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..............Campinas, 22 a 28 de outubro 2001

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...Jovem Cientista - pág. 2   ....Oportunidades - pág. 4
...Sociedade Japonesa - pág. 2 ....Eventos Futuros - pág .5
...Música - pág. 2 ....Teses - pág .6
...Painel da Semana - pág. 3 ....Evento e Teatro - pág . 7
...Em dia - pág. 3 ....Projeto - pág . 7
...Inscrições - pág. 4 ....Pessoas - pág . 8
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....EVENTO
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FEA debate o problema da fome

O panorama geral da fome no mundo é aterrador: dos estimados seis bilhões de habitantes do mundo, cerca de 1 bilhão passam fome; um terço (2 bilhões) não tem acesso a água potável e um terço sofre de anemia. As estatísticas sobre o número de pessoas que morrem de fome por ano são conflitantes: variam de 9 milhões (The Hungry Site) a 30 milhões (Geopolítica da Fome), dependendo do organismo que fez o levantamento. Segundo a ONU, morrem por ano no mundo cerca de 8 milhões de crianças em decorrência da falta de alimentação.

Os estudos revelam que, na média, a mortalidade pela fome no mundo equivale a 36 mil pessoas. As estimativas variam de 24 mil a 82 mil óbitos diários. Os números são frios e insensíves, e não revelam a imagem de sofrimento desta parte da humanidade condenada a morrer sem a mais básica das necessidades. Os dados foram apresentados durante a abertura da III Semana da Alimentação na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, como alerta aos participantes do quanto ainda há para ser feito para equacionar o problema da fome no mundo.

A contribuição dos engenheiros de alimentos para minorar o problema é justamente na aplicação da tecnologia e conhecimentos acadêmicos em processamento e reaproveitamento de alimentos, além do balanceamento da dieta e orientação de hábitos alimentares saudáveis. “A questão fundamental é a seguinte: em geral, quanto mais tecnologia se desenvolve, se torna possível o acesso de mais pessoas à alimentação mais adequada, com menor custo e mais saudável.

A importância em desenvolver tecnologia está em tornar o alimento mais disponível e em boas condições, que é o conceito geral de segurança alimentar. Muito do que acontece hoje no Brasil não é falta de alimento, é falta de ter condições desse alimento chegar em boas condições para a população e a questão econômica”, resume Gláucia Maria Pastore, diretora da FEA.

Maria Izabel Rodrigues, pesquisadora de alimentos em áreas de pesquisas acadêmicas específicas que pouco têm a ver com trabalhos comunitários, tais como biotecnologia, foi convidada para organizar, em 2000, a II Semana de Alimentos e o 1º SOS Fome, por causa de seu trabalho voluntário em ações filantrópicas da Associação Amigos das Crianças (AMIC). Esse ano organizou novamente os eventos , com abordagens cada vez mais voltadas a discussões e busca de soluções para o grande problema social que resulta na fome de uma grande parcela da população de um país pródigo na produção de alimentos. Apesar de ser pesquisadora, é conhecida como “verdureira” por moradores de condomínios de luxo, onde vende cestas de verduras para angariar fundos que são revertidos na compra de alimentos que compõem as cestas básicas distribuídas para milhares de famílias carentes de bairros pobres de Campinas.

“Em conversa com os alunos expliquei que estava trazendo o SOS Fome para dentro da universidade, onde as atividades se restringem a estudos acadêmicos, para mobilizar os estudantes de Engenharia de Alimentos a uma atitude mais prática em relação à alimentação da população. Eles estavam muito alheios à cruel realidade do mundo em que a gente vive, como num mundo à parte”, justifica Bel, como é conhecida pelos colegas e alunos. “Como educadora me senti responsável pelo engajamento dos estudantes”, acrescenta. O evento foi encerrado com o show “SOS Fome” no teatro Castro Mendes, que contou com a participação especial de Caio Blat e da cantora lírica Ana Ariel, além de grandes talentos da cidade.

A direção cênica do espetáculo foi de Ana Maria Barros Cruz e Fernando Curti. Toda renda foi revertida para a Associação dos Amigos da Criança – entidade que há 11 anos realiza um trabalho na periferia de Campinas – e para o projeto da cozinha semi-industrial do Parque Oziel – a maior ocupação de Campinas. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3788-3886.

....TEATRO


Lume reformula site

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais (Lume) está de cara nova na Internet. O site passou por uma reestruturação estética e de conteúdo. Agora os navegantes terão acesso à biblioteca, videoteca, curriculum e fotos dos atores, além da agenda de eventos. A página de cada espetáculo contém mais informações como críticas e galeria de fotos. Também será possível efetuar o download das revistas do grupo, cadastrar-se no “mailing list” e comprar livros e revistas. Toda a concepção estética do site, além de sua programação foi realizada pelo ator Renato Ferracini. O endereço é www.unicamp.br/lume.

Programação – A quarta edição do projeto Tem Cena na Vila acontecerá nos dias 2 e 11 de novembro, em Barão Geraldo, com uma extensa programação de espetáculos. As atividades podem ser conferidas no site www.unicamp.br/lume/temcena.htm. Nos dias 25 a 29 de novembro, o Lume recebe a atriz italiana Lina Della Rocca, do Teatro Ridotto, Bologna-Itália para ministrar um workshop para atores e diretores. As palestras acontecem no horário das 18h30 às 22h30, na sede do Núcleo, em Barão Geraldo. Para informações e inscrições contatar Barbosa, pelo telefone 3289-9869 ou pelo e-mail lume@unicamp.br.

....PROJETO


Pró-Dança promove Mostra de Conclusão

Integrantes do Pró-Dança, formado por 15 estagiários do curso de licenciatura em dança da Unicamp e cinco professores da rede municipal de ensino, realizam Mostra de Conclusão do projeto dia 30 de outubro, às 19 horas, no Teatro Castro Mendes.

Os ingressos são vendidos no valor de R$ 5,00. O Pró-Dança foi lançado há cinco anos pela Secretaria de Educação da Prefeitura de Campinas, com objetivo de proporcionar a 4.500 crianças matriculadas em escolas municipais a oportunidade de realizar aulas de dança. O projeto é idealizado pela professora municipal Walkíria Coelho. Segundo a coordenadora do Departamento de Licenciatura da Faculdade de Educação, Márcia Strazzacappa, orientadora de vários integrantes do projetos, os trabalhos artísticos foram realizados em horários contrários ao período de aula das crianças.

“O projeto possibilita tirar as crianças da rua. Elas ficam na escola, mesmo que assistindo a aulas anteriores’, avalia a professora. O projeto Pró-Dança foi premiado pela Fundação Abrinq. Segundo Márcia, a expectativa pela realização das aulas é tão grande que as crianças se dispõem a assistir às atividades de outras turmas até que chegue o horário de sua própria aula. “O ideal seria incluir aulas de música, esportes, vídeo, para que as crianças ficassem esse tempo ocioso em um ambiente saudável, apreendendo arte”, defende Márcia.

 

 
 
 

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