Campinas dispõe atualmente de 25 estações de tratamento de esgoto. O município tem um índice de abastecimento de 99,56%. “Estamos próximos da universalização do saneamento. Somos a segunda cidade no país com população acima de 1 milhão de habitantes que tem a coleta e tratamento de esgoto. Só ficamos atrás de Curitiba”, frisou Luís Antonio Santos, agente técnico da Sanasa, durante atividade educativa na Unicamp. O evento, promovido pela Câmara Técnica de Educação Ambiental e Coletivo Ambiental da Universidade, lembrou o Dia Mundial da Água, comemorado neste dia 22 (quarta-feira).
A Sanasa estacionou de manhã dois furgões na Praça das Bandeiras para orientar sobre o uso da água e a economia que se pode fazer através de simples atitudes que depõem contra o desperdício. Um dos furgões, que atuam como uma espécie de laboratório, mostrou o uso consciente do esgoto e, o outro, o uso consciente dos redutores em casa, que podem ajudar a diminuir a conta de água. “Não basta a Sanasa fazer a sua parte com relação à infraestrutura e tratamento de esgoto da cidade. Dependemos de ações do dia a dia, como não fazer do vaso sanitário um cesto de lixo”, afirmou Luis. “Ao jogar o lixo no lixo, evitamos o refluxo do esgoto.”
Segundo Luís, a Sanasa, ligada à Prefeitura Municipal de Campinas, desenvolve no momento um trabalho de uso racional da água em 200 escolas do município que mais gastam água. Com isso, têm sido trocadas todas as torneiras com válvulas de acionamento automático e válvulas dos banheiros. A economia gerada dá para abastecer uma cidade de cerca de sete mil habitantes, informou. O agente lamenta que muitas residências ainda lancem água de chuva na tubulação de esgoto. “Quando chove, muita enxurrada corre para as casas. Imagine isso dentro da tubulação. Cria-se uma forte pressão e forma-se um chafariz de esgoto, que escorre em vias públicas e que não passa por uma estação de tratamento, contaminando os rios.”
Paralelamente a esse projeto nas escolas, outra ação da Sanasa está sendo expandida para as universidades, de modo a conscientizar a comunidade que podem ser colocados nas suas residências dispositivos nas torneiras e no vaso sanitário, para que a água seja usada de maneira parcimoniosa. Essas recomendações e outras, aliás, têm sido algumas das bandeiras da Unicamp. Há anos, a instituição vem realizando campanhas e programas de conscientização para o seu uso racional, comentou Maria Gineusa Medeiros, coordenadora do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS).
Ela revelou que, desde 2015, a Unicamp tem a Campanha “Eu e a água na universidade”. A ideia é que a comunidade universitária pense mais sobre esse assunto. Essa campanha prossegue ao lado de outras ações como a Semana do Meio Ambiente. Tem ainda um trabalho com o pessoal da Divisão de Sistemas (DSIS) da Prefeitura do campus e, por causa disso, a Universidade tem tido uma maior economia de água, sobretudo desde 1999. A DSIS tem trocado todas as torneiras e tem colocado redutores e caça-vazamentos no campus.