Centro de Memória da Unicamp, a Editora da Unicamp e a Faculdade de Educação lançaram durante o 13o Congresso de Leitura (Cole), realizado de 17 a 20 de julho, uma coletânea de livros sobre educação não formal e alfabetização. O evento aconteceu durante a Feira de Leitura.

A obra “Educação Não Formal: cenários da criação” contempla artigos de educadores e especialistas em educação não formal, como Almerindo Janela Afonso, que discutem as especificidades da educação, no seu sentido mais amplo. Todas as ilustrações do livro são de autoria de Dálcio Machado.

Segundo Olga Rodrigues de Moraes Von Simson, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa Gemec (, vinculado ao Centro de Memória da Unicamp, “esta é uma produção que mostra o amadurecimento das discussões e as problemáticas sobre a educação não formal nos dias atuais, que vêm ganhando cada vez mais espaço na sociedade, principalmente no 3º Setor, bem como maior divulgação na mídia.”

Organizada por Olga, Margareth Brandini Park e Renata Sieiro Fernandes, a coletânea se divide em três partes: teórico-metodológica; reflexões sobre a prática em instituições; e propostas de trabalho. “As charges de Dálcio, de cunho social, vêm contribuir para as reflexões e discussões a partir de uma outra linguagem de grande impacto, a imagética”, avalia Olga.

As outras obras em lançamento são “Alfabetização e Letramento: contribuições para a prática pedagógica”, organizada por Sérgio Antônio da Silva Leite; e “Entre Leitores: Alunos e Professores”, organizada por Lílian Lopes Martin da Silva.

 

 
 
 
 

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