O compartilhamento do conhecimento e a disponibilização de códigos são alguns dos benefícios propiciados pelo software livre para a comunidade interativa. Esse instrumento hoje em dia permitiu avanços tais que seria impensável que houvesse retrocessos na área: ele pode ser copiado, alterado e distribuído sem restrição. Um dos responsáveis por isso é Richard Matthew Stallman, fundador do Movimento Software Livre e do Projeto GNU e da Free Software Foundation (FSF), e um dos autores da Licença Pública Geral GNU (GNU GPL).
Em visita ao Brasil, Stallman ministrará palestra (em inglês) na Unicamp no próximo dia 31, a convite da professora Islene Calciolari Garcia, dentro do contexto da disciplina de software livre do Instituto de Computação (IC). Ele falará a alunos e a interessados sobre a liberdade como usuário de computadores e telefones celulares às 16 horas na sala CB-06, no Ciclo Básico 1. A entrada é franca.
O GNU em geral é utilizado em conjunto com o sistema operacional kernel Linux por dezenas de milhões de computadores e, segundo a professora Islene, organizadora do evento, Stallman identificou quatro liberdades que as pessoas precisam para ter controle sobre a informática, tema que o especialista também abordará na sua apresentação.
Atualmente, Stallman viaja o mundo para conscientizar sobre o Movimento do Software Livre, as suas fundações éticas e a sua necessidade social e política. No Brasil, ele proferirá outras palestras e seguirá para a Argentina. O especialista já esteve outras duas vezes na Unicamp. Veja a agenda de Stallman no Brasil.
Ele é ganhador do ACM Grace Hopper Award, uma bolsa da Fundação MacArthur, o Pioneer Award da Electronic Frontier Foundation e o Prêmio Takeda de Melhoramento Econômico/Social, além de ter recebido vários títulos de Doutor Honoris causa e ter sido admitido no Hall da Fama da Internet. Desde a década de 1990, tem se dedicado em parte ao ativismo político, defendendo software livre e lutando contra a patente de softwares e a expansão da lei de copyright, e também tem se dedicado à advocacia.
Leia texto sobre Stallman no Jornal da Unicamp, em 2001.