Questões sobre como atravessar a crise financeira promovendo a excelência da Universidade e outras mais específicas, relacionadas ao campus de Limeira ou ao corpo discente, foram respondidas pelos candidatos no primeiro, dos quatro debates promovidos na Consulta à Comunidade para Sucessão de Reitor da Unicamp. Realizado no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). O debate foi dividido em quatro blocos e teve aproximadamente duas horas de duração com mediação do presidente da Comissão Organizadora da Consulta (COC), Miguel de Arruda e apoio do docente Francisco Gomes Neto, também da COC.
No primeiro bloco os reitoráveis fizeram a apresentação de suas candidaturas com até cinco minutos de explanação. Por ordem de sorteio falaram Rachel Meneguello, Léo Pini Magalhães, Marcelo Knobel, Antonio Fonseca e Luis Magna. Depois a ordem era invertida e havia um revezamento a cada resposta. Os candidatos destacaram os principais pontos de suas propostas e, em geral, convidaram à leitura de seus programas de gestão. Antonio Fonseca participou da abertura e deixou o debate alegando o compromisso de dar aula.
No segundo bloco do debate três entidades representativas dos funcionários, discentes e docentes, cadastraram nomes para fazer uma pergunta comum dirigida a todos os candidatos e que deveria ser respondida em dois minutos. A primeira questão foi da Associação dos Docentes da Unicamp (ADunicamp), em seguida o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Questões como o aporte extra de orçamentos para a FCA, a possibilidade de retrocesso nas leis trabalhistas e no direito de greve, e a adoção de cotas étnico-raciais foram respondidas por todos.
No terceiro bloco do debate foi a vez dos candidatos responderem perguntas do público. Havia uma urna específica para cada reitorável onde foram depositadas questões para serem respondidas individualmente, e uma urna conjunta, com perguntas dirigidas a todos. Somente foram aceitas perguntas com identificação do autor ou autora.
O quarto e último bloco foi reservado para a exposição geral dos candidatos. Cada um teve três minutos para finalizar sua participação, iniciando com Marcelo Knobel. “Estamos passando por um momento de crise, muito profundo e muito delicado na Universidade. Essa crise precisa ser entendida e atacada em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade”, destacou Knobel.
Na sequência, Luis Magna fez suas considerações finais. “Os principais indicadores macroeconômicos apontam que haverá crescimento do PIB, portanto é o momento de planejarmos readequações na infraestrutura da FCA e garantir a transferência da Faculdade de Tecnologia”.
A docente Rachel Meneguello concluiu sua participação afirmando que “não basta nesse momento de crise apenas ser eficiente. Temos que ousar e assim será o nosso início de gestão, planejando com todo cuidado, para depois da crise sermos realmente uma universidade responsiva à sociedade brasileira”.
Léo Pini Magalhães salientou “nosso compromisso, desde 2013, é dar atenção ao campus de Limeira, trazendo a FT e, num âmbito mais amplo, a alteração do modelo de gestão trará avanços significativos através da priorização local de gastos”.
Nesta quarta-feira haverá o segundo debate, às 12 horas, na Faculdade de Odontologia de Piracicaba e no dia 9 de março, às 18 horas, no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas. Todos os debates obedecem às mesmas regras. Com os candidatos a coordenador-geral haverá um debate na sexta-feira, 10, às 12 horas, na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) em Campinas. O primeiro turno da Consulta está previsto para os dias 15 e 16 de março. O segundo turno foi programado para os dias 29 e 30 de março. Os debates com os candidatos a reitor serão transmitidos ao vivo pela TV Unicamp, em seu canal no Youtube. (Veja aqui o vídeo do primeiro debate).