Uma jovem pesquisadora do Laboratório de Genética Molecular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, tem viagem marcada para o segundo semestre deste ano, para começar a graduação na Universidade de Columbia, Estados Unidos, uma das mais reconhecidas no mundo. Caroline Magalhães de Toledo é aluna voluntária de iniciação científica no laboratório coordenado pela professora Iscia Lopes Cendes. Ela integra um projeto de pesquisa desenvolvido com o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) ligado ao Instituto Brasileiro de Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN).
Caroline trabalha na identificação de alterações estruturais nos genes que são responsáveis por um tipo grave de epilepsia infantil. Juntamente com outras duas autoras e orientação da professora Iscia a pesquisa foi apresentada no XXIV Congresso de Iniciação Científica da UNICAMP.
Quando chegou para trabalhar no laboratório, em 2015, a aluna, hoje com 18 anos, já construía sua história no meio científico. Entre outras conquistas, fez curso de inverno na Universidade Harvard e venceu dois anos consecutivos olimpíadas de neurociência. Para Columbia, Caroline conseguiu uma bolsa que deverá cobrir cerca de 90% de seus custos. Ela ainda procura alterativas para bancar o restante dos gastos. Seu objetivo na universidade norteamericana é voltar bacharel em neurociência e biologia.
A pesquisadora considera o trabalho na Unicamp fundamental para ter conseguido a vaga na Universidade de Columbia que exige além de uma prova e a avaliação de histórico escolar, as atividades extracurriculares. “Na Unicamp eu aprendi muito sobre a análise científica, sobre como fazer uma pesquisa, desenvolver um projeto, apresentar um pôster. O contato com o método científico foi muito importante”, afirma. Ela continua trabalhando no laboratório até setembro e pretende, já na faculdade, colaborar com pesquisas na FCM.
“Ela participa das nossas atividades no mesmo nível que qualquer aluno de iniciação científica que já esteja na graduação”, salienta a docente Iscia Lopes Cendes. A professora diz que a aluna de fato “põe a mão na massa” e já treinou, inclusive, pessoas mais novas no laboratório. Ela destaca ainda que a universidade deve estar aberta aos novos talentos e pessoas que têm interesse e formação suficientes para trabalhar. “Não tenho dúvidas que a Caroline será uma grande pesquisadora”.