Responsável por algumas das inovações de maior destaque produzidas pela Universidade, como o desenvolvimento da primeira fibra ótica brasileira, o Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW) comemorou seus 50 anos, nessa terça-feira (25). Estiveram presentes na sessão solene, realizada no auditório do Instituto, o reitor Marcelo Knobel; a coordenadora geral da Unicamp, Teresa Dib Zambom Atvars; o diretor do IFGW, Newton Frateschi; e o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique Brito da Cruz.
Graduado pelo IFGW em 1989, Marcelo Knobel exaltou a importância do Instituto para sua trajetória e para o avanço tecnológico e científico do país. “Aqui construí minha vida e minha carreira. É muito emocionante meu primeiro evento como reitor ser aqui, na minha casa”, afirmou.
O professor José Ellis Ripper Filho foi o principal homenageado do evento por sua contribuição como idealizador e fundador do Departamento de Física Aplicada e por sua constante dedicação ao Instituto e à Unicamp. O diretor científico da Fapesp destacou, por sua vez, o caráter sempre propositivo de Ripper na Unicamp. Brito Cruz lembrou, à época em que foi reitor da Unicamp, da atuação do homenageado no Conselho Universitário. “Ripper sempre tem um caminho positivo para enfrentar as dificuldades.”
Os professores Júlio Cesar Hadler Neto e Richard Landers, que fizeram parte da primeira turma formada pelo IFGW, em 1971 e, hoje, são seus mais antigos professores na ativa, também foram homenageados e contaram histórias sobre os primórdios do Instituto. Landers lembrou sua primeira aula laboratorial, em que o professor o ensinara a utilizar a régua de cálculo. “Um instrumento interessantíssimo”, contou em tom de brincadeira à audiência repleta de jovens acostumados às calculadoras científicas e computadores.
Newton Frateschi ressaltou a relação intrínseca entre a história do Institutoi e da Unicamp. “O IFGW é a força motriz que impulsiona a Universidade para frente”, concluiu.
Além da placa em homenagem ao professor Ripper, foi descerrado um memorial em homenagem aos ex-alunos, contendo mais de 1.800 nomes formados entre 1971 e 2016. Uma exposição com fotos do período também pode ser apreciada.