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Raquel do Carmo Santos
Em
1976, quando foi construído o prédio da Faculdade
de Engenharia Elétrica e de Computação,
já se pensava em montar um campo de testes de medição
de antenas. Na época, por motivos de infiltração
no prédio, o projeto acabou adiado. Hoje, passados 25
anos, o sonho se concretizou. A Faculdade inaugurou, no último
dia 5 de dezembro, o Laboratório de Estação
Rádio Base, que entre outros objetivos formará
profissionais de alto nível na área de comunicações
celulares. São mais de 400 metros de cabos coaxiais,
quatro antenas, sendo duas transmissoras e duas receptoras,
localizadas a 150 metros de distância, e uma estação
profissional de rádio base, todos ligados por computadores,
somando um investimento da ordem de R$ 250 mil, financiados
pela Motorola e pelo Instituto de Pesquisas Eldorado.
A
realização do projeto acabou se efetivando com
inúmeras vantagens, destaca o professor Evandro Conforti,
responsável pelo Laboratório. Primeiro porque
os equipamentos adquiridos trazem para dentro da Universidade
a realidade de uma estação utilizada para transferência
de sinais de celulares, ideal para formar pessoal altamente
capacitado. Em segundo lugar, os programas gerenciados
no Laboratório foram desenvolvidos por alunos de graduação,
através de projetos de iniciação científica
e pesquisas de pós-graduação. A iniciativa
também se caracteriza por ser singular, pois é
a primeira vez que a Motorola instala um campo de treinamento
dentro de uma instituição de ensino, solidificando
assim, o relacionamento universidade-empresa.
De
acordo com o diretor geral da Motorola no Brasil, Luis Cornetta,
a intenção foi dotar a Universidade de um laboratório
de testes e formação em um bom nível de
modernidade e equipamentos de última geração.
Não há outro semelhante em todo território
nacional, garante. Há pelo menos três anos
o laboratório está sendo montado como um anexo
do Laboratório de Pesquisas em Comunicações
Ópticas, vinculado ao Departamento de Microondas e Ópticas
da FEEC.
No
início, o espaço era restrito apenas a alunos
de pós-graduação. Com as novas instalações,
o ensino da graduação também ganha. As
turmas da disciplina de Linhas de Transmissão passam
a ter aulas no local. A experiência é inédita,
pois os estudantes aprendiam tudo teoricamente. Com este projeto,
os ensinamentos teóricos estão sendo testados
em aulas práticas, o que faz muita diferença,
explica Conforti.
Ao
longo deste ano, o professor explica que foram treinados 70
alunos em calibração e certificação
de estações rádio bases, sendo 8 profissionais
por turma de 40 horas/aula, incluindo alunos de graduação,
pós-graduação e professores de colégios
técnicos. As apostilas e material didático são
de propriedade da Motorola com complementação
de material da Unicamp. No próximo ano, mesmo com o laboratório
completo em infra-estrutura, Conforti afirma que irá
manter o sistema de treinar, no máximo, 8 profissionais
por turma. Isto garante qualidade na formação.
A
cerimônia de inauguração contou também
com a presença do reitor da Unicamp, Hermano Tavares,
o diretor do Instituto Eldorado, Artur João Catto e o
diretor da FEEC, Léo Pini Magalhães.
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Unidade
de Pesquisa Clínica O HC da Unicamp foi agraciado,
no último dia 30, com a entrega oficial da obra da Unidade
de Pesquisa Clínica (UPC), nas áreas de Aids e
retrovirose humana. Situada no Cipoi (prédio do martelo),
a nova unidade, ligada à Disciplina de Moléstias
Infecciosas e Parasitárias da FCM, foi construída
numa área de 700m2, abrigando laboratórios, farmácia,
dispensação e outras dependências. A Unidade
foi concluída em três meses e deverá integrar
assistência, ensino e pesquisa num mesmo espaço
físico, em um dos serviços mais completos de atenção
ao HIV do País. A UPC reestruturará explica
Rogério de Jesus Pedro, coordenador do Programa de Aids
na Unicamp o atendimento ambulatorial para Aids do HC,
tornando-o diário. E será ainda possível
realizar estudos clínicos e terapêuticos colaborativos
em Aids com Centros mais avançados. Com a palavra, o
reitor afirmou que a Unicamp é protagonista neste
papel e que poderá dar melhor atenção aos
pacientes e preparo aos profissionais que assistem nesta unidade,
garantiu Hermano Tavares. ( I.G.)
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Triagem
e tratamento de resíduos O Hemocentro de Campinas
inaugurou no último dia 29 a primeira área exclusiva
dentro de uma unidade hospitalar na região, destinada
ao condicionamento, triagem de resíduos sólidos
comuns e recicláveis e tratamento de material infectante.
No total foram gastos R$ 225 mil para a construção
da Unidade. A verba foi financiada pelo ReforSUS do Ministério
da Saúde com a contrapartida de 20% do Hemocentro. A
intenção de desenvolver um Programa de Gestão
Ambiental no Hemocamp, enquadra a instituição
entre as pioneiras na área hospitalar em política
ambiental. Estiveram presentes na cerimônia, o Superintendente
do Hospital das Clínicas, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues
da Silva, a coordenadora do Programa de Resíduos Sólidos,
Jane Lacerda, o coordenador do Hemocentro, Fernando Costa e
o diretor da FCM, Mário Saad. (R.C.S.)
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