Uma operação realizada em conjunto na manhã desta quinta-feira (10) pela Unicamp, Guarda Municipal (GM) e Serviços Técnicos Gerais (Setec), autarquia municipal encarregada da fiscalização do comércio em solo público, promoveu a remoção dos ambulantes que atuavam em áreas próximas ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. A medida foi adotada para evitar riscos ao público, decorrentes da atividade comercial irregular praticada no local, principalmente a venda de alimentos sem a devida inspeção sanitária.
Por diversas vezes, a Unicamp comunicou aos ambulantes sobre a impossibilidade de exercerem atividade no local, sem prévia autorização da instituição. A ocupação de espaços físicos da Universidade para a prática de comércio ou de publicidade, sem o Termo de Autorização de Uso, é considerada irregular e clandestina. O chefe de gabinete da Reitoria, professor Joaquim Bustorff Silva, explica que a presença dos ambulantes nas imediações do HC trazia problemas para a circulação de pessoas e ambulâncias.
Além disso, observa o docente, os alimentos comercializados pelos ambulantes não eram objeto de fiscalização por parte da vigilância sanitária, o que poderia oferecer riscos à saúde dos consumidores. “Nós temos muitos pacientes que recorrem ao HC que são imunodeprimidos, e por isso não podem ingerir determinados alimentos, principalmente aqueles que não são produzidos sob práticas de higiene adequadas”, pondera.
Segundo o titular da Diretoria Executiva de Administração (DEA) da Unicamp, professor Roberto Rodrigues Paes, a operação transcorreu em clima de absoluta tranquilidade. Ele destaca que todo o processo foi precedido de diálogo com os ambulantes, que seguem tendo suas reivindicações analisadas.
“Na próxima semana, teremos uma reunião com os representantes deles. Como não estamos alheios ao problema social do país, que enfrenta uma grave crise de desemprego, estamos propondo para que os interessados se credenciem junto à Universidade para trabalhar nas feiras que ocorrem no campus, que são orientadas por uma série de normas”, informa Paes.
Ainda segundo o dirigente, a área onde os ambulantes atuavam permanecerá isolada e sob vigilância, para evitar que novas atividades irregulares sejam praticadas no local.