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Cecom
amplia área de atendimento
Antonio
Roberto Fava
Pensando
na saúde do servidor da Unicamp, o Centro de Saúde
da
Comunidade (Cecom) decidiu fazer uma reforma geral em suas instalações,
ampliando de 50 m² para 100 m² a área física
de atendimento. Esta reformulação possibilita
mais privacidade e maior conforto para as cerca de 900 pessoas
alunos, docentes e funcionários que utilizam
mensalmente os serviços da unidade, conforme observa
Fábio Martins, professor de educação física.
A previsão é de que ocorra um aumento de 30% na
capacidade de atendimento.
Em
100 servidores que procuram o Cecom, a metade apresenta alterações
musculares, como dores no pescoço e na região
lombar; a outra metade se queixa de problemas como tendinite,
bursite, lesões musculares e entorses, entre outros.
O fisioterapeuta Marco Antônio Alves de Morais explica
que aí estão incluídas as Lesões
por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios
Ósteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), como
foram recentemente rebatizadas.
Tanto
uma como a outra configuram doenças ocupacionais, ou
seja, têm estreita relação com o trabalho.
A questão ergonômica passou a ser preocupação
constante das empresas, a partir do momento em que esta doença
foi identificada como uma das maiores causas de afastamento
do trabalho, diz o médico do trabalho Flávio
Mauler.
O Cecom mantém há 16 anos uma equipe de profissionais
especializados fisioterapeutas, médicos e professores
de educação física , assistindo o
servidor nas mais diversas áreas: ambulatório,
ortopedia e traumatologia, neurologia e reumatologia, implementação
de programas, ginástica laboral.
Os
portadores de problemas na coluna vertebral contam com programas
específicos, como avaliação físico-funcional
e atividades desenvolvidas em grupo, com assistência educacional
e através de atividades físicas. Quem sofre de
problemas ligados a articulação têmporo-mandibular
entram em um programa conjunto com o Serviço de Odontologia
e a Faculdade de Educação Física.
O
Cecom trabalha com os mais modernos aparelhos de laserterapia,
ultra-som e correntes analgésicas. Ao lado de toda essa
infra-estrutura, há uma área de quase 30 m²
destinada a atividades educativas e exercícios físicos.
Para
não remediar Profissionais da área acreditam
que uma maneira de evitar muitos dos sintomas da LER/DORT é
a ginástica laboral. Bastam doze minutos de prática
por dia. Ela se constitui basicamente de 14 exercícios,
com predominância dos movimentos de alongamento e do pescoço,
braços e pernas. É a busca de maiores mobilidades
articuladas, coordenação e equilíbrio,
importantes para pessoas que trabalham de maneira estática
e que, com o tempo, acabam perdendo a flexibilidade dos músculos.
Uma
noite histórica
O
sistema de ensino público paulista viveu uma noite histórica
em 3 de abril. Além da aprovação dos 920
novos cargos autárquicos docentes para a Unicamp por
parte da Assembléia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp), que assim contribui para consolidar a carreira
docente na Unicamp, houve consenso entre líderes partidários
situação e oposição
no apoio à constitucionalização do índice
de 9,57% sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS), destinado ao orçamento das
três Universidades Estaduais Públicas Paulistas.
Os
reitores analisaram o tema na manhã da quarta-feira e,
no início da noite, a convite do presidente da Assembléia,
deputado Walter Feldman (PSDB), reuniram-se com lideranças
partidárias para manifestarem seu apoio integral à
proposta. A matéria, de autoria do deputado César
Callegari (PSB), constitui-se em Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) e, com o apoio dos líderes e do presidente da casa,
deve entrar na pauta de votação proximamente.
A
constitucionalização dos 9,57% é uma reivindicação
antiga das Universidades Públicas Estaduais e consolida
a autonomia universitária, conquistada em 1989. Atualmente,
a forma como este índice é assegurado é
muito frágil, uma vez que faz parte de um decreto governamental
de 1989, e deve ser aprovado anualmente por ocasião da
votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), enviada pelo Governo do Estado ao Legislativo. Na justificativa
que acompanha a proposta, o deputado Callegari argumenta que
é importante que seja consagrado no texto constitucional
um percentual fixo, como mínimo, das verbas orçamentárias
do Estado, para ensejar a consecução plena dos
objetivos daquelas instituições.
Caso
seja aprovada, a PEC coroará uma atuação
intensa que o Conselho dos Reitores das Universidades Públicas
de São Paulo (CRUESP) vem mantendo ao longo dos últimos
três anos junto à Alesp, por meio de uma Comissão
de Representação, composta de oito deputados,
que tem por objetivo um relacionamento mais próximo com
as universidades. Tais entendimentos, ressalte-se, culminaram
no ano passado com a apresentação do projeto de
aumento do número de vagas de Graduação
nas Universidades Estaduais Públicas e do conseqüente
suporte financeiro para a sua execução.
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