Estratégia de Saúde da Família reduz AVC e infarto

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Pesquisa desenvolvida na Unicamp comprovou estatisticamente que a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um fator de impacto na redução do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto. O estudo integrou dissertação de mestrado da cirurgiã-dentista Denise Cavalcante, defendida junto ao Programa de Mestrado Profissional de Odontologia em Saúde Coletiva, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP).

O resultado da pesquisa apontou que, quanto maior a cobertura de assistência através da Saúde da Família, menores são os indicadores de AVC e infarto. No período estudado de 15 anos, o indicador de infarto sofreu queda de 56,5%. Passou de uma média de 26,9 casos a cada 10 mil habitantes para 11,7 casos. Os AVCs chegaram a 11 registros, em média, a cada 10 mil habitantes em 2004. Em 2013, o índice médio era de 6 casos.

Denise Cavalcante, autora do estudo
Denise Cavalcante, autora do estudo

A professora Gláucia Maria Bovi Ambrosano, da área de Bioestatística, orientou o trabalho. A dissertação, intitulada “Relação entre as variáveis contextuais em indicadores das condições sensíveis à atenção primária, AVC e Infarto”, avaliou os 645 municípios do Estado de São Paulo.

"O AVC e infarto são agravos sensíveis à atenção primária em saúde, ou seja, doenças que podem ser controladas diante de cuidados mínimos e acompanhamento junto a uma unidade básica de saúde. Nosso trabalho visava constatar essas condições sensíveis à atenção básica e nós escolhemos, entre essas condições, o AVC e o infarto, uma vez que são as duas maiores causas de morte do mundo e no Brasil”, justifica Denise Cavalcanti.

Foi montado um banco de dados que mostra quantas internações cada município apresentou entre o período de 1998 a 2013. A autora do trabalho explica que a investigação objetivou conhecer a inserção da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

A pesquisadora ressalta que outras políticas de saúde, inseridas no âmbito do Programa de Saúde da Família, também podem ter interferido no resultado. Em 1998 foi implantada a Política Nacional de Medicamentos. Através dela, a população teve acesso a medicamentos gratuitos. Essa informação independente indica que houve uma melhora qualitativa no acesso a medicamentos, o que contribui para o controle das doenças estudadas.

Em 1999, começou a imunização pela Influenza (vacinação da gripe). Existem diversos estudos que comprovam que as doenças cardiovasculares podem piorar a situação do paciente se ele for acometido por uma gripe. Essa imunização contra a Influenza é um fator protetor contra doenças cardiovasculares.

Outra política que também pode ter contribuído foi a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, em 2004. Essa política abriu as farmácias populares, ofertando remédios gratuitos ou com valores reduzidos.

Em 2005, houve a Política Nacional do Controle ao Tabaco. Já, em 2008, os primeiros Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) foram implantados. Trata-se de uma equipe multiprofissional, na qual o município contrata até sete profissionais diferentes (fisioterapeuta, educador físico, terapeuta educacional, nutricionista, médico), para trabalhar juntamente com essas equipes de Saúde da Família para o cuidado integral dos pacientes.

De 2011 a 2022, há um plano de ações estratégicas lançado pelo Ministério da Saúde para combater doenças crônicas no Brasil. Este plano prevê o combate ao diabetes e outras doenças para tentar atenuar esses agravos.

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