A Unicamp recebeu nesta sexta-feira (8) a visita de uma delegação de representantes de universidades e instituições governamentais e diplomáticas da Finlândia. O grupo, composto por 15 pessoas, participou de uma reunião, realizada na sala do Conselho Universitário (Consu) e presidida por Maria Luiza Moretti, coordenadora-geral da Universidade no exercício da reitoria, com membros da administração central da Unicamp e lideranças de órgãos e projetos de pesquisa e inovação. Na ocasião, a delegação finlandesa apresentou um panorama do Ensino Superior da Finlândia e as diferentes possibilidades de integração entre os países, além de ter conhecido projetos de impacto conduzidos pela Universidade no Brasil.
“A Finlândia é um país com um dos melhores sistemas educacionais do mundo”, destacou Moretti. “Esta é uma grande oportunidade de conversar e trocar experiências para construir laços sólidos entre as instituições de nossos países”. A mesa diretora da reunião contou com a participação dos professores Alfredo Cesar Melo, assessor da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI); João Marcos Romano, pró-reitor de Pesquisa; e Flávio Luís Schmidt, assessor da pró-reitora de Graduação (PRG). Da delegação, participaram da mesa Jonna Korhonen, diretora da divisão de Políticas de Ensino Superior do Ministério de Educação e Cultura do país; Johanna Kivimäki, conselheira de Ensino Superior e Ciência do Consulado da Finlândia em São Paulo; e Maija Airas, chefe de unidade da Agência Nacional Finlandesa para Educação.
Entre os membros do grupo, estiveram presentes representantes das seguintes instituições de ensino: três universidades, Universidade de Lapland, de Oulu e de Turku; e cinco universidades de ciências aplicadas, de Seinäjoki, Savonia, Turku, Satakunta e Haaga-Helia. “O Brasil é nosso parceiro científico mais importante na América Latina, temos um grande desejo de ampliar a mobilidade de estudantes entre os países”, afirmou Jonna Korhonen.
Em sua apresentação, Korhonen explicou que a Finlândia conta com dois tipos de instituições de ensino superior: as universidades, orientadas para o desenvolvimento de pesquisas, e as universidades de ciências aplicadas, dedicadas à formação tecnológica para as demandas de mercado. Atualmente, o país conta com 13 universidades, que concentram 167 mil estudantes, e 22 universidades de ciências aplicadas, com 169 mil estudantes. Segundo a representante do ministério finlandês, o país estabeleceu metas para a educação até 2030, como atingir o patamar de 50% de jovens adultos com nível superior e investir 4% do PIB do país no setor.
Ainda de acordo com dados apresentados pelo grupo, hoje existem cerca de 200 estudantes e pesquisadores desenvolvendo suas atividades na Finlândia. “Mais finlandeses vêm ao Brasil do que brasileiros vão para a Finlândia. Queremos ampliar essa mobilidade”, comentou Maija Airas ao apresentar as diferentes modalidades de apoio a intercâmbios e cooperações.
Após a apresentação do panorama finlandês, o grupo conheceu projetos importantes desenvolvidos pela Unicamp. “Queremos familiarizá-los com um cenário das pesquisas científicas do Brasil, estabelecer contatos e oportunidades para novas colaborações”, apontou Alfredo Cesar Melo. Foram apresentados os projetos AmazonFACE, que trabalha na instalação de um sítio experimental na Amazônia para monitorar o comportamento das espécies do local perante o aumento no nível de gás carbônico atmosférico, coordenado pelo pesquisador David Lapola; os projetos de eficiência e pesquisas que visam à transição energética desenvolvidos pelo Programa Campus Sustentável e pelo Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn), sob coordenação do professor Luiz Carlos Pereira da Silva; e as ações voltadas para transição digital e governança com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), apresentadas pelo professor Ricardo Dahab, diretor-executivo da Diretoria Executiva de Tecnologia de Informação e Comunicação (Detic) da Unicamp.
