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Unicamp
lança livro sobre o povo palestino
Manuel
Alves Filhos
A
Unicamp lançou no último dia 5 de fevereiro o
livro contendo a íntegra das palestras e debates do simpósio
internacional Os Direitos Humanos do Povo Palestino na
Conjuntura Atual, evento promovido em novembro de 2001
pela Universidade em parceria com a Prefeitura de Campinas.
A cerimônia ocorreu na sala do Conselho Universitário
(Consu) e contou com a presença da prefeita de Campinas,
Izalene Tiene; do embaixador da Palestina no Brasil, Mussa Omar
Odeh; do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), do deputado
estadual Jamil Murad (PC do B), do vereador Sérgio Benassi
(PC do B), de representantes da comunidade palestina, além
de dirigentes, professores, alunos e funcionários da
Unicamp.
De
acordo com o reitor Hermano Tavares, a Universidade se sentiu
honrada em ter sediado o simpósio internacional, bem
como em lançar o livro. O reitor ressaltou que a Universidade
não está estabelecida para agradar os poderosos,
mas para manter o compromisso com a verdade. Nossa missão
é formar profissionais qualificados e cidadãos
responsáveis. Para isso, é preciso que conheçamos
a realidade. Os problemas que afligem o mundo em geral devem
ser objeto de reflexão por parte da academia.
O
dirigente da Coordenadoria de Relações Institucionais
e Internacionais (Cori) da Unicamp, Mohamed Habib, destacou
a coragem da Universidade e da Prefeitura de Campinas
por terem realizado o simpósio e publicado o livro. Ele
lembrou, ainda, que a idéia do evento surgiu a partir
de uma conversa entre o reitor Hermano Tavares e o prefeito
Antônio da Costa Santos, assassinado em 10 de setembro
do ano passado. Infelizmente, o Toninho foi morto, mas
a prefeita Izalene encampou o projeto.
Habib,
um dos coordenadores do simpósio, recordou que o evento
contou com a presença de palestrantes do Brasil, de Israel
e da Palestina. Nenhum representante ligado à Autoridade
Palestina ou a partidos políticos islâmicos ou
judeus foi convidado para participar das discussões.
Não era um simpósio para colocar o ponto
de vista desta ou daquela tendência política ou
religiosa, mas sim para debater acerca da realidade de um povo
oprimido.
O
deputado Aldo Rebelo afirmou que a sociedade tem sido testemunha
da forma democrática com que a Unicamp tem sido conduzida
pelo reitor Hermano Tavares. A partir de agora, a história
de luta em defesa dos direitos humanos do povo palestino registrará
a coragem e altivez do gesto da Universidade. A Prefeitura
Izalene Tiene disse que a participação da Administração
Municipal na organização do simpósio consolida
uma parceria profícua com a Unicamp e reafirma o compromisso
assumido por Toninho e por ela em promover a paz em Campinas.
O
livro contendo as palestras e debates do simpósio internacional
Os Direitos Humanos do Povo Palestino na Conjuntura Atual
conta com três anexos (mapas, tópicos históricos
e artigo) que ajudam o leitor a compreender melhor a trajetória
dos palestinos. A publicação tem 244 páginas
e foi imprensa na Gráfica da Unicamp.
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Enfermeiras
se destacam em concurso
Mal
deixaram os bancos da Universidade e já estão
com trabalho garantido. Gisela Mayumi Takeiti e Solange Arabel
Navarro dos Santos, enfermeiras recém-formadas pela Faculdade
de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, acabam de
ser classificadas num dos mais importantes concursos públicos
brasileiros: o da Rede de Hospitais Sarah Kubitchek do Aparelho
Locomotor, considerado centro de referência internacional.
Gisela
classificou-se em 1° lugar e Solange em 14°. Os exames
foram feitos no próprio Departamento de Enfermagem da
Faculdade, enquanto que as entrevistas na sede da Rede, em Brasília.
Além de Gisela e Solange, estão outras seis recém-formadas
pela Unicamp, que estão entre as 250 classificadas numa
lista de 3500 candidatas inscritas no concurso da Rede de Hospitais
Sara do Aparelho Locomotor. Ressalte-se que num concurso interno,
realizado no Caism, Gisela ganhou a primeira posição;
Solange, por sua vez, ficou em segundo lugar no curso de aprimoramento
realizado na UTI do HC/Unicamp.
Enquanto
Gisela diz que está estudando uma proposta para trabalhar
no Caism ou na UTI do hospital da Unicamp, Solange revela que
pretende trabalhar numa das unidades do Sarah espalhadas pelo
país. Não importa o local que estiverem
precisando. Estudei para isso, gosto do que faço, o salário
é bom, então não vejo porque não
ir, diz Solange.
Gisela,
por sua vez, conta que provavelmente fique trabalhando no próprio
Caism, unidade de saúde da Unicamp que já conhece
bem. E tem mais: ela não pretende ficar só na
graduação. Estou pensando fazer pós
em enfermagem, cujo campo é bastante vasto; posso trabalhar
em hospitais, centros de saúde da rede básica
de saúde; posso também dar aulas em universidade
e, além disso, trabalhar com pesquisa, em diversas áreas
que envolvem o tratamento de deformidades e traumas de um modo
geral, conta Gisela.
Por
outro lado, a professora Maria Cecília Benatti, chefe
do Departamento de Enfermagem da FCM/Unicamp, explica que no
Brasil, embora ainda não há o fantasma do desemprego
com relação à categoria, há boas
oportunidades de colocação desse profissional
no mercado de trabalho, principalmente em se tratando de alunos
da Unicamp. Dificilmente um estudante nosso, depois de
formado, fica sem emprego em hospitais da cidade ou de instituições
de ensino e pesquisa da rede básica de saúde.
Atribuo isso ao alto nível do curso de enfermagem da
Unicamp, adianta Maria Cecilia.
O
principal objetivo da Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor
é prestar serviço médico público
e qualificado na área de medicina, como o próprio
nome diz, do aparelho locomotor. Além disso, desenvolve
tecnologia nas áreas de construção hospitalar,
equipamentos hospitalares e de reabilitação de
pacientes. É uma instituição destinada
à recuperação do indivíduo incapacitado
e ao tratamento de deformidades, traumas, doenças e infecções
do aparelho locomotor. É considerada uma das mais importantes
redes de reabilitação, ortopedia e neuropsicologia
do mundo. (A.R.F.)
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