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..............Campinas, 3 a 9 de setembro 2001

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Unicamp
O movimento docente na
universidade pública


A cientista social, jornalista e agora escritora Márcia Fantinatti dedicou 200 páginas à análise da participação de professores universitários em mobilizações. O livro O movimento docente na universidade pública – contribuição ao estudo do perfil e da ideologia do sindicalismo de classe média foi lançado em happy hour realizado na Estação Santa Fé, dia 29 de agosto.

O tema deu margem à realização de um debate no dia 30, no auditório do IFCH, com a presença de José Raimundo, diretor do Sindicato da Unicamp; do professor do Instituto de Química francisco Reis, de um representante da Associação de Pós-Graduandos (APG), Luiz Leduíno; e do estudante do Diretório Central de Estudantes da Unicamp Paulo Gouvêa.

O trabalho é resultado do projeto apresentado como dissertação de mestrado em 1998, no departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Ao efetuar o estudo de caso do movimento docente na universidade pública, Márcia Fantinatti, doutoranda do IFCH, destaca que, diferentemente do propalado por inúmeros estudiosos de classe média, a sindicalização e a adesão de métodos de luta como as greves não representam indícios da fusão das classes ao proletariado. Ao contrário, a escritora observa que, mesmo aceitando a sindicalização, os diferentes setores que compõem as classes médias praticam um sindicalismo diferenciado em relação ao praticado por setores operários.

O apego à meritocracia é uma das características apontadas pela autora aos sindicalistas de classe média. Segundo ela, este perfil se revela sobretudo na defesa da hierarquia salarial e na adoção do sindicalismo corporativista segmentado pela profissão. Uma das provas disso está nos momentos de greve, as quais, na análise de Márcia também revela limitações, na medida em que não é utilizada como meio de confronto com o empregador, mas apenas como estratégia defensiva, por meio da qual propagandeiam a preservação da instituição universitária e a valorização da profissão acadêmica; não atinge a pesquisa, aspecto fundamental do trabalho docente nas universidades públicas; os métodos de ação são marcados pelo afastamento e pela rejeição dos recursos típicos do movimento operário (como piquete), bem como todas as formas de representações a ele associadas.

Márcia Fantinatti graduou-se em jornalismo em 1990, pela PUC-Campinas, e em Ciências Sociais em 1991, pela Unicamp. Atualmente, está prestes a defender tese de doutorado no IFCH. De 1989 a 1995, a autora trabalhou como jornalista da Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp).

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Pesquisadores contam história do Vera Cruz

A trajetória histórica do Hospital Vera Cruz, um dos principais da região de Campinas, acaba de ser publicada em livro. “De Médico para Médico: o Ideal Vera Cruz”, de Fernando Antonio Abrahão e Ema Elisabete Rodrigues Camillo, pesquisadores do Centro de Memória – Únicamp, foi lançado dia 31 de agosto, no The Royal Palm Plaza Hotel.

Patrocinado pelo Hospital Vera Cruz e pela Fundação Rocha Brito, o livro retrata não só os 50 anos de história do hospital, mas também demonstra a vocação dos médicos e demais entidades hospitalares sediadas em Campinas no aperfeiçoamento da ciência e da prática médica, desde o final do século XIX, mais precisamente a partir da chegada dos imigrantes e das epidemias de febre amarela e do tracoma.

Segundo os autores, a medicina em Campinas projeta-se no cenário nacional e internacional nas décadas de 1910 e 1920 com a especialidade oftalmológica. O avanço da oftalmologia campineira alavancou as demais especialidades médicas, propiciando a associação de 10 diferentes especialistas, dentre eles o urologista Roberto Rocha Brito, na fundação do Hospital Vera Cruz, em 1943.

Através de um convênio celebrado entre a Fundação Roberto Rocha Brito e a Unicamp, Centro de Memória da Universidade elaborou o projeto que viabilizou a criação do Centro de Documentação Histórica do Hospital, cujo acervo reúne cerca de 1000 documentos, entre livros, correspondência e artigos; 30 depoimentos pessoais; além de mais de uma centena de fotos e diplomas.

 

...SAÚDE

APatologia Clínica do HC amplia área física

Três laboratórios – Microbiologia, Hematologia e Parasitologia – da Divisão de Patologia Clínica do HC terão, em breve, destino certo. A inauguração das novas instalações acontece no final de setembro. São 500 m2 a mais a serem ocupados pelo Laboratório de Patologia Clínica (LPC).

Financiadas pelo HC e FCM, e com o apoio da Fapesp, as salas foram construídas de acordo com as Normas de Segurança do Trabalho. Os equipamentos, de última geração, serão apenas transferidos para a nova área. A obra poderá beneficiar pelo menos 180 funcionários que trabalham no local.

O LPC funciona desde 1983 na Unicamp, tendo ainda outros laboratórios distribuídos em cinco grandes áreas: Bioquímica, Imunologia, Imunogenética de Transplantes, Líquidos Biológicos e Fisiologia Clínica. Segundo a coordenadora da Divisão de Patologia Clínica, a docente Célia Regina Garlipp, os laboratórios que não passarem por reforma serão oportunamente modernizados.
Trabalhando 24 horas ininterruptamente, o LPC realiza no Hospital por volta de 160 mil exames por mês e 350 coletas ambulatoriais por dia, sendo considerado uma referência em seu segmento e estando em processo de acreditação para alcançar nível de excelência em qualidade.

No ano passado, o Laboratório foi o primeiro colocado no mega-evento Quali-Hosp 2000, realizado em SP, pelo melhor projeto de qualidade hospitalar, concorrendo com diversas instituições brasileiras do gênero. Parte dos equipamentos previstos naquele projeto estão sendo adquiridos neste momento.

 
 
 

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