Unicamp
Jornal da Unicamp
Baixar versão em PDF Campinas, 07 de março de 2014 a 16 de março de 2014 – ANO 2014 – Nº 589Aprovados R$ 10 mi para obras de infraestrutura nas unidades
A Comissão de Planejamento Estratégico Institucional (Copei) da Unicamp aprovou um edital com recursos da ordem de R$ 10 milhões para obras e serviços de infraestrutura nas unidades, colégios técnicos, centros e núcleos e unidades da área de saúde. As propostas devem ser encaminhadas à Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) até o dia 15 de março, para a seleção dos projetos pela Copei até 15 de abril. O valor máximo por projeto (limitado a um por unidade) é de R$ 2 milhões. Diante da demanda por projetos de infraestrutura que chega à administração central, a preferência é que estes recursos sejam alocados para obras.
“Esta chamada interna está ligada às atividades do Planejamento Estratégico [Planes 2014], que este ano recebeu uma dotação orçamentária bem superior às de anos anteriores”, esclarece o professor Alvaro Crósta, coordenador-geral da Universidade e presidente da Copei. “A ideia é disponibilizar uma verba bastante expressiva para atingir as metas propostas no Planes. Com esses R$ 10 milhões, estamos alocando quatro vezes mais recursos que no ano anterior, sendo que o professor Tadeu Jorge já comentou em reunião do Conselho Universitário que o objetivo é dobrar essa quantia nos próximos dois anos, obviamente dependendo de haver disponibilidade orçamentária.”
Alvaro Crósta ressalta o caráter competitivo desta chamada, em que serão priorizadas obras que impactem positivamente no crescimento do número de alunos de graduação; viabilizem áreas de pesquisa inovadoras; utilizem critérios bem definidos na distribuição do espaço físico para atividades de pesquisa; que tenham o projeto executivo detalhado e pronto para ser licitado; e contenham, ainda, descrição pormenorizada e orçamento necessário para as obras e instalações. “Para evitar problemas que tivemos no passado, gostaríamos de receber projetos que tenham um orçamento realista. É importante financiar obras que possam ser concluídas, ao invés de começá-las e depois não ter recursos para terminá-las.”
A professora Teresa Atvars, pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, esclarece que a seleção se dará em duas fases, a primeira no âmbito da própria Copei, examinando se os projetos estão de acordo com o edital; e a segunda de avaliação do mérito, por uma comissão mista com pessoas da Unicamp e de fora. “Em relação ao prazo um pouco curto para entrega das propostas, estamos imaginando que para esta chamada já existam várias com o projeto executivo detalhado e com um orçamento. Por outro lado, queremos aprovar os projetos na reunião da Copei em abril, pois envolvem obras, cuja licitação é demorada. Os prazos são importantes para tramitar, licitar, contratar e iniciar as obras ainda esse ano.”
Um aspecto inédito deste edital, segundo Alvaro Crósta, é a preocupação com a evasão nos cursos de graduação: a unidade onde a evasão seja maior do que 20% na média dos últimos cinco anos, deverá apresentar um projeto detalhado, semestre a semestre, para a redução substancial deste porcentual no prazo de três anos. “A Unicamp está vivendo este problema há bom tempo. Existem cursos que ultrapassam o limite de 20% de evasão e que deverão olhar com cuidado para essa questão, adotando medidas para sua redução.”
De acordo com Teresa Atvars, o esforço que a Universidade deve fazer para conter a evasão é de natureza acadêmica e, portanto, o plano de ação nesse sentido pode não estar diretamente vinculado ao projeto apresentado. “A vinculação é indireta, pois mesmo que o projeto não esteja ligado às atividades da graduação, o conjunto de atividades de natureza acadêmica tem impacto sobre a qualidade do ensino. Queremos o compromisso das unidades de ajudar a Unicamp, como um todo, a reduzir a evasão, com a criação de um ambiente em que essa problemática seja tratada de modo estruturado.”