Unicamp é referência em Artes Marciais Chinesas

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praticantes de taichicuan em exercicio em quadra esportiva

A Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp apoia, desde 2000, por meio de um convênio com o Centro de Estudos de Artes Marciais Chinesas (Ceamc), a prática do Wushu (artes marciais chinesas). Esta parceria rendeu frutos não apenas para a comunidade universitária e seu entorno, como teve impacto no desenvolvimento do Wushu no Brasil. Hoje, de acordo com seu coordenador Paulo Sakanaka, a Universidade é referência nacional dessas práticas, marcando presença com seus atletas nos principais campeonatos internacionais. Além disso, contribui na formação e seleção de atletas de todo país. Entre as modalidades ensinadas e praticadas na Universidade estão o Tai-chi-chuan e o Kungfu.

“Eu comecei a treinar na Unicamp. Fazia graduação em Música. Gostei tanto que mudei para Educação Física. Depois, fui fazer o mestrado na China, na Beijing Sport University e o doutorado na Birmingham University,  na Inglaterra. Agora, estou de volta a Unicamp fazendo um pós-doc na Faculdade de Ciências Médicas (FCM),  sobre análise do movimento em crianças com paralisia cerebral”, contou Tania Emi Sakanaka, medalha de ouro no Mundial de Wushu, na categoria Baguazhang.

mulher segura medalhas
Tania Emi Sakanaka, medalha de ouro na categoria Baguazhang e prata em Tai-chi-chuan, no Mundial de Wushu.

De acordo com Paulo Sakanaka, que é professor aposentado do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) e co-fundador e diretor do Centro de Estudos de Artes Marciais Chinesas (Ceamc), atualmente a FEF tem um time de atletas sólido e internacionalmente reconhecido. O Centro, em parceiria com a FEF, promove a prática do Wushu nas modalidades Tai-chi-chuan, Sanda e Kungfu, incluindo formas e lutas. As práticas são desenvolvidas em cursos de extensão, oferecidos todos os semestres, de iniciantes a avançados, via Coordenadoria de Desenvolvimento de Esportes (CODESP).

Além dos cursos, a Faculdade recebe, quatro vezes ao ano, a seleção da Confederação Brasileira de Wushu. Durante dois dias, os melhores atletas de wushu do país se reúnem na Unicamp para aprimorara habilidades e serem selecionados para as principais competições internacionais.

O Ceamc e a Confederação Brasileira promovem, também juntos, cursos de arbitragem a cada dois anos na FEF. “Aprender as regras de arbitragem serve também para treinar os atletas e melhorar sua eficiência nas competições”, explicou Paulo.

professor da aula de tai-chi-chua
Paulo Sakanaka, aos 80 anos, em aula de Tai-chi-chuan na FEF

Terceira Idade

O Ceamc atua, ainda, desde 2017, junto ao Programa UniversIDADE da Unicamp, oferecendo cursos de Tai-chi-chuan para a terceira idade. “O retorno é gratificante. Ouvimos muitos relatos de melhora do equilíbrio, dores, tudo”, contou Kazuko Sakata Hayakawa, responsável pelo curso juntamente com Masuko Yokoyama Karawsawe. De acordo com ela, o Tai-chi-chuan atua na oxigenação do cérebro, no movimento corporal, no equilíbrio e na mente. “Os alunos saem muito mais animados da aula, com muito mais energia. Não veem a hora da aula da próxima semana”, relatou.

mulhers praticam tai-chi-chuan
Tai-chi-chuan é um exercício que pode ser praticado em qualquer idade, afirma Kazuko Sakata Hayakawa.

O sucesso das aulas é tamanho que as professoras estão, agora, criando uma nova turma nos cursos de extensão da FEF, voltada para a terceira idade. “No programa UniversIDADE cada aluno não pode se matricular por mais de dois semestres na mesma oficina. E o pessoal que treina Tai-chi não quer parar”, afirmou Kasuko. “O Tai-chi respeita os limites de cada um, por isso ele pode ser realizado por qualquer idade, dos idosos aos atletas. Às vezes, a pessoa acha que não tem equilíbrio, que não tem coordenação, que não tem força e no Tai-chi ela vai adquirindo tudo isso”, lembrou.

equipe wushu FEF
Tania Emi Sakanaka, Paulo Sakanaka, Masuko Yokoyama Karawsawe e Kazuko Sakata Hayakawa.

 

Imagem de capa
Tai-chi-chua na FEF

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