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EXPOSIÇÃO

 

A história da Unicamp e da
cidade nos corredores do GR

Maria Aliice Cruz

Muitas pessoas ainda guardam na memória seus primeiros dias de
trabalho na Unicamp, como aquelas que compuseram a primeira turma de secretárias. Mas reconhecer-se em fotos históricas seria impossível sem a competência dos profissionais do Sistema de Arquivos (Siarq), empenhados em reunir todo tipo de material que conte parte da historia da Universidade.

A terceira exposição no espaço cultural do Gabinete da Reitoria, organizada por Sonia Tilkian, mostra riquezas colecionadas pelo Siarq e pelo Centro de Memória. O CMU apresenta, em ordem cronológica, informações iconográficas para a mostra “O Ensino em Campinas: 1850-1960”, enquanto o Siarq contribui com parte da exposição “Unicamp 35 anos”, inaugurada em outubro na Casa do Lago.

No saguão do Gabinete, a assinatura da ata de lançamento da pedra fundamental da Cidade Universitária, em 5 de outubro de 1966. Parte das paredes do corredor foi ocupada com fotos de docentes e funcionários nos tempos iniciais da Unicamp – nem parece que foram tiradas na década de 60, pois receberam tratamento especial feito pelos técnicos do Arquivo Central. A mostra resgata o cotidiano de alunos: além das atividades em salas de aula e laboratórios, festas e produções culturais, como os concertos do meio-dia no Ciclo Básico.

As empresas juniores também têm seu espaço, no trabalho realizado por Márcia Aparecida Marque Silveira e Cristina Correia Dias Barbieri e toda a equipe do Siarq. As primeiras secretárias são lembradas na Exposição 35 anos. Muitas delas, segundo Márcia, ainda se dedicam a atividades administrativas na Universidade.

Denise Cássia Gonçalves, da Área de Documentos Iconográficos do Centro de Memória, possui a história da educação em Campinas “na ponta da língua”. Juntamente com Flávia Carneiro Leão, do Centro e Documentação Alexandre Eulálio (Cedae), Denise organiza os quadros retratando as construções de Ramos de Azevedo, arquiteto que mais atuou em Campinas – são obras suas o Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca) e a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Francisco Glicério, primeiro grupo escolar da cidade.

A amostra também pode significar descoberta, ao contar quem foram os cidadãos que dão nome a ruas, escolas e praças. Carolina Florence, por exemplo, foi quem fundou a primeira escola destinada para meninas em Campinas; Francisco Glicério e o Visconde de Indaiatuba criaram o primeiro colégio estadual, o Culto à Ciência.
Segundo Sonia Tilkian, a exposição fica instalada até fins de abril. O acesso é restrito a freqüentadores do Gabinete da Reitoria.

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ARTES PLÁSTICAS

 

Galvan, que já produziu
350 telas em três anos

Seu primeiro contato com tintas e pincéis se deu efetivamente há três anos. Antes, conhecia esse material apenas de vista. Aos 58 anos, Antonio Carlos Galvan, funcionário aposentado do Departamento de Anatomia Patológica da FCM/Unicamp, descobriu que, pintando quadros, podia encontrar o que buscava havia tempos: “equilíbrio mental e espiritual”. Ele buscava, também, um trabalho que lhe rendesse um dinheiro extra, além da aposentadoria.

Ao final desses três anos Galvan já produziu aproximadamente 350 telas. Utilizando tinta para tecido, papel, tela, pedra de mármore e cola, sua obra não se prende à reprodução de figuras nem a temas específicos. Há dois tipos de abstração: lírica e geométrica. Na primeira, as formas surgem no ato de pintar e a maioria dos artistas usa linhas e cores para exprimir emoções. Nas telas de Galvan pode-se observar uma leve tendência para essa técnica, ou seja, o abstrato lírico. Na segunda, ao criar pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, o artista explora as formas geométricas em obras sobre tela ou papel.

Autodidata, o aposentado conta que trabalha todos os dias, por até oito horas. Não sabe explicar como as idéias surgem: se por inspiração ou perseverança. Talvez as duas coisas. Segundo o próprio artista, sempre que parte para um novo trabalho arma-se de “espírito alegre”. Talvez esteja aí o segredo para tanta produção. “Às vezes toco duas obras de uma vez. Enquanto deixo uma pintura secando, inicio a outra”.

Entre as cores que mais gosta estão o verde – “porque clareia a dor do espírito” – e o azul – “que representa a luta por uma vida melhor, a luta por anticorpos”. Galvan explica que vem encontrando sérias dificuldades para comercializar suas telas. “Tenho procurado a Prefeitura de Campinas para tentar expor a minha arte nos museus administrados por ela. Mas a receptividade não tem sido muito boa”, lamenta. Passando por dificuldades financeiras – “como a maioria do povo brasileiro, não é?” –, o artista diz que precisa vender suas obras para continuar comprando tinta, pincel e moldura. Quem estiver interessado em conhecer a obra de Galvan, pode ligar para 3243-7628. (A. R. F.)

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MÚSICA

 

Workshop e recitais de Violoncelo

O violoncelista mexicano Carlos Prieto realiza workshops e recitais comentados dia 9 de abril em Campinas O evento faz parte de turnê brasileira realizada pela Secretaria de relações Exteriores do México e do Consulado geral do México em São Paulo, para promover o livro As aventuras de um violoncelo, de Prieto.

Prieto vem na companhia de seu famoso violoncelo Piatti, utilizado por Antonio Stradivarius em 1720, em Cremona, Itália. O Piatti foi um dos três violoncelos encontrados na oficina de Stradivarius após sua morte, em 1737. O violoncelo ficou conhecido como The red Stradivarius enquanto esteve na Irlanda e na Inglaterra entre 1818 e 1900.

O workshop acontece na Pós-Graduação do Instituto de Artes, das 11 às 12h30; o recital comentado no Auditório da Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), das 14h30 às 16h30; e o recital de violoncelo (solo), no Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti” (Macc), das 19h30 às 20h30.

A promoção é de CDMC – Brasil/Unicamp, Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo , Departamento de Música do IA, Cocen, Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp) e Consulado Geral do México. Todas as atividades são gratuitas.

 


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