Desafio Unicamp 2021 reúne participantes de 12 estados brasileiros

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Mais de 330 pessoas de 12 estados brasileiros estão participando da 11ª edição do Desafio Unicamp que teve início nesta semana. Pelo segundo ano consecutivo, a competição de empreendedorismo organizada pela Agência de Inovação Inova Unicamp acontece totalmente em ambiente on-line. O novo formato, adotado em função da pandemia, permitiu a criação de equipes híbridas com integrantes de cidades, estados e até países diferentes. 

No total 82 grupos formados por alunos de graduação, pós-graduação e pessoas interessadas em desenvolver ideias potencialmente empreendedoras se cadastraram na plataforma do Desafio Unicamp. Neste ano, mais de 55% dos inscritos são de outras universidades e instituições. Além do Sudeste, representantes das regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste também integram equipes. 

O evento estimula a criação de negócios inovadores a partir de tecnologias patenteadas pela Universidade com premiação em dinheiro aos ganhadores, acesso a treinamentos e cursos gratuitos. Durante três meses, os participantes terão a oportunidade de conversar com mentores acadêmicos – os inventores da Unicamp – e mentores empresariais – principalmente ex-alunos empreendedores, gestores e profissionais experientes da base de contatos da Inova Unicamp. Além disso, eles também vão conhecer trajetórias empreendedoras e aprender sobre metodologias de modelagem para desenvolver o próprio negócio a partir de tecnologias da Universidade. As dez melhores equipes selecionadas para a segunda fase participam de uma mentoria internacional.

Empreendedorismo sem fronteiras   

Entre os inscritos, 73% se identificaram como estudantes em formação e 94% participam do Desafio Unicamp pela primeira vez. Na lista estão estudantes de outros países e instituições de ensino internacionais, como um aluno da cidade do Porto, em Portugal, que estuda na Unicamp, outro da Universidade de Aveiro, também em Portugal, e um terceiro da Universidad Nacional del Litoral, na Argentina.

Sávio Lucas Lacerda de Araújo é de João Pessoa (PB), formado em Biomedicina pela Faculdade Internacional da Paraíba. Ele soube do Desafio por meio de um grupo de divulgação científica sobre física nas redes sociais. Além do biomédico, uma profissional de relações internacionais e uma profissional de marketing, ambas de São Paulo; um biólogo, de Londrina (PR) e um engenheiro civil, de Juazeiro do Norte (CE) formam a equipe chamada de EConTech. 

“Eu acredito que a experiência vivenciada durante o Desafio será extremamente benéfica para minha vida pessoal e profissional, haja vista que o contato com pessoas de diversas áreas do conhecimento propiciará uma troca enriquecedora de saberes, além de fomentar o empreendedorismo no âmbito acadêmico através das capacitações ofertadas pelo evento”, disse o participante. 

Para o Desafio Unicamp 2021, foram colocadas à disposição das equipes mais de 100 tecnologias divididas em 16 temas diferentes que vão de agricultura à nanotecnologia. Todas fazem parte do portfólio de patentes da Universidade Estadual de Campinas, sendo que 38 foram escolhidas. Cinco delas foram identificadas – pela nova metodologia de análise estratégica da Inova Unicamp – com grande potencial para se tornarem spin-offs. Destas, quatro foram adotadas, duas delas por mais uma equipe.

O grupo de Sávio, por exemplo, escolheu a tecnologia de um dispositivo eletroquímico para ser acoplado em micropipetas, que aprimora a agilidade e precisão de experimentos. “Esperamos por meio desse modelo de negócio contribuir com a redução de custos dos laboratórios no Brasil e no mundo, com os insumos laboratoriais e com isso reduzir o impacto dos resíduos gerados”, explicou.

Representatividade feminina e indígena

As mulheres representam quase metade dos inscritos na disputa, somando 156 competidoras. Entre elas, está a única representante indígena do Desafio que é uma estudante da Unicamp. A presença feminina pode ser verificada em 77% das equipes, sendo que algumas são formadas exclusivamente por mulheres.

A técnica de alimentos, Nicolle Yasmin de Lima Rodrigues é uma das participantes. Ela é de Hortolândia, na Região Metropolitana de Campinas e estuda engenharia de alimentos em Inconfidentes, no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais. Com mais duas amigas e um amigo formaram a equipe Biotech Recovery que vai trabalhar com uma tecnologia de clareamento de cervejas.

“Me sinto honrada e animada de poder participar de um evento desses. Esse tipo de experiência enriquece muito o profissional. Além de ser fantástica para poder aprender e empreender mais, a Unicamp oferece cursos e o maior apoio durante o processo para nos ajudar a resolver o desafio”, comentou.

Atividades do Desafio Unicamp abertas ao público

O Desafio Unicamp ainda oferece atividades abertas ao público. No dia 17 de abril acontece o mais esperado Workshop da competição. A oficina on-line de capacitação inclui palestras sobre inovação e empreendedorismo, tendo como o ponto alto da transmissão uma aula sobre a metodologia Lean Canvas para a modelagem de negócios.

As inscrições para participação no Workshop devem ser feitas neste link e são gratuitas. O resultado do 11º Desafio Unicamp será divulgado no dia 2 de julho. As seis equipes finalistas ganham acesso gratuito a treinamentos e cursos oferecidos pela  patrocinadora FM2S – Educação e Consultoria e ainda podem ser acelerados pela Baita Aceleradora. A melhor equipe ainda ganha um prêmio de 15 mil reais. 

Os patrocinadores da 11º edição do Desafio Unicamp são: Baita AceleradoraClarke e ModetInstituto EldoradoFM2S – Educação e ConsultoriaNeger TelecomVia Consulting

Os apoiadores da 11º edição do Desafio Unicamp são: Agência Unesp de InovaçãoCampinas TechCastelo Creative SpaceCenagri JuniorEsalq Jr ConsultoriaIncampNúcleo CampinasParque Científico e TecnológicoPrefeitura de CampinasUni AngelsVenture Hub

Confira as próximas fases da competição na agenda do Desafio Unicamp 2021.

Matéria original publicada no site da Agência de Inovação. 

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004