A Unicamp reentregou à sua comunidade nesta segunda-feira (6) o Ginásio Multidisciplinar (GMU) totalmente restaurado para ser utilizado em práticas esportivas, artísticas e culturais, sendo que a última etapa envolveu a colocação de um piso flutuante de madeira apropriado para a prática de esportes de alto rendimento. “A reforma foi totalmente concluída após 21 anos em que a Universidade foi devastada por um tornado que assolou a região de Campinas, quando o teto do ginásio veio abaixo”, relembrou José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp, durante solenidade de descerramento de placa no GMU. “Tenho muito orgulho de devolver esse espaço em plenas condições de uso e abri-lo para as grandes decisões, qualificando o local e qualificando as ações. Foi um longo processo até chegar aqui. Cerca de 70% do piso estava deteriorado”, revelou.
Foram feitas ainda melhorias como a instalação de tela passarinheira no entorno do prédio, pinturas, desocupação de áreas que serviram de depósito para materiais de diversos órgãos da Unicamp, criação de postos para agentes de portaria e lavação de todo o prédio, melhorias no sistema de coleta e afastamento de águas pluviais, impermeabilização de áreas do auditório três do Centro de Convenções, tratamento de infiltrações do Laboratório de Imagem e Som (LIS) do Instituto de Artes (IA), e reforma dos forros da área administrativa do GMU, entre outras iniciativas. Leia texto detalhado sobre a reforma.
O reitor Tadeu Jorge comentou que esse é um momento de grande relevância para a Universidade, pois se devolve uma arena com elevado nível, que se assemelha a arenas de grande prestígio do esporte brasileiro como o Mineirão, o Pacaembu e outras. "A nossa instituição dá mostras da sua capacidade e da competência do seu corpo técnico que trabalhou para que o GMU pudesse ser devolvido", afirmou. O Ginásio integra o complexo de eventos da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Unicamp.
Presentes na cerimônia, o professor Paulo César Montagner, chefe de Gabinete da Unicamp, confidenciou o sonho de colocar o GMU novamente em uso. "Ele deve ser usado com organização e política institucional. Deve ser empregado por crianças, adultos, por atletas com deficiência, atletas de alta performance e por interessados no desporto", afirmou. O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico Meyer, recordou que há cinco anos a ideia de criar um piso de excelência vinha sendo idealizada. "Agora sim a Unicamp oferece uma estrutura compatível e à altura da sua comunidade", salientou.
O coordenador geral da Universidade, Alvaro Crósta, comentou que esses anos de ausência do GMU em sua plenitude deixaram a comunidade triste e saudosa. "Está sendo reaberto o ginásio com um conceito de que todos devem utilizá-lo", declarou. A coordenadora da CDC, Margareth Junqueira, realçou que o resultado desse trabalho se deveu ao empenho de todos os envolvidos, entre eles a Reitoria, a Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO), Diretoria Geral da Administração (DGA), a Preac, a Prefeitura do campus e a CDC. O pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Leandro Palermo, também esteve no evento.
A estreia do piso do GMU foi feita com três apresentações: a do grupo de dança contemporânea Meandros, um projeto de extensão da Faculdade de Educação Física da Unicamp; a do Grupo Ginástico da FEF, criado há 27 anos, que já fez 15 turnês internacionais; e a do grupo de metais Metalumfonia do Departamento de Música do IA. Em seguida, prosseguiu uma ampla programação com exibições de esgrima em cadeira de rodas, de futsal e de pinturas. Os agendamentos do ginásio devem ser encaminhados à CDC e passarão pelo crivo de um conselho gestor.