Na semana passada (até o último dia 30), 420 jovens cientistas de 78 países discutiram os avanços da ciência no mundo com 28 ganhadores do Prêmio Nobel no 67º Lindau Nobel Laureate Meetings, evento realizado na Alemanha e que existe desde 1951, para a troca de experiências.
Sergio Jannuzzi, pós-doutorando do Instituto de Química (IQ) da Unicamp; Luiz Novaes, doutorando do IQ; e Raphael Nagao, pesquisador do IQ, se juntaram a outros dois estudantes brasileiros (Gabriel Gomes, doutorando na Florida State University; e Lucas Caire da Silva, pesquisador do Instituto Max Planck de Pesquisa em Polímeros), que foram escolhidos para participar do Lindau Nobel Laureate Meetings. O evento é dedicado à química.
Durante a semana, os jovens participaram de palestras apresentadas por ganhadores do Nobel, aulas, mesas-redondas e pesquisas. O objetivo foi aproximar gerações de cientistas. Um dos temas foram as mudanças climáticas, uma das questões políticas mais urgentes desse tempo. Também houve discussões sobre o papel dos cientistas, se existe uma verdade alternativa.
Para alguns cientistas de Lindau, é preciso começar encontrar melhores maneiras de explicar o que fazem para amigos e familiares. Para Sergio Jannuzzi, os pesquisadores brasileiros precisam conhecer mais que tipo de ciência é feita no exterior. Segundo ele, é preciso ter proatividade para buscar contatos e parcerias com esses centros de pesquisa e professores.
A Academia Brasileira de Ciências integra a ampla rede de parceiros internacionais do evento e passou a selecionar e dar apoio, juntamente com o CNPq, a jovens cientistas de até 37 anos para participar do encontro.